terça-feira, 12 de dezembro de 2017

A Infância e Juventude de Jesus


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          Prefácio
          A história da vida terrestre de nosso Salvador Jesus Cristo encontra-se escrita, sem o auxílio de palavras, em cada manifestação da natureza, em cada aspecto da experiência humana e em cada facto da vida. Nunca havemos de compreender cabalmente quão profunda foi a impressão e quão extensa a influência exercidas pela vida de Jesus de Nazaré. Toda a sorte de bênçãos vem até nós por meio daquela comunicação que foi estabelecida entre o Céu e a Terra quando o Senhor da glória tomou sobre Si o cuidado de um mundo abismado em pecados.
          A sublimidade infinita daquela história animou a pena dos eruditos e a língua dos eloquentes. Soa, porém, ainda melhor aos nossos ouvidos numa linguagem despretensiosa e singela. Aquele maravilhoso espectáculo não carece de um aformoseamento por parte do homem. A sua glória excede toda a arte humana e parece mais radiante no seu próprio brilho.
          Neste livrinho não se procurou por isso qualquer ornamento artificial. Dotada de um perfeito sentimento da profundeza e amplitude do assunto, a autora repetiu a história numa linguagem acessível às crianças, com uma simplicidade e lhaneza que corresponde tanto às necessidades da alma de novos como de velhos.
          Oxalá este pequeno livro seja recebido pelos seus leitores com a mesma simplicidade e pureza de fé com que foi escrito.

                                                                                                                                                                OS EDITORES

          O Nascimento de Jesus
          Aninhada entre as colinas da Galileia meridional, está situada a pequena cidade de Nazaré, residência de José e Maria, os pais terrestres de Jesus. José era da descendência ou linhagem de David, pelo que se tornou necessário, ao ser decretado o recenseamento do mundo por parte de César Augusto, que José se dirigisse a Belém, cidade natal do grande rei, a fim de ali fazer inscrever o seu nome.
          Era esta uma viagem extremamente penosa, atendendo-se sobretudo ao modo como tais viagens eram então efetuadas, e Maria, que acompanhava seu esposo, estava em extremo fatigada ao subir a colina em cujo cimo se encontra Belém. Como ansiava sua alma encontrar um sítio confortável em que pudesse descansar das suas fadigas! Repletos, porém, os albergues, em que os grandes e abastados se achavam confortavelmente alojados, não restava aos modestos viajantes senão humilde agasalho sob o teto de escura estrebaria.
          Não se podiam dizer pobres, porque, embora lhes escasseassem bens terrestres, Deus os amava, e isto lhes proporcionava paz e contentamento. Eram filhos do celeste Rei que estava disposto a honrá-los acima de todas as Suas criaturas. Anjos tinham-lhes dispensado o seu cuidado durante a viagem, e quando começaram a repousar na humilde estalagem esses mesmos anjos velavam junto dos seus leitos. Foi aqui, neste vil tugúrio, que nasceu o Salvador do mundo, sendo deitado numa manjedoura. Nesse rude berço jazia reclinado Aquele cuja presença ainda há pouco havia inundado de glória os paços celestiais. Ali fora adorado pelos anjos, aqui tinha os brutos animais por companheiros. A inferioridade do sítio, porém, não podia influir em detrimento da Sua honra; antes esse mesmo sítio devia receber d'Ele uma glória que havia de perdurar enquanto fosse lembrado o nome de Belém.
          Antes de baixar à Terra, Jesus era o supremo Chefe das cortes celestiais. Os mais lúcidos e eminentes filhos da alva proclamaram a Sua glória ao realizar a criação de Deus. Diante d'Ele velaram as faces quando tomou assento sobre o Seu trono. A Seus pés rolaram humildes os seus diademas, entoando hinos de triunfo, ao contemplarem a Sua excelsa majestade.
          E esse mesmo Ente, apesar da Sua infinita glória, a tal ponto amou os pecadores que tomou a forma de servo para que pudesse sofrer e morrer por eles. Jesus podia ter-Se deixado ficar ao lado do Pai, cingindo o diadema de ouro e as púrpuras reais, mas por nosso amor permutou as glórias do Céu pelas vilezas e misérias da terra.
          Consentiu em abandonar a Sua posição de supremo Chefe e a adoração dos entes celestiais, para sofrer injúrias e expor-se à irrisão de homens ímpios. Por nosso amor aceitou uma vida de trabalhos e sujeitou-Se a uma ignominiosa morte. E tudo isto fez a fim de nos mostrar quanto Deus nos ama. Viveu sobre a terra para nos ensinar como é possível glorificar a Deus por uma submissão plena à Sua vontade. Seguindo o exemplo que nos deixou, ser-nos-á permitido finalmente habitar com Ele nas moradas eternas.
          Os sacerdotes e príncipes do povo judaico não estavam preparados para saudar o Salvador do mundo. Embora acreditassem que Ele estava prestes a manifestar-Se, pensavam todavia que devia aparecer como um grande rei capaz de torná-los uma nação próspera e poderosa. O seu orgulho de modo algum lhes teria permitido reconhecer naquele débil menino de peito o Messias prometido. Por isso, quando Cristo nasceu sobre a terra, Deus absteve-Se de revelá-l'O àqueles grandes homens, enviando os Seus mensageiros a dar a alegre nova a alguns pastores que se ocupavam a apascentar rebanhos nas planícies de Belém. Estes eram homens piedosos que, cuidando dos seus rebanhos, meditavam sobre a promessa do Messias, e com tal fervor oravam a Deus pela Sua vinda, que do trono da glória luminosos mensageiros lhes foram enviados com a incumbência de lhes comunicar o grande acontecimento.
          «E eis que o anjo do Senhor veio sobre eles, e a glória do Senhor os cercou de resplendor, e tiveram grande temor. E o anjo lhes disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo; pois, na cidade de David, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor. E isto vos será por sinal: Achareis o Menino envolto em panos, e deitado numa manjedoura. E, no mesmo instante, apareceu com o anjo uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus, e dizendo: Glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade para com os homens. E aconteceu que, ausentando-se deles os anjos para o céu, disseram os pastores uns aos outros: Vamos pois até Belém, e vejamos isto que aconteceu, e que o Senhor nos fez saber. E foram apressados, e acharam Maria, e José, e o Menino deitado na manjedoura. E, vendo-O, divulgaram a palavra que acerca do Menino lhes fora dita. E todos os que a ouviram se maravilharam do que os pastores lhes diziam. Mas Maria guardava todas estas coisas, conferindo-as em seu coração». S. Lucas 2:9-19.

          A Apresentação de Jesus no Templo
          José e Maria eram de descendência judaica, pelo que observavam os costumes dessa nação. Tendo Jesus a idade de seis semanas, foi apresentado ao Senhor, no templo, em Jerusalém. Fundava-se essa prática numa lei que Deus havia dado a Israel, e Jesus não devia eximir-se às exigências dessa lei. Ele, o Filho de Deus e Príncipe do Céu, devia proclamar pelo exemplo o dever da obediência.
          Essa apresentação no templo só se limitava aos primogénitos, e tinha por fim comemorar um acontecimento ocorrido num longínquo passado. Quando os filhos de Israel gemiam na servidão do Egito, Deus enviou-lhes Moisés para os libertar. Moisés recebeu a ordem de dirigir-se a Faraó e de lhes falar nestes termos: «Assim diz o Senhor: Israel é Meu Filho, Meu primogénito. ... Deixa ir o Meu filho, para que Me sirva; mas tu recusaste deixá-lo ir; eis que Eu matarei a teu filho, o teu primogénito». Êxodo 4:22, 23. Moisés levou ao rei essa mensagem; este, porém, respondeu-lhe: «Quem é o Senhor, cuja voz eu ouvirei, para deixar ir Israel? Não conheço o Senhor, nem tão pouco deixarei ir Israel». Êxodo 5:2.
          Enviou então o Senhor pragas sobre o Egipto, a última das quais consistiu na morte do primogénito de cada família, desde o do rei até ao do mais humilde operário. Falou pois o Senhor a Moisés ordenando que cada família degolasse um cordeiro, pondo parte do seu sangue sobre ambas as umbreiras e a verga das suas portas. Esta precaução devia ser tomada para que o anjo exterminador passasse por alto as suas habitações, ferindo somente os cruéis e orgulhosos egípcios. O sangue desse cordeiro, que era também denominado «páscoa», simbolizava o sangue de Cristo que, a seu tempo, Deus havia de enviar ao mundo para do mesmo modo ser morto pelos nossos pecados, para que todo aquele que n'Ele cresse fosse salvo da morte eterna. Cristo é chamado a «nossa Páscoa». Ele foi oferecido por nós «desde a fundação do mundo». I Coríntios 5:7.
          Na apresentação do seu primogénito ao Senhor cada família devia lembrar-se de como os filhos dos seus pais tinham sido salvos da praga, e de como todos podem ser salvos do pecado e da morte eterna. Efésios 1:4. Cada menino apresentado no templo era pelo sacerdote tomado nos braços e assim solenemente dedicado ao Senhor, sendo o seu nome inscrito no rolo ou livro que continha os nomes dos primogénitos de Israel. Do mesmo modo todos os que são salvos pelo sangue de Cristo terão os seus nomes inscritos no livro da vida.
          José e Maria levaram Jesus ao sacerdote em obediência à lei. Todos os dias iam pais fazer a apresentação dos seus primogénitos, pelo que o sacerdote nenhuma particularidade notou em Jesus e Maria. Para ele eram simples trabalhadores da Galileia. No Menino reconheceu apenas uma frágil criança de peito. Longe estava de adivinhar n'Ele o Salvador do mundo, o Sacerdote do santuário celestial. Entretanto podia tê-lo sabido: se tivesse estado em boas relações com Deus, Ele lho teria revelado.
          Achavam-se nessa mesma ocasião no templo dois fiéis ministros de Deus. Servos encanecidos no serviço do Senhor, gozavam da Sua particular estima, sendo-lhes reveladas coisas que aos orgulhosos sacerdotes não era dado saber. Simeão fora agraciado com a promessa de que não morreria sem ver o Messias. E apenas O avistou no templo, reconheceu n'Ele o Ungido do Senhor. Iluminava o rosto de Jesus uma luz suave e divina, e Simeão, tomando-O nos braços, louvou a Deus, dizendo: «Agora, Senhor, despede em paz o Teu servo, segundo a Tua palavra. Pois já os meus olhos viram a Tua salvação, a qual Tu preparaste perante a face de todos os povos; luz para alumiar as nações e para glória do Teu povo Israel». S. Lucas 2:29-32.
          Ana, a profetisa, era mulher de idade avançada. «E era viúva, de quase oitenta e quatro anos, e não se afastava do templo, servindo a Deus em jejuns e orações de noite e de dia. E sobrevindo na mesma hora, ela dava graças a Deus, e falava n'Ele a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém». S. Lucas 2:37-38. É assim que Deus escolhe os humildes desta terra para serem Suas testemunhas. Muitas vezes os que o mundo tem em grande estima são passados por alto. Não poucos se assemelham aos sacerdotes e príncipes dos judeus. Quantos há que estão prontos para se servir e honrar a si próprios, mas que mal pensam em servir e honrar a Deus! Por isso Deus não pode servir-Se de tais pessoas para anunciar a outros o Seu amor e misericórdia.
          Maria, mãe de Jesus, ponderava em silêncio a profecia altamente significativa que ouvira a Simeão. Olhando para o menino que sustinha em seus braços, e recordando o que lhe haviam dito os pastores de Belém, o seu coração transbordava de grata alegria e de viva esperança. As palavras de Simeão traziam à sua memória a profecia de Isaías. Sabia que era a Jesus que se referiam estas maravilhosas palavras: «O povo que andava em trevas viu uma grande luz, e sobre os que habitavam na região da sombra da morte resplandeceu a luz. Porque um Menino se nos nasceu, um Filho se nos deu; e o principado está sobre os Seus ombros; e o Seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da eternidade, Príncipe da paz». Isaías 9:2, 6.

      

          A Visita dos Magos
          Não era a vontade de Deus que o Seu povo estivesse em ignorância no que respeitava à vinda do Seu Filho a este mundo. Aos sacerdotes incumbia admoestar o povo e aguardar o seu Salvador; porém eles próprios estavam em trevas a respeito do Seu advento. Por isso enviou Deus os Seus anjos a anunciar a uns pastores que Cristo nascera em Belém, e a informá-los do lugar onde seria encontrado. Assim tinha Deus prevenido também as Suas testemunhas quando Cristo foi apresentado no templo. Preservara a vida àqueles dois servos até que lhes fosse dado testemunhar, com alegria, que Jesus era o Cristo, o Messias prometido.
          Era o desígnio de Deus que não só os judeus, mas também outros, tivessem conhecimento do advento de Cristo a esta terra. No longínquo Oriente havia uns sábios que tinham estudado as profecias referentes ao Messias, e que acreditavam que o Seu aparecimento estava próximo. Os judeus consideravam estes homens como pagãos; eles, porém, não eram idólatras. Eram homens sinceros que desejavam conhecer a verdade e fazer a vontade de Deus.
          Deus vê o coração. Sabia que eram pessoas sob todos os aspectos dignas da Sua confiança, e que estavam em melhores condições de receber a luz da verdade do que os presumidos sacerdotes judeus. Esses homens eram filósofos, que tinham estudado as obras de Deus na natureza e por elas aprendido a amá-l'O. Estudavam os astros e conheciam os seus movimentos. Nas horas caladas da noite observavam os extensos percursos que descreviam. Se sucedia descobrirem um novo, desconhecido ainda, saudavam isso como um grande acontecimento.
          Na noite em que os anjos vieram ter com os pastores de Belém, esses homens sábios notaram uma estranha luz no céu. Era a glória que se reflectia desse grupo de anjos. Quando aquela luz se dissipou pareceu-lhes ter visto no céu uma nova estrela. Imediatamente se lembraram da profecia que diz: «Uma estrela procederá de Jacob, e um ceptro subirá de Israel». Seria essa estrela o sinal do Messias prometido? Resolveram acompanhá-la, a ver para onde os guiaria. Conduziu-os à Judeia. Mas, ao aproximarem-se de Jerusalém, a estrela eclipsou-se de tal maneira que já não era possível segui-la.
          Supondo que os judeus pudessem informar onde se achava o Messias, entraram em Jerusalém, e perguntaram: «Onde está aquele que é nascido Rei dos judeus? Porque vimos a Sua estrela no Oriente, e viemos adorá-l'O». Esta nova inquietou Herodes. Não era lisonjeira a notícia de um rei dos judeus que, provavelmente, lhe vinha disputar o governo e reger a nação. Por isso chamou secretamente os magos, e inquiriu deles com todo o cuidado, que tempo havia que lhes aparecera a estrela.
          «E enviando-os a Belém, disse: Ide, e perguntai diligentemente pelo Menino e, quando O achardes, participai-mo, para que também eu vá e O adore. E, tendo eles ouvido o rei, partiram; e eis que a estrela, que tinham visto no Oriente, ia adiante deles, até que, chegando, se deteve sobre o lugar onde estava o menino. E, vendo eles a estrela, alegraram-se muito com grande alegria. E, entrando na casa, acharam o menino com Maria, Sua mãe e, prostrando-se, O adoraram; e, abrindo os seus tesouros, Lhe ofertaram dádivas: ouro, incenso e mirra». S. Mateus 2:2-11. Estes homens ofereceram a Jesus das coisas mais preciosas que possuíam. Nisto deram-nos um exemplo. Muitos oferecem presentes aos seus amigos terrestres, mas não têm nada para dar a Jesus, o seu Amigo do Céu, que os cumula de todas as bênçãos. Não devia ser assim. Devíamos dedicar a Ele o melhor do que possuímos, o melhor do nosso tempo, dos nossos recursos e do nosso amor. Podemos também oferecer-Lhe as nossas dádivas confortando os pobres e anunciando aos pecadores o Salvador. Deste modo podemos ajudar a salvar aqueles por quem Ele morreu. Estas são as dádivas que Jesus aceita e abençoa.

          A Fuga Para o Egipto
          Herodes não foi sincero quando manifestou o desejo de ir também adorar a Jesus. O seu receio era que o Salvador prosperasse e por fim lhe tomasse o reino. Assim reflectindo, procurou obter informações exactas a Seu respeito, para O poder matar.
          Preparavam-se, pois, os magos para voltar a Herodes e comunicar-lhe o ocorrido, quando um anjo do Senhor lhes apareceu em sonhos, ordenando-lhes que voltassem por outro caminho ao seu país natal. «E, tendo-se eles retirado, eis que o anjo do Senhor apareceu a José em sonhos, dizendo: Levanta-te, e toma o Menino e Sua mãe, e foge para o Egipto, e demora-te lá até que eu te diga; porque Herodes há-de procurar o Menino para O matar». S. Mateus 2:13. José não esperou pelo romper da alva, mas, levantando-se imediatamente, na mesma noite iniciou a viagem para o Egipto. Nos presentes oferecidos pelos magos providenciou Deus os meios de ocorrer às despesas de viagem e de permanência no Egipto até que pudessem tornar ao seu país.
          Vendo Herodes que tinha sido iludido, tendo os magos voltado por outro caminho, irou-se em extremo e, enviando os seus rudes soldados, «mandou matar todos os meninos que havia em Belém e em todos os seus contornos, de dois anos para baixo, segundo o tempo que diligentemente inquirira dos magos». É coisa bem singular um homem insurgir-se deste modo contra Deus. Quão horroroso não deve ter sido aquele bárbaro infanticídio! Herodes já tinha praticado actos cruéis sem que Deus por isso lhe houvesse aplicado o justo castigo; agora, porém, não devia viver por muito mais tempo nem continuar a perpetrar mais crimes: morreu pouco depois, de uma morte violenta e pavorosa.
          José e Maria permaneceram no Egipto até à morte de Herodes. Apareceu então o anjo do Senhor a José e disse-lhe: «Levanta-te, e toma o Menino e Sua mãe, e vai para a terra de Israel; porque já estão mortos os que procuravam a morte do Menino». S. Mateus 2:16, 20. Estando eles já perto da Judeia, soube José que o filho de Herodes estava reinando em lugar de seu pai, pelo que ficou receoso, não podendo decidir-se a prosseguir. Enviou, pois, Deus um anjo para instruí-lo. De acordo com as instruções recebidas, José e Maria voltaram para Nazaré, onde se detiveram até que «Jesus começava a ser de trinta anos», e Jesus era-lhes em tudo sujeito.

      

          A Infância de Jesus
          Jesus passou a Sua infância numa pequena aldeia montesina. Sendo o Filho de Deus, podia ter escolhido para Sua habitação o lugar que Lhe aprouvesse no mundo. Não teria deixado de fazer honra até mesmo a um palácio real. Ele, porém, não buscou as habitações dos ricos nem os palácios dos reis. Preferiu morar entre a gente pobre de Nazaré. Jesus deseja que os pobres saibam que Ele conhece as suas provações. Ele sofreu tudo o que eles próprios têm que sofrer. Por isso pode compreendê-los e ajudá-los.
          D'Ele foi dito quando ainda menino: «E o Menino crescia e Se fortalecia em Espírito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre Ele.» «E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens.» Seu espírito era lúcido e activo. Tinha facilidade de percepção e revelava uma ponderação e sabedoria precoces. Contudo os Seus modos eram simples e infantis, crescendo em estatura e inteligência como os demais meninos.
          Manifestava a todo o tempo um espírito amável e despretensioso. Estava sempre pronto a servir os outros, e era paciente e verdadeiro. Inabalável como uma rocha no domínio do direito, nunca deixava contudo, de mostrar-Se amável e cortês para com os outros. Na sua casa paterna e onde quer que estivesse, a Sua presença era como a luz do sol. Para com os pobres e pessoas de idade revelava bondade e respeito, estendendo a Sua bondade até aos próprios irracionais. Cuidava com solicitude ainda de um simples passarinho ferido, e tudo respirava felicidade onde Ele Se encontrasse.
          Nos dias de Jesus os judeus atribuíam particular importância è educação dos filhos. Havia escolas anexas às sinagogas ou casas de culto; os mestres denominavam-se rabinos, e eram pessoas que se supunham dotadas de cultura. Jesus não frequentou essas escolas, porquanto ensinavam muitas coisas que não eram verdadeiras. Em vez da palavra de Deus estudavam-se preceitos dos homens, e muitas vezes estes estavam em contradição com o que Deus havia ensinado pelos Seus profetas. O próprio Deus por Seu Espírito instruiu Maria como devia educar seu Filho. Maria instruía a Jesus nas Santas Escrituras, e Ele lia-as por Si mesmo.
          Jesus apreciava também o estudo das maravilhas de Deus no céu e na terra. Nesse livro da natureza admirava as plantas, os animais, o sol e as estrelas. Anjos do Céu estavam presentes, ajudando-O a aprender através desse livro acerca de Deus. Assim pois crescia Ele em estatura e força, e também em conhecimento e sabedoria. Todos os meninos estão em condições de adquirir conhecimentos como Jesus adquiriu. Devíamos gastar o nosso tempo em aprender o que é verdadeiro. Mentiras e fábulas de nada aproveitam. Só a verdade é que tem valor real, e podemos aprendê-la da Palavra de Deus e das Suas obras. Estudando estas coisas, a nossa mente fortalecer-se-á, os nossos corações tornar-se-ão puros e atingiremos mais a semelhança de Cristo.
          Todos os anos José e Maria subiam a Jerusalém para assistir à festa da Páscoa. Quando Jesus tinha a idade de doze anos eles levaram-n'O consigo. Esta era uma jornada agradável. O povo caminhava a pé ou transportado por bois ou jumentos, gastando nessa viagem alguns dias. A distância de Nazaré a Jerusalém é de cerca de cem quilómetros. De todas as partes do país e até mesmo de países estrangeiros afluíam pessoas à festa, tendo por costume associarem-se para essa jornada os que eram da mesma terra.
          A festa era celebrada em fins de Março ou princípios de Abril, o tempo da Primavera na Palestina, quando toda a terra se ornava de flores e os ares ressoavam com o canto dos pássaros. No trajecto, os pais narravam aos filhos as maravilhas que Deus operara a favor de Israel nos tempos passados. E muitas vezes entoavam juntos alguns dos belos salmos de David.
          Nos dias de Jesus o povo perdera o zelo, tendo-se tornado formalista nos seus actos de culto. As pessoas pensavam mais nos próprios prazeres do que na bondade de Deus para com elas. Não se dava entretanto o mesmo com Jesus. Ele tinha prazer em meditar acerca de Deus. Quando chegou ao templo, observou atento o serviço ministrado pelos sacerdotes. Inclinava-Se com os adoradores quando se ajoelhavam para a oração, e unia Sua voz à deles em louvor a Deus. Todas as manhãs e todas as tardes era costume oferecer-se um cordeiro sobre o altar. Isto deveria representar a morte do Salvador. Enquanto os olhos de Jesus pousavam sobre a inocente vítima, o Espírito de Deus dava-Lhe a entender o significado do acto. Sabia que Ele próprio, como o Cordeiro de Deus, devia ser morto do mesmo modo pelos pecados do homem.
          Com o espírito cheio de tais reflexões Jesus sentia a necessidade de recolhimento. Por isso não Se demorou com Seus pais no templo; e quando regressaram, já não estava com eles. Numa sala anexa ao templo havia uma escola dirigida pelos rabinos; a essa sala Se dirigiu Jesus. Tomando assento entre os Seus companheiros de infância, pôs-Se a escutar a palavra dos grandes mestres.
          Os judeus alimentavam muito ideias erróneas acerca do Messias. Jesus sabia-o, mas não contradizia os homens doutos. Como alguém que desejava instruir-se, propôs-lhes perguntas acerca dos escritos dos profetas. O capítulo 53 de Isaías trata da morte do Salvador, e Jesus, lendo esse capítulo, pediu aos rabinos que explicassem o seu sentido. Os rabinos não puderam responder. Começaram por isso a interrogar Jesus, e ficaram assombrados com o conhecimento que Ele possuía das Escrituras. Perceberam que as conhecia muito melhor do que eles. Era evidente que os seus próprios ensinos estavam errados, mas não estavam dispostos a crer em coisa diferente.
          Tal era entretanto a modéstia e a delicadeza com que Se portava Jesus, que Ele não lhes desagradou. Desejavam mesmo tê-lo por discípulo, para O ensinarem a interpretar as Escrituras à sua maneira.
          Quando José e Maria partiram de Jerusalém para voltarem à sua terra, não notaram que Jesus não ia com eles. Supunham que estivesse em companhia de alguns dos seus conhecidos e amigos. Ao estabelecer-se à noite o acampamento deram, porém, pela Sua ausência. Fizeram indagações entre todos os conhecidos, mas sem resultado. José e Maria começaram pois a perturbar-se muito. Lembraram-Se de que Herodes havia tentado matá-l'O quando ainda pequeno, e recearam que Lhe houvesse sucedido algum mal. Com os corações aflitos voltaram depressa a Jerusalém, onde só vieram a encontrá-l'O ao terceiro dia.
          Foi grande o seu regozijo quando O acharam; Maria, porém, entendeu que Jesus devia ser repreendido por ter abandonado Seus pais. Disse-Lhe: «Filho, porque fizeste assim para connosco? Eis que Teu pai e eu ansiosos Te procurávamos». Jesus lhes respondeu: «Porque é que Me procuráveis? Não sabeis que Me convém tratar dos negócios de Meu Pai?» S. Lucas 2:48-49. Ao dizer estas palavras Jesus apontou para o Céu. No Seu rosto reflectia-se uma luz que os deixou admirados. Jesus sabia que era o Filho de Deus, e que estava fazendo a obra para a qual tinha sido enviado ao mundo da parte de Seu Pai. Maria jamais se esqueceu destas palavras. Nos anos que se seguiram compreendeu cada vez melhor o seu sentido profundo.
          José e Maria amavam a Jesus, mas tinham revelado certa negligência ao perdê-l'O. Tinham-se esquecido da obra que Deus os incumbira de fazer. Um dia de negligência foi bastante para perderem a Jesus! É assim que muitos hoje se privam da companhia de Jesus. Quando não apreciamos falar a respeito d'Ele ou orar-Lhe, ou quando nos ocupamos em conversas frívolas ou más, separamo-nos de Jesus; e separados d'Ele, ficamos ao abandono e na tristeza. Se, porém, desejamos realmente a Sua companhia, Ele estará a todo o tempo connosco. Com aqueles que amam a Sua presença, Jesus gosta de deter-Se. A Sua presença trará felicidade ao mais humilde casebre e encherá de regozijo o mais triste coração.
          Embora soubesse que era o Filho de Deus, Jesus voltou com José e Maria para Nazaré, e até à idade de trinta anos foi-lhes inteiramente sujeito. Aquele que era o Chefe das milícias celestes tornou-Se na terra um obediente Filho. As grandes coisas sugeridas à Sua mente pelo serviço do templo estavam guardadas em Seu coração. Em Nazaré esperou até ao tempo determinado por Deus para começar a obra que Lhe fora designada.
          Jesus viveu em casa de um pobre camponês. Com fidelidade e satisfação cumpria a Sua parte para ajudar a manter a família. Logo que atingiu idade suficiente, aprendeu o ofício de carpinteiro, em que trabalhou, ajudando a Seu pai adoptivo. Exercendo a Sua actividade por meio do trabalho manual, exercia todas as Suas faculdades de modo a conservá-las sãs e fortes, para poder fazer o melhor trabalho possível. Tudo o que fazia era bem feito. Desejava ser perfeito, até mesmo no manejo da ferramenta. Por Seu exemplo ensinou-nos a ser industriosos, a fazer o nosso serviço com cuidado e considerar o trabalho uma coisa honrosa. Todos deviam procurar ocupar-se em algo que os possa tornar úteis a si mesmos e também aos outros.
          Deus deu-nos o trabalho para nos ser uma bênção, e Ele agrada-Se das crianças que, contentes, executam a sua parte nos afazeres domésticos, partilhando os encargos do pai e da mãe. Tais filhos, ao deixar os seus lares, constituirão uma bênção para o mundo. A mocidade que procura agradar a Deus em tudo quanto faz, e que pratica o bem pelo amor do bem, será útil na sociedade. Ao ser fiel em posições humildes, habilitar-se-á para posições mais elevadas.
      

          Dias de Luta
          Os mestres judaicos tinham estabelecido para o povo muitas leis e exigiam deles muitas coisas que Deus não ordenara. Até os meninos tinham de sujeitar-se às suas exigências. Jesus, porém, não procurava aprender o que esses rabinos ensinavam. Embora tivesse cuidado em não falar desrespeitosamente desses doutores, só examinava as Escrituras e obedecia às leis de Deus. Muitas vezes era repreendido por não proceder como os demais meninos. Então costumava mostrar pela Bíblia o que Deus exige de nós.
          Jesus procurava sempre levar a felicidade a todos. Por Sua bondade e delicado trato os rabinos alimentavam, porém debalde, a esperança de conseguir que Ele Se sujeitasse aos seus ensinos. Quando insistiam para obedecer aos seus preceitos, perguntava-lhes o que dizia a Bíblia. Não recusaria fazer o que esta dissesse. Tal atitude irritava os rabinos. Sabiam que os seus preceitos não eram apoiados pela Bíblia; mas não levavam a bem que Jesus Se recusasse a obedecer-lhes. Queixavam-se pois d'Ele a Seus pais.
          José e Maria tinham os rabinos na conta de bons homens, e por isso Jesus sofreu censuras bastante difíceis de suportar. Os irmãos de Jesus tomavam o partido dos rabinos. As palavras desses doutores, diziam eles, deviam ser acatadas como as palavras de Deus, e censuravam a Jesus por Sua atitude de superioridade em relação aos guias do povo.
          Os próprios rabinos consideravam-se melhores do que os outros homens, e desdenhavam relacionar-se com o vulgo. Os pobres e ignorantes eram desprezados por eles. Até os doentes e sofredores eram por eles deixados ao abandono e sem esperança e conforto. Jesus revelava um tocante interesse por todos os homens. Procurava ajudar toda a pessoa sofredora com que Se deparasse. Não dispunha de recursos pecuniários, mas muitas vezes renunciava ao próprio pão a fim de mitigar a fome de alguém.
          Quando os Seus irmãos falavam asperamente aos miseráveis e desgraçados, Ele ia ter com essas pessoas e dirigia-lhes palavras de bondade e de ânimo. Tudo isto desagradava a Seus irmãos, que O ameaçavam, procurando atemorizá-l'O; Jesus, porém, mantinha sempre a mesma linha de conduta, não fazendo senão o que parecia bem a Deus.
          Muitas foram as tentações e provas que Jesus teve de enfrentar. Satanás procurava continuamente ocasiões para vencê-l'O. Se Jesus pudesse ter sido levado a proferir uma única palavra de impaciência ou a praticar um erro que fosse, não Se poderia ter tornado o nosso Salvador. Satanás sabia-o, sendo essa a razão por que tão persistentemente se empenhava em induzir o Salvador a pecar. Apesar de Jesus ser continuamente protegido por anjos celestes, a Sua vida foi uma longa luta contra as potestades das trevas. Nenhum de nós terá jamais de arcar com tentações tão terríveis como as que Ele sofreu. Para cada tentação, porém, só tinha uma resposta: «ESTÁ ESCRITO».
          Nazaré era uma aldeia ímpia, e os jovens muitas vezes tentavam Jesus a acompanhá-los nos seus maus caminhos. Como era um rapaz vivo e alegre, não desdenhavam a Sua companhia. Entretanto os Seus princípios de piedade não lhes agradavam. Muitas vezes, por recusar associar-se a eles nalguma prática desonesta, chamavam-n'O de cobarde. Não raro escarneciam d'Ele por Se mostrar muito escrupuloso em coisas insignificantes. A tudo isto só tinha por resposta: «O temor do Senhor é a sabedoria, e apartar-se do mal a inteligência». Job 28:28. O amor do mal é o amor da morte, porque «o salário do pecado é a morte».
          Jesus não reivindicava os Seus direitos. Quando maltratado, sofria com paciência. Por ser assim condescendente e resignado, muitas vezes tornavam o seu trabalho desnecessariamente penoso. Contudo não desanimava, porque sabia que Deus O contemplava com favor.
          As Suas horas mais felizes eram aquelas em que podia estar a sós com a natureza. Terminado o Seu trabalho, dirigia-Se aos campos, a fim de entregar-Se à meditação na sombra de verdejantes vales ou à oração nas encostas das montanhas ou nas florestas. Escutava os pássaros oferecendo notas de louvor ao Criador e associava-Se a eles com alegres hinos de adoração e reconhecimento. Com cântico e adoração saudava o despontar do dia, que muitas vezes vinha encontrá-l'O nalgum lugar solitário meditando em Deus, estudando a Bíblia ou concentrado em oração.
          Desses momentos de pacífico repouso em Deus, Ele tornava, então, ao seio da família para reassumir os Seus deveres quotidianos e dar um exemplo de paciente trabalho. Onde quer que estivesse, a Sua presença parecia fazer aproximarem-se os anjos da terra. A influência da Sua vida pura e santa era sentida em todas as classes do povo. Inocente e puro, movia-Se no meio dos negligentes, dos rudes e intratáveis, encontrando-Se com o injusto publicano, o perdulário insensato, o insensível soldado ou o rude camponês.
          Jesus tinha sempre palavras de simpatia para os que suspiravam sob o duro fardo da vida. Partilhando os seus pesares, repetia-lhes as lições aprendidas da natureza acerca do amor, da bondade e da misericórdia de Deus. Ensinava-lhes a considerarem-se como entes dotados de preciosos talentos que, legitimamente usados, lhes dariam venturas eternas. Pelo Seu próprio exemplo inculcava a preciosidade dos momentos fugitivos da existência, que cumpre empregar sempre nalguma coisa útil.
          Não Lhe consentia o ânimo passar por alto a quem quer que fosse como indigno da Sua consideração, mas procurava esforçar e animar ainda os mais rudes e pouco prometedores. Dizia-lhes que Deus os amava como a Seus filhos, e que havia possibilidade para eles de atingirem a semelhança do Seu carácter.
          Deste modo Jesus obrava silenciosamente em favor de outros desde a Sua mais tenra infância, e a essa obra ninguém nem os sábios doutores nem ainda os próprios irmãos, podia induzi-l'O a renunciar. Com um firme propósito realizou o desígnio de Sua vida, que era ser a luz do mundo.

          O Baptismo
          Ao chegar o tempo de Jesus iniciar o ministério público, o Seu primeiro acto foi dirigir-Se ao rio Jordão e fazer-Se baptizar por João Baptista. João tinha sido enviado a preparar o caminho para o Senhor. Pregando no deserto, a sua mensagem resumia-se nisto: «O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no Evangelho». S. Marcos 1:15. Multidões acorriam para ouvi-l'O. Muitos eram convencidos dos seus pecados e baptizados por ele no Jordão.
          Deus advertira a João que um dia viria a ele o Messias para lhe pedir que O baptizasse. Deu-lhe também um sinal pelo qual O poderia reconhecer. Quando Jesus Se apresentou a João, este notou nos Seus traços fisionómicos reflexos de uma vida tão eminentemente pura que se recusou a baptizá-l'O, dizendo: «Eu careço de ser baptizado por Ti, e Tu vens a mim?» Jesus, porém, respondendo, disse-lhe: «Deixa por agora, porque assim nos convém cumprir toda a justiça». S. Mateus 3:14-15.
Quando Jesus proferiu estas palavras, uma luz celestial iluminou-Lhe o rosto, tal como a que fora notada por Simeão quando Ele foi apresentado no templo. Então João conduziu a Jesus para as águas e ali O baptizou à vista de todo o povo.
          Jesus não recebeu o baptismo para manifestar o arrependimento dos Seus pecados, porque n'Ele não houve pecado algum. Fez-Se, porém, baptizar para constituir-Se também nisso um exemplo para nós.
          Quando Jesus saiu da água, ajoelhou-Se à margem e dirigiu uma prece ao Pai. Abriu-se então o Céu «e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre Ele.» Todo o Seu ser ficou envolto numa auréola de luz provinda do trono de Deus, e do céu aberto uma voz Lhe falou nestes termos: «Este é o Meu Filho amado, em Quem Me comprazo». S. Mateus 3:16,17.
          A glória que nessa ocasião repousou sobre Jesus é o penhor do amor de Deus aos homens. Jesus veio fazer-Se nosso exemplo, e tão certo como Deus ter deferido a Sua petição, é certo que Ele ouvirá as nossas orações. Os mais necessitados, os maiores pecadores, os mais desprezados podem ter acesso ao Pai. Quando nos dirigimos a Deus em nome de Jesus, a mesma voz que falou a Ele também nos falará a nós, dizendo: «Este é o Meu Filho amado, em Quem Me comprazo».

HINE  MA  TOV


Texto extraído do livro Vida de Jesus de Ellen White. Convido o estimado leitor a comprar este pequeno mas excelente livro na Publicadora SerVir, para continuar a desfrutar da leitura da Vida de Jesus neste mundo.

BOAS FESTAS / BUONE FESTE / MEILLEURS VOEUX / SEASON'S GREETINGS / FROHE FESTTAGE

(Pode ouvir músicas de Natal no último grupo dos links de Leituras para a Vida
e de O Caminho para a Esperança)