sábado, 4 de junho de 2016

TEXTOS  DE  AJUDA  PARA  VENCER  AS  TENTAÇÕES


CONHECE-TE  A  TI  MESMO

Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis, quanto a vós mesmos, (ou não vos conheceis a vós mesmos) que Jesus Cristo está em vós?"
II Coríntios 13:5.

Na famosa escola filosófica de Tarso, a sua cidade natal, Paulo recebeu a cultura greco-latina que se revela em diversas passagens das suas epístolas e no seu discurso no Areópago de Atenas. Deste modo, Deus esteve a prepará-lo para que, após a sua conversão, viesse a ser um instrumento para levar o Evangelho ao vasto mundo grego e latino do Império Romano: "Não sou digno de ser chamado apóstolo, pois que persegui a igreja de Deus. Mas pela graça de Deus sou o que sou; e a Sua graça para comigo não foi vã, antes trabalhei muito mais do que todos eles, todavia não eu, mas a graça de Deus que está comigo" (I Coríntios 15:9 e 10).
Nesta importante passagem, tema da devoção desta manhã, Paulo utiliza três verbos que têm um significado paralelo e se referem ao autoexame ou introspeção, tendo como referência o próprio Cristo: examinar, provar e conhecer-se a si mesmo. Dos três verbos, o último evoca o famoso aforismo socrático "Conhece-te a ti mesmo". Sócrates interrogava, ao mesmo tempo que ensinava, a conhecida "ironia socrática" que faz o seu interlocutor descobrir o que este julgava ignorar, permitindo-lhe assim avançar no caminho da verdade. Ele dizia: "Só sei que nada sei." O princípio da verdadeira sabedoria consiste no reconhecimento da própria ignorância, mas, ao mesmo tempo, em refletir sobre o próprio eu para se conhecer a si mesmo. Sócrates convida o homem a procurar dentro de si a fonte da verdade.

O apóstolo tem em conta este princípio, no entanto complementa-o e aperfeiçoa-o com o princípio cristão da conversão, a morte do eu: "Cada dia"(I Coríntios 15:31), "Se alguém está em Cristo, nova criatura é" (II Coríntios 5:17); e acrescentando que o exame de consciência não é um mero juízo subjetivo, nós mesmos não somos a regra da nossa situação, nem o critério da verdade. A consciência pessoal não é suficiente, pois não é sempre fiável. O critério, o modelo, o exemplo a seguir é Cristo: "Mas, todos nós, com cara descoberta, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor" (II Coríntios 3:18).
Peça a Deus sabedoria para que, conhecendo as suas falhas e caminhando lado a lado com Ele, possa hoje seguir os Seus passos.

Carlos Puyol Buil, nas suas espetaculares Meditações Matinais de 2016, esta a 22 de maio (merece a pena comprar umas... se ainda houver... Mas pode tentar: Publicadora SerVir).


QUANDO TUDO PARECE PERDIDO
PODE-SE COMEÇAR DE NOVO
            

      Sandra Zeiter, além de professora, é uma produtora de programas de televisão que desfruta de grande popularidade e apreço em seu país, Porto Rico. Há algum tempo, numa revista, apareceu uma interessante reportagem acerca da inspiradora vida dessa valente mulher.
      Em certa ocasião, Sandra sofreu grave acidente, em resultado do qual o seu corpo ficou paralisado da cintura para baixo. Naquele momento tudo parecia perdido para aquela dinâmica jovem tão cheia de entusiasmo e de amor pela vida. Que sucederia agora com os grandes planos que ela havia sonhado para suas actividades na televisão? Que tristeza enorme ter de abandonar a bela obra que com os seus programas estava levando a cabo, em benefício da infância do seu país! Mas Sandra não se deu por vencida.
      Algum tempo depois, quando já havia saído do hospital, chegava aos estúdios de televisão sentada na sua cadeira de rodas para colocar-se novamente ante as câmaras, com o seu sorriso de sempre e com um brilho de fé e valor, patente em seus olhos. Quando talvez num momento tudo lhe parecia perdido, essa valente mulher deciciu começar de novo. Os novos começos amiúde são difíceis e até dolorosos, mas imensamente gratos ao espírito. Para alguns, às vezes torna-se impossível começar de novo. Não possuem a força de vontade necessária, e se a possuem, carecem de outros recursos indispensáveis.

      Analogamente e falando em termos espirituais, na vida de todo o indivíduo amiúde ocorrem também incidentes que o incapacitam para manter a paz da alma, e a esperança nas promessas divinas, de que o ser humano tanto necessita. Estes são os acidentes causados pela tragédia do pecado. Quando o homem se afunda profundamente no pecado, chega a pensar que não pode sair dessa situação e começar uma vida nova, de bem, de pureza e de agrado a Deus. Não obstante, ao sentir-se em condição tão desvalida, se assim o reconhece, deveria saber que imediatamente se coloca à sua disposição A FONTE DE PODER MAIOR QUE EXISTE. Algo que pode limpar a sua vida e permitir-lhe começar de novo por um caminho de santos ideais rumo à meta da perfeição, que é a única que concederá à sua vida paz, felicidade e salvação eterna. Enfim, a única vida digna de ser vivida!

      Nos dias de Cristo vivia em Jerusalém um homem que havia ganhado muito prestígio e fama na sociedade em que actuava, mas que, não podendo com isso satisfazer os anelos de sua alma, quis saber como ganhar o céu, o reino de Deus. Então, certa noite buscou o mestre Jesus no silêncio do Seu retiro e fez-Lhe a grande consulta.
      Jesus respondeu-lhe com impressionante simplicidade: "Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus" (S. João 3:3). Quis dizer-lhe que ele tinha de ser transformado noutra personalidade espiritual. Tinha que experimentar, enfim, uma mudança total, não parcial.
      Nicodemos não podia entender de imediato como tal transformação se tornaria possível. Nós tão-pouco poderíamos compreender através de uma análise racional o significado de tão importante processo, se Cristo mesmo não o houvesse explicado, como fez naquela ocasião. O novo nascimento, ou a obra de transformação, disse Jesus, é algo a ser realizado pelo Espírito Santo operando na alma humana. Não é o fruto dos nossos próprios esforços, ou decisões de rectificação. Tão-pouco é o simples melhoramento da vida actual, mas a absoluta substituição da nossa natureza carnal por uma natureza espiritual. Notemos como São Paulo se refere a esse glorioso processo do novo nascimento ou conversão: "E assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura: as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas" (II Coríntios 5:17).
      As Sagradas Escrituras, portanto, ensinam que na pessoa convertida são operadas dramáticas mudanças em todos os aspectos. Recebe um novo espírito (Salmo 51:10), um novo coração (Ezequiel 36:26) e uma nova mente (Romanos 12:2). Seus interesses não são já basicamente terreais. Antecipa um futuro de glória no qual lhe é prometida uma vida de perfeita felicidade numa terra nova (Apocalipse 21:1).

      O poder transformador de Deus não se esgotou ainda nem se esgotará jamais. Milhares de homens e mulheres em todas as partes do mundo experimentam constantemente a glória do novo nascimento em Cristo Jesus. Há alguns anos o mundo assombrou-se ao ler acerca dos terríveis crimes cometidos por um grupo de jovens entregues às drogas e dirigidos por um líder de influência carismática chamado Charles Manson, a quem, em certa ocasião, um dos seus próprios seguidores descreveu como um indivíduo possuído pelo diabo.
      Entre os seguidores desse homem havia um jovem chamado Charles Watson, que, segundo ordens de Manson e sob a influência das drogas, havia cometido uma série de crimes. Em certa ocasião, ao ir matar um homem, este lhe perguntou quem ele era, e Watson respondeu: "Eu sou um diabo e venho realizar a sua obra". Tanta era a maldade que havia no coração desse homem, que não se considerava a si próprio nem sequer um ser humano.
      Como resultado das suas frequentes actividades criminosas, finalmente Watson foi encarcerado e condenado à morte. Contudo, mais tarde essa sentença de morte foi-lhe comutada, mas continuou cumprindo a sua pena no cárcere.

      Um dia, enquanto descansava em sua cela, sentiu que se apoderava dele um intenso e inexplicável desejo de receber algo de que sua vida necessitava. Descobriu que havia em sua alma um enorme vazio para encher. Com lágrimas nos olhos implorou ajuda a algo ou a alguém, e o céu lhe respondeu. Desde aquele momento, Charles Watson começou a experimentar uma profunda mudança em sua vida, e sentiu a plenitude duma paz que nunca antes havia sentido. Sua transformação foi absoluta. Um novo homem nasceu nele, e morreu dentro dele o empedernido criminoso de antes. O Espírito Santo havia operado o mistério da conversão naquele homem de incrível maldade.

      Conquanto tivesse de permanecer no cárcere, já não se considerava mais um homem privado da liberdade. Nas declarações que fez certa ocasião a um jornalista que o entrevistou, pode-se apreciar o sentimento de um homem verdadeiramente livre: "Uma vez estive escravizado a Charles Manson, mas agora sou um escravo de Cristo Jesus. Como Seu escravo, sou realmente um homem liberto. Nem sequer as paredes deste cárcere conseguem aprisionar-me porque Cristo me tornou livre."
Quando tudo lhe parecia perdido, aquele homem pôde começar de novo. Começou uma nova vida que nunca poderia ter começado com as suas próprias forças. Ao ver a sua impotência e debilidade, recorreu a Deus, e o Espírito Santo realizou nele o milagre de um novo nascimento. Experimentou em sua vida a realidade do processo que Cristo indicou a Nicodemos na noite da grande consulta, quando lhe disse, em resposta a todas as suas inquietudes espirituais e seus anseios do céu: "Necessário te é nascer de novo".

      O novo nascimento é a maior obra que pode ser realizada no ser humano. Mas esta tarefa não compete ao laboratório científico, nem à sala de aula. Não é tão pouco o resultado imperfeito da influência de fortes correntes moralizadoras. Não é o fruto da vitória da vontade humana. É unicamente a consequência feliz da obra de um poderoso agente externo que vem silenciosamente a nossas almas: o poder incomparável do Espírito Santo de Deus.
      O novo nascimento concede ao homem algo assim como uma segunda oportunidade para começar de novo e não repetir erros do passado; essa segunda oportunidade, que em momentos de angústia tantos têm desejado neste mundo e que nunca receberam por ignorar onde encontrá-la, ou não saber quem a oferece.

Amigo leitor, quem a oferece - e é o único que pode concedê-la - está a todo o momento muito perto, com Sua mão estendida. É Cristo, que está no limiar da porta do seu coração fazendo-lhe um amoroso convite: "Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a Minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e cearei com ele, e ele Comigo." (Apocalipse 3:20). Se Lhe abrir a porta, mediante o Espírito Santo, Cristo entrará no seu interior e se produzirão no seu ser os gloriosos frutos do novo nascimento, o começo de uma nova vida que o conduzirá, por uma senda de paz e bem, neste mundo, à fruição da felicidade perfeita na eternidade do Céu prometido.

Raul Vilanova in Revista Sinais dos Tempos, nº 7, 1982, Publicadora Atlântico, S.A.R.L., Sacavém, Portugal.




A HORA TRANQUILA
"Minha Vida Mudou Muito"

Muitos crentes têm feito a experiência de passar uma hora com Deus, logo ao acordar. Tome nota deste testemunho!


Era o meu aniversário naquela manhã de Fevereiro, e eu sentia-me arrasada quando apanhei a pasta e saí para tomar a minha refeição matinal em companhia de alguém com quem tinha negócios. De um modo geral, a vida fora generosa para comigo. A minha agenciazinha de publicidade prosperava. O marido e filhos iam bem. Mas apesar disso, parecia estar faltando alguma coisa... algo que nem nome tinha. Sentia apenas um ligeiro vazio íntimo.
No restaurante, sentei-me com Don Campbell, homem de seus 60 anos. Ele era um próspero consultor de marketing, dotado de extraordinária empatia com as pessoas. O seu jeito calmo e sereno sempre me tinha impressionado.
Enquanto comíamos, discutimos um esquema de publicidade, e depois, já com os negócios resolvidos, referi-me ao meu aniversário, confessando-lhe também a minha permanente sensação de vazio.
- Quer preencher esse vácuo? - indagou Don.
- Claro!
- Pois comece o seu dia com uma hora de oração.
- Eu não tenho tempo para isso! - respondi, ofegante.

Foi exactamente o que eu disse há 20 anos. Era presidente de uma agência em Chicago e corria por toda a parte só para sobreviver. Acreditava que deveria orar todos os dias, mas não encontrava tempo para isso. Tinha a impressão degradante de estar perdendo o controlo da minha vida. Um amigo disse-me então que eu interpretava as coisas às avessas:
"Você está querendo encaixar Deus na sua vida", disse ele. "Cinco minutos aqui, dez minutos acolá. O que você precisa é adaptar a sua vida em torno de Deus, e isso faz-se assumindo um compromisso. Uma hora por dia.
"Isto é uma obrigação. O objectivo é tomar um espaço de tempo que represente alguma coisa para si... e depois oferecer esse período a Deus."
Os olhos de Don brilhavam. "Achei aquilo estranho. Para arranjar uma hora a mais e dedicá-la a Deus, eu teria de me levantar uma hora antes. Dormiria menos e prejudicaria a minha saúde."* O brilho do seu olhar transformou-se num largo sorriso. "Mas o facto é que há 20 anos que eu não adoeço!", afirmou ele. Vinte anos!
Saí do restaurante mentalmente confusa. Uma hora de orações! Absurdo! Mas apesar disso, não conseguia tirar da cabeça aquela ideia de Don.
Sem dizer nada aos nossos três filhos nem a Bill, meu marido, acertei o despertador para as 5:00h. Moramos no centro-oeste, onde, àquela hora, no mês de Fevereiro, faz muito frio e ainda é escuro. Com esforço, levantei-me.
A casa, escura e melancólica, envolveu-me. Fui na ponta dos pés até à sala, sem dar atenção a Burt, o nosso cão, e instalei-me no sofá. Era esquisito ficar a sós com Deus. Sem rituais de igreja. Só eu... e Ele. Durante uma hora.
Olhei para o meu relógio, e murmurei: "Muito bem, meu Deus, aqui estou eu... e agora?"
Gostaria de poder relatar que Deus me respondeu de imediato. Mas só houve silêncio. Vi os primeiros toques do sol nascente; tentei orar, mas, em vez de fazê-lo, pensei no meu filho Andy, e na briga que tivéramos na véspera. Lembrei-me de um cliente cuja firma atravessava uma fase difícil. Ocorreram-me coisas irrelevantes.
Aos poucos, os meus pensamentos errantes desaceleraram-se. A minha respiração também se acalmou, até que senti uma quietude dentro de mim.
Comecei a perceber pequenos ruídos - o zumbido do frigorífico, a cauda de Burt batendo no soalho, um galho de árvore congelado roçando numa janela. Senti então a presença aconchegante do amor. Não sei como descrevê-lo de outra forma. O ar e o próprio lugar onde estava sentada pareceram mudar, da mesma forma que se modifica o ambiente da casa quando chega uma pessoa amada.
Eu estivera sentada 50 minutos, mas só então comecei de facto a orar. Descobri que não o fazia com as minhas palavras habituais, nem com a minha lista de pedidos.
Toda a minha vida me tinha dito que Deus me amava. Naquela manhã de Fevereiro, senti esse amor! E a imensidão do sentimento era tão irresistível que permaneci em silêncio, agradecendo-Lhe durante quase 15 minutos. Depois, o despertador voltou a tocar, e Burt deu um latido. Durante todo esse dia, senti-me acalentada pela lembrança do amor de Deus.
Na manhã seguinte, a casa pareceu-me ainda mais escura e fria do que antes. Apesar disso, tremendo, levantei-me. Mais um dia, pensei.
No dia seguinte, outro dia a mais. Passaram seis anos assim.

Durante este tempo tem havido muitas crises: problemas com um dos nossos adolescentes, turbulências conjugais, um grande prejuízo financeiro. No meio de todas elas, tenho encontrado tranquilidade de espírito naquela hora que passo com Deus, que me dá tempo para colocar as coisas em perspectiva, para encontrá-l'O em todas as circunstâncias. E uma vez que O encontro, parece não existir problema que não possa ser resolvido.
Há manhãs em que me sinto logo dominada pelo milagre e pela glória de Deus; há outras em que não sinto coisa alguma. É nesses momentos que me lembro de mais uma coisa que Don Campbell me disse: "Haverá ocasiões em que o seu espírito simplesmente se recusará a entrar no santuário de Deus. Ainda assim, você está presente, e Deus dá valor à luta que você enfrentou para ficar ali. O que importa é o comprometimento."
Graças a esse compromisso, a minha vida é melhor. Começar o dia com uma hora de oração veio preencher aquele espaço vazio da minha vida.


Bárbara Bartocci é uma empresária adventista norte-americana. Texto de uma Revista Adventista de Portugal (folha solta, antiga, já sem data). *Naturalmente que terá de conseguir deitar-se mais cedo... EE.

SE  TIVÉSSEIS  APENAS  MAIS  UM  DIA  PARA  VIVER

Que faríeis se tivésseis apenas mais um dia para viver?
Esta pergunta foi feita a grupos de jovens na Alemanha Federal durante períodos de instrução religiosa em 12 escolas diferentes. Um total de 530 jovens com idades compreendidas entre os 15 e os 20 anos deram as suas respostas. As respostas foram publicadas num livro, Se Eu Tivesse Apenas Mais Um Dia Para Viver, publicado em Stuttgart, Alemanha Federal, e editado por Guenther Klempnauer, professor de religião de 41 anos de idade.

1. Um rapaz de 16 anos disse: "Eu destruir-me-ia com uma granada de mão em público, em protesto contra a classe média e a burocracia."
2. Uma rapariga de 16 anos disse: "Eu não gostaria de morrer sem ter uma vez experimentado o amor."
3. Um rapaz de 20 anos respondeu: "Eu gozaria a vida até ao máximo."
4. Disse uma jovem de 18 anos: "Eu gostaria de passar o meu último serão na igreja, a sós com Deus, e agradecer-Lhe pela minha vida plena e feliz."
5. Um número surpreendente, 110, disseram que tomariam drogas e se entregariam a desenfreada sexualidade.
6. Disse um jovem hedonista de 18 anos: "Eu beberia até ficar ébrio e roubaria um carro. Em seguida levantaria do banco todo o meu dinheiro e viajaria até Hamburgo. Ali iria aos lugares de má reputação e escolheria as mais formosas raparigas e mulheres."
7. Vinte e oito estudantes disseram que não esperariam pela morte mas se suicidariam.
8. Um total de 111 alunos poriam as suas casas em ordem na véspera da morte.


Apenas 107 estudantes admitiram ter medo, tendo alguns afirmado que sentiam pânico só de pensar na morte.

A Resposta do Cristão

Como responderia, ou deveria responder, um cristão se lhe fosse feita a pergunta?
A Bíblia dá-nos o exemplo de um homem que cada dia enfrentava a morte - Paulo. Disse ele: "Cada dia morro" (I Coríntios 15:31). Este versículo é com frequência aplicado num sentido espiritual como referindo-se a uma morte diária para o pecado e para o eu.
Mas primariamente o autor está dizendo que cada dia se encontra em perigo de perder a sua vida, ou, pelo menos, cada dia leva a sua parte de sofrimento no trabalho para Cristo, o que em qualquer altura o podia levar à sua morte.
O contexto torna isto claro. No versículo precedente ele faz a pergunta: "Por que estamos nós a toda a hora em perigo?" No versículo seguinte ele fala de luta "contra as bestas" em Éfeso.
Todo o capítulo é um argumento em favor da ressurreição.
Com isto pode ser comparado o que Paulo disse aos cristãos romanos (citando Salmos): "Por amor de Ti somos entregues à morte todo o dia;
fomos reputados como ovelhas para o matadouro" (Romanos 8:36).

Assim, no caso de Paulo, a pergunta do que faria ele se soubesse que tinha apenas um dia para viver foi respondida pela sua vida diária. Ele já estava vivendo como se cada dia fosse o seu último. O seu lema era: "Para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho" (Filipenses 1:21). A causa de Deus vinha primeiro; o conforto e a segurança pessoal eram secundários.

O cristão deve sempre viver como se cada dia fosse o seu último, empregando uma boa parte dele em oração, para que possa agir de acordo com a vontade divina. Essa era a maneira como Enoque andou com Deus.
Para a maior parte dos jovens entrevistados, o saber que estavam no seu último dia significaria provavelmente uma drástica mudança em sua actividade. Para o cristão, o saber isso pouca mudança traria. Estando sob o controle de Cristo, simplesmente diria no seu último dia: "Senhor, que desejas que eu faça hoje?" E então faria o que Cristo desejasse, como tinha estado fazendo ao longo da sua vida.

Donaldo F. Campos in Revista Sinais dos Tempos, nº 7, 1982, Publicadora Atlântico, S.A.R.L., Sacavém, Portugal.