domingo, 15 de maio de 2016

ENCONTRO NO SOPÉ DA MONTANHA



       O pobre pai tinha recorrido a todos os médicos e curandeiros do país. Entre uns e outros acabara por perder todo o seu dinheiro juntamente com as esperanças. Tudo o que um pai é capaz de fazer pelo filho doente - o seu único filho - já o tinha feito.
       Havia experimentado todos os remédios, medicamentos, beberragens, poções, tratamentos, dietas e exorcismos1 que lhe tinham aconselhado. Mas o filho não melhorava.
       A vida ficara-lhe suspensa, por assim dizer, naquele dia em que o pequeno começara a retorcer-se e a espumar, a ranger os dentes e a ficar rígido.2 Desde então, a ameaça de morte voltava, diariamente, a atormentá-lo em cada ataque.
       No princípio tinha-se agarrado, com uma fé que nem ele mesmo compreendia, a qualquer fio de esperança, qualquer sugestão.
       - Conheci alguém que me contou que, em tal lugar, um menino tinha um problema parecido e...
       O pai do Surdo-mudo, como lhe chamavam na aldeia - na verdade ninguém sabia o que tinha a criança e os diagnósticos iam desde lunático até endemoninhado3 - tinha experimentado tudo.
       Como não podia resignar-se à sua impotência nem à impotência dos outros, parecia-lhe que, enquanto procurasse e experimentasse, adiava a chegada da última crise.
       Nem sequer as suas orações pareciam servir. Nenhum alívio surgia de parte nenhuma. Os seus familiares procuravam convencê-lo de que não havia outra alternativa senão renunciar.
       - Que lhe hás de fazer? Não há remédio. Tens de ter coragem. É o seu destino.
       Ele, no entanto, continuava a revoltar-se diante da ideia de aceitar aquela realidade insuportável. Tinha decidido não descansar até ao fim. Como entretanto não lhe restava mais nada para perder, devia continuar a experimentar. Se havia uma solução tinha de encontrá-la. E se não...
       Não. A vida não podia ser tão cruel - tinha ele gritado a Deus repetidas vezes -. Tinha de haver uma saída, alguém, nalgum lugar, que pudesse fazer alguma coisa pelo seu filho.
       Os amigos compadeciam-se dele, mas não podiam resolver o seu problema. Para eles a vida continuava, mas para ele não, porque aquilo não era vida. Tinha de continuar a lutar sozinho, pelo seu filho, perante a impotência dos homens e o silêncio de Deus.
       Foi assim que, pelo sim pelo não, tinha ido até ao pé daquela montanha, procurar um tal Jesus de quem se comentavam coisas incríveis.
       Mas Jesus não estava, e os discípulos que o atenderam não puderam fazer nada por ele.4
       Quando finalmente Jesus chegou, o pai do Surdo-mudo estava tão desiludido que nem lhe pediu que curasse o filho. Expôs-lhe - como tantas vezes fizera a tantos outros - os sintomas da doença, limitando-se a acrescentar:
       - Senhor, se puderes fazer alguma coisa, tem compaixão e ajuda-nos.
       Não deixa de ser uma dolorosa ironia que Jesus tivesse encontrado os discípulos a discutir com os escribas, tão ocupados a dialogar como incapazes de ajudar. Os seus profundos discursos - como os nossos - sobre o problema do mal, a morte dos inocentes e o sofrimento das crianças, apenas conseguem tornar mais patente a dificuldade humana para lutar contra as injustiças do mundo, ou simplesmente para limitá-las.
       Jesus estremece diante daquele insuportável espectáculo: Uma criança que se contorce de dor, um pai no limite da resistência, e um grupo de religiosos a discutir teoricamente a situação. Baixando-se para proteger com os braços o corpo convulso do pequeno, diz, dirigindo-se ao pai:
       - Se podes crer, tudo é possível para aquele que crê.5
       Uma tremenda frase, que o atormentado pai não sabe se há-de interpretar como um estímulo à esperança - "Não te preocupes, basta que creias" -, ou como a mais desmoralizadora das respostas - "Se não crês, não esperes nada" -.
       O homem sente-se tão abatido, tão desesperado, que não sabe como reagir. Para acabar com aquele inferno, bastaria crer? Para salvar o seu filho, tinha alguma importância a sua fé de pai? Impulsionado pela dor, grita:
       - Creio!
       Mas não sabe o que diz. Algumas palavras já perderam para ele o sentido. Esqueceu o que significa crer. E, demasiado sincero para pretender enganar Jesus, corrige a sua resposta:
       - Senhor, queria crer mas não posso. Não tenho fé. Ajuda-me a crer.6
       Esta confissão emociona pela sua franqueza. "Vem em auxílio da minha incredulidade" ou, segundo outras versões, "da minha pouca fé", significa. "Desejaria crer, mas há alguma coisa em mim que me obriga a duvidar. Por um lado, penso: Deus pode tudo. Por outro, digo: Não pode ser. Mas Tu, por favor, faz como se eu cresse. Ajuda-me apesar de eu não ter a certeza de que me vais ajudar..."
       Quantas vezes, como a este homem, nos terá acontecido também não ver claramente os limites da nossa fé, não estar seguros se cremos ou não? Quantos de nós não terão alguma vez pedido, como o pai do Surdo-mudo: Senhor, ajuda-me a crer?
       No entanto, esta última confissão de impotência, em que o homem reconhece a sua absoluta incapacidade, inclusivamente para esperar; esse último gesto de se remeter inteiramente a Deus, é, para Ele, a fé necessária para que tudo seja possível, incluindo o milagre.
       Na realidade, não se dar por vencido diante do problema do sofrimento, continuar à procura de uma solução contra o mal quando não se encontra nada, lutar até ao limite das forças, só por amor, não será isso crer? Não fora já a fé que levara o pai do Surdo-mudo até ao pé daquela montanha ao encontro de Jesus? Será que a fé humana é sempre imperfeita e que Deus não nos pede mais do que o desejo sincero de crer?
       Que é, realmente, a fé?
       Damos a esta palavra um sentido eminentemente religioso, mas nas línguas bíblicas não existe uma palavra específica para a fé religiosa. A palavra traduzida por "fé" designa a confiança depositada numa pessoa, porque a consideramos digna dela. O dicionário define a fé como crença, convicção e certeza."7 O Evangelho usa-a no sentido de "posse antecipada daquilo que se espera, prova de realidades que não se vêem". Ou, segundo outras versões, como "a confiança de receber o que esperamos, o convencimento de que algo que não vemos é verdade".8 Mais confiança do que crença, mais intuição do que convicção, mais adesão do que certeza. Possivelmente "adesão" seria a palavra.9
       Porque adesão implica compromisso e entrega, sem que se exija compreensão total. É possível confiar em alguém sem o compreender completamente. Podemos tomar o partido de Deus sem entendermos o Seu silêncio.
       Assim se compreende que Jesus pronuncie a frase: "Tudo é possível ao que crê"10 talvez aplicada também a Si mesmo. Embora o milagre seja um privilégio divino, Jesus convida o pai do doente a confiar em Deus como Ele mesmo confia. Porque essa confiança - ou seja, a fé - torna possível o impossível.
       O pai do Surdo-mudo podia confiar em Jesus, porque intuía que estava incondicionalmente a seu lado. Essa fé que sabe sem demonstrações, que se apega sem ver, esse "instinto de Deus" era o que ele precisava. Não especialmente para que o seu filho sarasse, mas também para ser capaz de lutar, suportar e transcender a realidade da sua própria vida, inclusivamente - e de um modo particular - se o filho não se curasse.
       A indignação de Jesus contra aquela "geração incrédula"11 dirige-se mais aos discípulos do que ao pai do doente. Não por terem fracassado na cura do menino, mas por havê-la tentado por si mesmos. A sua falta de experiência real com Deus - ou seja, a sua falta de fé -, levara-os a agir como se a sua proximidade "profissional" de Jesus pudesse por si mesma conferir-lhes algum poder que os transformasse nos Seus executivos oficiais ou nos agentes - por vezes secretos - do Seu poder.
       Apesar de tudo, Deus decide fazer um milagre e imediatamente o Surdo-mudo é curado. Isso porém só acontece quando aquele pai está disposto a aceitar a vontade divina, seja qual for, sem exigir nada.
       Quando os discípulos perguntaram por que não tinham podido realizar a cura, Jesus responde-lhes que só é possível vencer certos problemas com "oração e jejum",12 isto é, dependendo totalmente de Deus.

       Daí que a experiência do sofrimento seja tão difícil de suportar para quem conte unicamente com as suas próprias forças. Só aquele que crê pode encarar o sofrimento de frente, sem fechar os olhos, sem procurar escondê-lo, sem se resignar e sem se revoltar contra a aparente inibição divina. Porque sabe que Deus está connosco e nos ama ao ponto de ter vindo ao encontro da nossa dor fazendo-se homem.
       A fé verdadeira está longe de ser uma atitude mental reconfortante. É um acto de confiança absoluta em que Deus está ao nosso lado. Porque um homem, em cujo rosto reconhecemos Deus, compartilhou a nossa miséria e a superou para sempre com uma dose de amor maior que todo o nosso ódio. Como profeta da felicidade e garante da Vida, os Seus milagres não são mais do que o penhor da veracidade das Suas promessas e do Seu triunfo final.
       Por isso, o crente pode entrever a vida, o bem e o seu triunfo definitivo sobre o sofrimento e a morte. Sabe que diante do mal toda a explicação humana é irrisória, e que aqui e agora apenas se impõem a resistência, a fraternidade e a esperança. Para o crente, crer, embora não resolva o problema do mal, é já uma maneira de o superar enquanto aguarda a sua solução definitiva.
       Nesta perspectiva, o contrário de crer não é duvidar, mas repelir. Por isso a falta mais grave, a que Jesus denuncia mais energicamente, é a indiferença ou o desprezo.13 A rejeição de Deus - "o pecado contra o Espírito Santo"14 - que costuma levar ao endeusamento da própria pessoa, e ao desprezo dos outros, que pode levar a qualquer crime. Quase poderíamos dizer que a falta de respeito é a essência do mal. Que é um terramoto, por exemplo, comparado com a tortura?

       Entre as múltiplas interrogações que levanta o tema da fé, a primeira a esclarecer talvez seja por que razão uns crêem e outros não.
       Há quem diga que não consegue crer porque a fé é um dom que Deus só dá a alguns, mas esta é uma falsa maneira de pôr o problema.
       O facto de a fé ser um dom divino não justifica a incredulidade de ninguém. Também a vida é um dom. A ideia de que Deus reparte a fé arbitrariamente é alheia à Bíblia. Esta diz claramente que Deus "não tem favoritismos" 15 e fala da "medida da fé que Deus repartiu a cada um."16 A medida pode variar, como varia a capacidade pulmonar ou o alcance da mente, mas todos temos a possibilidade de conhecer Deus.
       Crer não é ganhar uma viagem num super-sorteio cósmico, em que o afortunado só precisa de ter a sorte de estar na lista.
Uma vez conseguida a entrada (o baptismo), basta-lhe acomodar-se no seu lugar e descolar em direcção ao céu. A experiência espiritual mostra-nos que crer não consiste em embarcar numa viagem definitiva, sem esforço e sem retorno. O Evangelho nunca descreve a fé em termos de privilégio, mas em termos de 'relação'. Crer em Deus é viver em relação com Ele.
       Como todas as relações, a fé tem um início - Deus sempre nos sai ao encontro - e progressivamente se vai definindo face aos acontecimentos da vida, diante dos obstáculos imprevistos e dos encontros decisivos. Mais do que um cruzeiro de luxo, parece-se com as viagens dos descobridores ou dos exploradores.17
Uma aventura difícil, comprometida e apaixonante. Tendo de encontrar por si mesmos os meios para avançar, perdendo às vezes o rumo e arriscando-se sempre no empenhamento. Esperando e perdendo a esperança para, por fim, quando tudo parecia pressagiar a derrota, encontrar uma recompensa inesperada.
       A aventura da fé é uma luta constante contra os limites da condição humana, mas com a certeza de que a vitória está segura. Nesta empresa Deus não me garante livrar-me de nenhum perigo, mas proporcionar-me a força para vencê-los.

       Crer é confiar no único Ser capaz de me salvar de mim mesmo e de dar sentido e futuro à minha vida. Dizer que sim a Alguém que me aceita, sem ter em conta o meu passado; que me acompanha, transformando o meu presente; e que me guia, inspirando o meu futuro.
       Crer, como viver um grande amor, é uma aventura cheia de riscos e imprevistos; mas também de enormes satisfações. Crer, como amar, é comprometer-me no mais profundo do meu ser e decidir compartilhar a vida com Alguém. Unir-me a ele sem reservas. Saber que ele me ama e amá-lo.
       A fé, como uma adesão, não se encontra por sorte como uma moeda, não se perde como uma carteira, não se pode guardar a prazo fixo como um capital no banco. Como relação, é algo que vive, que muda, que pode crescer e desenvolver-se, ou enfraquecer e morrer.
       Como acontece no plano da amizade e do amor humano, se a relação com Deus se limita às ocasiões de encontro obrigatório, a visitas oficiais ou de cortesia, a fé acaba por morrer, à medida que se vai perdendo a intimidade.
       Às vezes leva muitos anos a estabelecer uma relação sólida, mas basta um momento de impaciência para a deitar a perder. Talvez por isso, no mundo em que vivemos, em que ninguém tem tempo para o outro e falta tanto a paciência, haja cada vez menos crentes. Embora proliferem as fés sucedâneas, o mundo pós-cristão está a perder a fé. E a um ritmo tal, que o próprio Jesus Cristo perguntou a Si mesmo se, quando regressasse, restaria alguma fé na terra.18
       Lamentavelmente, uma parte da responsabilidade desta situação recai sobre alguns dos que se chamam cristãos.
       Um universitário escrevia-me: "Como se pode aceitar, dentro da mesma igreja, o bispo X, que apoia a guerrilha em certo país da América Latina, e o bispo Y, que condena? Um apoia a classe dominadora, e o outro morreu para libertar os operários dessa opressão. Como se pode compreender que o grande proprietário capitalista e o operário a quem este explora se despeçam em paz, depois de assistir juntos aos mesmos serviços religiosos, uns para continuar a explorar, e os outros a ser explorados, e assim todas as semanas? Permita-me que lhe diga que tudo isto me faz perder a fé. Abandonar a igreja é para mim a única saída honesta."
       É doloroso pensar que alguém possa romper com a igreja, abandonar a religião ou perder a fé por fidelidade à sua consciência, diante do escândalo de alguns impropriamente chamados cristãos.

       É lamentável, mas muito humano, que os crentes guardem o tesouro da sua fé em recipientes tão toscos que desvirtuem o valor do seu conteúdo.19 Mas é ainda mais doloroso que aqueles que procuram Deus abandonem o seu empreendimento repelidos por falsos representantes Seus.
       1 - Nas suas cartas a Timóteo, Paulo dá como primeira razão desta crise de fé a deformação dos ensinamentos divinos: "Nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demónios."20 Só a descoberta da revelação divina pode resolver a confusão provocada pela proliferação de crenças estranhas.
       2 - A segunda razão tem que ver com os argumentos da "falsamente chamada ciência, a qual, professando-a alguns, se desviaram da fé".21 Há teorias que apresentam certas argumentações materialistas como as únicas válidas para explicar os enigmas da origem e do sentido da vida. Com elas se induz a pensar que a noção de Deus corresponde a um estado pré-lógico da evolução do pensamento, hoje superado pelas pessoas suficientemente cultas. Um estudo imparcial sobre a diferença entre hipótese e facto provado, situaria a questão sobre uma base mais científica, e abriria as portas à possibilidade de outras explicações.
       3 - A terceira razão do abandono da fé, segundo Paulo, é a secularização de uma sociedade materializada: "Os que querem ser ricos caem em tentação e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor do dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e trespassaram a si mesmos com muitas dores."22 De um modo muito realista, Paulo alerta-nos para os perigos de dar uma obsessiva prioridade aos bens materiais. O homem não pode viver só de pão.23 Fechar-se para a dimensão espiritual da vida é uma autêntica mutilação.
       Poderíamos assinalar muitos mais factores que tendem a afastar da fé, mas não encontraríamos nenhum que fosse independente de nós mesmos e, portanto, suficiente para justificar a nossa ruptura com Deus.

       Felizmente, a fé pode-se descobrir e cultivar da maneira mais simples. Quando Deus vem ao nosso encontro, abrirmo-nos à Sua influência, ainda que seja para dizer apenas "ajuda-me a crer", já é um acto de fé. Mesmo que não experimentemos nenhuma vivência especial, cada convite interior a procurar o sentido da vida, cada vez que experimentamos a nostalgia do ideal, ou o desejo de fazer algum bem a alguém, estamos a ouvir o apelo da fé.
       Quando fomentamos a nossa relação com Deus e a exercemos com os nossos semelhantes - porque é nos outros que encontramos Deus - a nossa fé aumenta e a nossa vida enriquece. Então até as dificuldades de cada dia nos ajudam a unir-nos mais a Ele. Porque, ainda que nem sempre afaste de nós a tempestade, está sempre disposto a ajudar aquele que luta contra ela. E, se nem sempre protege o barco, pode sempre proteger o marinheiro.
       Por isso, no fim do relato, Jesus diz aos Seus discípulos:
       - Se tivésseis fé como um grão de mostarda, poderíeis deslocar montanhas.24
       Com estas palavras, recorda-lhes o essencial da sua relação com Deus: que, mesmo começando muito timidamente, se mantenha viva. Porque se, com o convívio, a deixarmos criar raízes ela se irá transformando, como na parábola, numa árvore capaz de fragmentar, com a sua força, as nossas montanhas de problemas.
       Não existe uma fórmula mágica para crer, nem para resolver os conflitos, conseguir o carinho de alguém ou educar os filhos. O que existe é a possibilidade de querermos, acima de tudo, não nos separar de quem amamos.
       Se a nossa relação com Deus for prioritária; se, como o pai do Surdo-mudo, Lhe levarmos os problemas que nos pesam sobre os ombros, podemos ter a certeza de que nos ajudará a resolvê-los ou a conviver com eles. E assim a nossa fé não deixará de crescer. O que, nos tempos que correm, não deixa de ser um milagre!




REFERÊNCIAS:
1. Conhecem-se inúmeras práticas aplicadas a este tipo de males. Flávio Josefo relata um dos exorcismos mais clássicos: "Aproximou do nariz do endemoninhado um anel com o emblema de uma das raízes prescritas por Salomão para unções; e logo que o homem caiu no chão, exconjurou o demónio para que o deixasse definitivamente, em nome de Salomão, recitando a oração que ele havia composto." (Ant. 8:45,49). Para as febres terçãs (associadas a possessão), prescreve-se: "Tomar sete espinhos e sete palmas, sete lascas de sete vigas, sete cavilhas de sete pontes, sete pitadas de cinza de sete fornos, sete pedaços de lama de sete soleiras, sete flocos de lã de sete ovelhas, sete raminhos de cominho e sete pelos da cauda de um gato velho e amarrar tudo ao pescoço com uma corda nova" (Sha 67a).
2. Ver o pormenor dos sintomas em Marcos 9:14-29; Mateus 17:14-23 e Lucas 9:37-45.
3. O texto paralelo de Mateus 17:15 diz "lunático" e o de Lucas 9:38, 39, 42 fala de "endemoninhado".
4. Mateus 17:15-16. Jesus desce então o monte da transfiguração (Mateus 17:1-15; Marcos 9:2-17; Lucas 9:28-38).
5. Marcos 9:23.
6. Marcos 9:24.
7. José Pedro Machado, Grande Dicionário da Língua Portuguesa, Vol. 5, pág. 119.
8. Hebreus 11:1.
9. A versão de André Chouraqui (La Bible, Paris: Desclée de Brouwer, 1985) substitui sistematicamente o termo "fé" por "adesão" e o verbo "crer" por "aderir".
10. Marcos 9:19, 23.
11. Marcos 9:19.
12. Marcos 9:28, 29.
13. Marcos 9:42; Lucas 17:1-4.
14. A esta rejeição chama Jesus "o pecado contra o Espírito Santo". Mateus 12:22-37.
15. Romanos 2:11.
16. Romanos 12:3.
17. Mateus 17:20.
18. Lucas 18:8. A questão da incredulidade é muito complexa e os seus factores são múltiplos. É lamentável constatar que, por vezes, alguns daqueles que se dizem cristãos, como aqui os discípulos, em vez de favorecer a fé, parecem estar do lado dos obstáculos.
19. II Coríntios 4:7; Mateus 9:17.
20. I Timóteo 4:1.
21. I Timóteo 6:20, 21.
22. I Timóteo 6:9, 10.
23. Mateus 4:4.
24. Mateus 17:20.
Texto da contracapa do livro acima:
"Existe sempre um primeiro encontro. E chegará também, o momento do último. Alguns determinarão mesmo uma mudança no rumo da nossa vida. Mas um só, poderá torná-la plena e perdurável. Poderá deleitar-se, agora, aprendendo com os ENCONTROS de alguns homens e mulheres que tiveram o encontro decisivo, que todos nós, pessoalmente, podemos e devemos experimentar."

Doutor Roberto Badenas in Encontros, Publicadora Atlântico, S.A., 1992.

(Ver mais sobre o Autor em Meditação para a Saúde, Links 1R. Tem lá também uma oferta para si e para os seus familiares e amigos, se assim o desejar.)