terça-feira, 14 de julho de 2015

DIA  DA  LIBERDADE  DE  PENSAMENTO


"Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é Verdadeiro, tudo o que é Honesto, tudo o que é Justo,
tudo o que é Puro, tudo o que é Amável, tudo o que é De Boa Fama, se há alguma Virtude,
e se há algum Louvor, NISSO PENSAI."
Filipenses 4:8

"Sem fugir à realidade, potencializando o respeito pelos outros e preservando em tudo a verdade,
todos deveremos assumir o exercício da liberdade de pensamento."
Daniel Esteves

O CENTRO FAZ A DIFERENÇA

O tema do Grande Conflito, com o triunfo final de Deus, oferece-nos uma perspectiva universal da vida. (Links 1R)

         Quando Copérnico publicou em 1543 De Revolutionibus Orbium Coelestium (Sobre as Revoluções das Esferas Celestes), mal reconheceu que o mundo não mais seria o mesmo. O cientista mostrou que a Terra não era o centro estacionário do Universo; pelo contrário, ela e os outros planetas giram em volta do Sol. As opiniões desse católico polonês fiel sacudiram o fundamento de um velho dogma científico e religioso.
         Mesmo antes de Copérnico, houve pessoas que postularam que a Terra de fato girava em volta do Sol, mas a astronomia, influenciada por Aristóteles e Ptolomeu, operava sobre a premissa de que a Terra estava parada e que as mudanças nas posições das estrelas e planetas resultavam apenas do seu movimento, não do da Terra. Influenciada pela opinião grega, a teologia cristã logo a adotou.
         Por exemplo, considere a Divina Comédia, de Dante. O escritor coloca a Terra no centro do Universo e o inferno no centro da Terra. Dante permite sua imaginaçao viajar até às profundezas do inferno e depois subir através das várias esferas do céu até finalmente contemplar o trono de Deus na esfera mais elevada. A igreja medieval basicamente assumiu essa visão do Universo e fê-la parte do dogma cristão.
         Segundo a teologia medieval, o céu fica em cima, o inferno em baixo e no meio fica a Terra. Mudar qualquer destes da sua posição destruiria, muitos pensavam, a essência da concepção cristã que colocava a Terra no centro do Universo.

         Embora Copérnico dedicasse sua obra ao "Santíssimo Senhor Papa Paulo III",* a igreja por volta de 1616 baniu todos os livros, incluindo o de Copérnico, que advogavam que a Terra girava. Em 1633 a igreja proibiu que os católicos cressem ou ensinassem que a Terra girava. Somente depois de 1822 Roma permitiu a impressão de livros que ensinavam que a Terra girava ao redor do Sol!
         Os protestantes não estavam em posição muito melhor. Lutero chamou a Copérnico "um astrólogo arrogante", porque afinal, Lutero dizia, a Bíblia claramente ensina que "Josué mandou o Sol parar e não a Terra". Melanchton, citando Eclesiastes, trovejou que "a Terra permanece para sempre" e que "o Sol também se levanta, e o Sol desce, e se apressa para o lugar de onde se levantou", e atacou Copérnico. Calvino, citando o Salmo 93:1 "Firmou o mundo que não vacila", perguntou: "Quem porá a autoridade de Copérnico acima da do Espírito Santo?"

         Hoje, ninguém, católico ou protestante, crê que a Terra seja estacionária, ou que ela seja o centro do Universo. Contudo, às vezes penso que temos a tendência de construir nossa teologia de modo que parece manter a Terra no centro do Universo, se não fisicamente, mas teológica e espiritualmente.
Teologia com o Enfoque Correto

         Os adventistas do sétimo dia têm algo singular a oferecer ao mundo cristão: a nossa perspectiva bíblica, a nossa compreensão da grande controvérsia entre Cristo e Satanás. O que o tema do Grande Conflito mostra é que as questões referentes ao pecado, rebelião e à lei de Deus vão além da Terra, da humanidade e mesmo da nossa redenção.
         Assim, o tema inclui o Universo todo, uma perspectiva que deve ser mantida em mente a fim de se obter uma compreensão melhor das grandes verdades que a Bíblia advoga.
         Por exemplo, vejamos: há dois mil anos Cristo exclamou na cruz: "Está consumado!" Jesus venceu a Satanás no Calvário. Pagou o preço da nossa redenção. Porque, então, estamos ainda aqui depois de Jesus ganhar a batalha decisiva na cruz?

         Pois, se tudo que importasse fosse a nossa salvação, se toda a questão envolvida nessa experiência triste do pecado fosse livrar-nos do pecado, então este longo período de tempo, quase dois milénios depois da cruz, não faria sentido. Porque prolongar essa experiência miserável com o pecado, se Cristo obteve a nossa redenção na cruz?!
         Leia o que escreveu Ellen White, inspirada, ao falar da morte de Jesus: "Satanás não foi então destruído. Os anjos não perceberam, nem mesmo aí, tudo quanto se achava envolvido no grande conflito. Os princípios em jogo deviam ser mais plenamente revelados. E por amor ao homem, devia continuar a existência de Satanás. O homem, bem como os anjos, deviam ver o contraste entre o Príncipe da Luz e o príncipe das trevas."1
         Não vê você que a nossa salvação, embora central em todo o tema do Grande Conflito, não é o único fator envolvido? A questão do bem e do mal, no contexto do Universo, precisa ser plenamente resolvida, ou como Ellen White disse: "plenamente revelada", não somente para nós, mas também para os anjos.
         Questões referentes ao caráter de Deus, à justiça do Seu governo, à equidade das Suas leis, são questões cruciais que atingem outros, além de nós. Embora a batalha em si mesma, na sua maior parte agora, esteja sendo travada na Terra, as suas repercussões estendem-se pelo cosmos. A perspectiva cósmica é muito importante para ser minimizada, e é este alcance universal que devia dominar a nossa mente, em vez de uma perspectiva que centraliza tudo na nossa salvação.

Jó: Um Caso Típico

         Considere o livro de Jó. Começa com uma situação idílica e serena na Terra, enquanto há um conflito entre Cristo e Satanás no Céu. É lá que o livro de Jó localiza o conflito. Não sobre a Terra.
         Posteriormente o conflito transfere-se para a Terra. O Livro de Jó, creio, é um microcosmos de todo o cenário do Grande Conflito, que mostra que o pecado é um problema universal com repercussões além do nosso pequeno planeta.
         Pense nisto. Onde começou o pecado? Na Terra? Naturalmente que não. Olhe além da Terra e você verá que o pecado começou no Céu, com a rebelião de Satanás e dos anjos contra o governo de Deus. Embora disputada aqui, depois da guerra no Céu e a expulsão de Satanás e dos seus anjos, o problema não é limitado à Terra.
         Essa perspectiva cósmica pode nos ajudar a compreender melhor verdades como o ministério sacerdotal de Cristo no santuário celeste e o julgamento. O santuário é um modo como Deus nos ajuda a compreender essas questões. Do mesmo modo que o santuário terrestre ajuda a revelar o plano da salvação para nós, o santuário celeste ajuda a revelar o plano da salvação ao resto do Universo. É para isto que a cena do julgamento de Daniel 7 parece apontar. As hostes inumeráveis do Céu observam o julgamento em sessão. Bastaria isto para nos mostrar que as questões envolvidas no plano da salvação vão além de nós!

Deus, Nosso Centro

         Copérnico disse que a Terra não é o centro do Universo. Ele desafiou a humanidade a olhar para cima e contemplar a majestade do sistema cósmico no qual a nossa Terra é apenas uma pequena parte. Mudando de paradigma: um estudo pessoal aprofundado das Profecias Bíblicas mostrará a todos que, por mais importante que sejamos, as grandes questões do Universo convergem para o Grande Conflito entre Deus e Satanás, entre o bem e o mal.
         Assim, mais depressa do que pensamos, as palavras do profeta vão se cumprir: "O grande conflito terminou. Pecado e pecadores não mais existem. O Universo inteiro está purificado. Uma única palpitação de harmonioso júbilo vibra por toda a vasta criação. DAquele que tudo criou emanam vida, luz e alegria por todos os domínios do espaço infinito. Desde o minúsculo átomo até ao maior dos mundos, todas as coisas, animadas e inanimadas, em sua serena beleza e perfeito gozo, declaram que Deus é amor."2
         
A  Questão  Agora  É:  Olharemos  Para  Além  De  Nós  Mesmos  E  Faremos  De  Deus
O  Centro  Do  Nosso  Pensamento,  Da  Nossa  Vida  E  A  Nossa  Esperança?

Robert S. Folkenberg foi Presidente da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia, com sede em Silver Spring, Maryland, E.U.A., in Revista Diálogo Universitário 9:1, 1997.
Notas e Referências:
1. Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, págs. 731 e 732.
2. Ellen G. White, O Grande Conflito, pág. 684.

* (Não podemos chamar de Santíssimo a nenhum ser humano pois só Deus é imortal, nunca pecou, nunca falhou, e tem todo o poder:  1"Aquele que possui, Ele só, a imortalidade, e habita na Luz inacessível, a Quem nenhum dos homens tem visto nem pode ver." I Timóteo 6:16;  2"Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus." Romanos 3:23;  3"Deus não é homem, para que minta, nem filho do homem, para que Se arrependa; porventura diria Ele, e não o faria? Ou falaria, e não o confirmaria?" Números 23:19;  4"Jesus, olhando para eles, lhes disse: Para os homens isto é impossível, mas para Deus tudo é possível." Mateus 19:26.
Quando Jesus voltar, sim, então poderemos vir a ser imortais e não mais pecadores. Mas nunca, nenhum ser humano, Santíssimo! Este termo pertence, por direito, só à Divindade. Ser santo é o que Deus espera, já agora, de cada pessoa, mas Santíssimo é um atributo exclusivamente Seu. E graças a Ele por isso, porque aí está a Nossa Esperança! A Nossa Confiança! E a Nossa Paz! E.E.)
Pode ler sobre Santificação em Leituras para a Vida, 24.10.2014, Links 1R.



CURVATURA  DO  TEMPO  NO  MURO  DAS  LAMENTAÇÕES
         
Há dois anos levei o meu filho a Israel, tendo eu pregado em Jerusalém e, no Sábado seguinte, em Tel Aviv. Foi impecável: um Judeu a pregar em Jerusalém e, ainda por cima, no Sábado do sétimo dia. Não é uma imagem que, quando estava a crescer, associasse a mim mesmo.
Entre reuniões, ficámos parados, uma manhã, diante do Muro Oeste do Monte do Templo. Fomos com Elhanan ben Abraham, um Judeu crente em Jesus que, 33 anos antes, me tinha batizado no Rio Jordão, na Galileia. Enquanto ali estávamos à sombra do antigo muro, um Judeu ortodoxo aproximou-se e perguntou se éramos Judeus. Quando respondemos que sim, ele perguntou se queríamos "atar um tefillin". Concordámos em fazê-lo. Atar um tefillin é um ritual em que se enrola, com fios, uma caixa negra no braço e outra na testa. Está baseado em Deuteronómio 6:8: "Também as atarás por sinal na tua mão e te serão por testeira entre os teus olhos." Em cada caixa estão porções da Torah, excertos de Êxodo e de Deuteronómio. Após as caixas estarem colocadas no lugar apropriado, recitam-se algumas bênçãos em Hebraico, incluindo uma que se pode traduzir assim: "Bendito és Tu, Senhor nosso Deus, que nos santificaste com os Teus Mandamentos e nos ordenaste que usássemos tefillin."

Após termos acabado, Elhanan e eu começámos a testemunhar da nossa fé. Perguntámos-lhe acerca do Messias, e fizemo-lo saber que acreditávamos que o Mosiach ("Messias" em Yiddish) já tinha vindo e que Ele é Jesus de Nazaré. Lembro-me de o Judeu ter erguido a palma da sua mão e depois tê-la projetado em direção ao chão, como se lançando a ideia por terra. Alguns homens, que também eram Judeus ortodoxos, aproximaram-se de nós e começámos uma discussão e tanto. Esta tornou-se intensa, mas nunca descontrolada, e acabámos por vir embora.
Apenas mais tarde, a partir da perspetiva variada que a passagem do tempo dá a qualquer evento, é que me apercebi do caráter incrível do que acontecera: Ali estávamos nós, Judeus, 2000 anos após a Cruz, na área do Templo de Jerusalém, e discutindo sobre o facto de Jesus ser o Messias!
Ora, ora!
Pense em toda a História que já se desenrolou desde os dias em que Estêvão, ou Paulo, ou Pedro ou qualquer outro dos primeiros crentes em Jesus estiveram nesta área, a mais ou menos 50 metros quadrados de onde nós estávamos, e fazendo o mesmo que nós! Nações e impérios vieram e passaram, substituídos por outras nações e impérios, que também vieram e passaram. Grupos étnicos inteiros surgiram e desapareceram. Novos continentes foram "descobertos" e novas religiões foram lançadas, enquanto religiões antigas se evaporavam. Quando Pedro e João falavam acerca de Jesus na mesma área em que nós o fizemos, o mundo ainda tinha que esperar 1500 anos por Copérnico, 1600 anos pelo Princípio de Newton e mais de 1900 anos pelo iPhone.


Embora fosse mínima a diferença do espaço entre o lugar onde estávamos a falar com outros Judeus sobre Jesus e o lugar onde Pedro, Tiago e João o tinham feito, talvez mensurável em metros, a diferença no tempo era tão vasta, as mudanças no mundo tão monumentais, que seria como se estivéssemos em Planetas diferentes, e não à distância do lançamento de uma pedra.
No entanto, apesar do desenrolar de séculos que se transformaram num milénio e, mesmo, em quase dois milénios, ali estávamos nós, Judeus, nos terrenos do Templo, testemunhando e argumentando com outros Judeus acerca de Jesus de Nazaré. É como se todos aqueles longos anos nunca tivessem acontecido. Uma curvatura do Tempo no Muro das Lamentações.
A mensagem do primeiro anjo diz o seguinte: "E vi outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o Evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a Terra, e a toda a nação e tribo e língua e povo" (Apoc. 14:6). É o Evangelho eterno, a esperança da vida eterna, "o qual Deus, que não pode mentir, prometeu antes dos tempos dos séculos" (Tito 1:2). O núcleo do Evangelho é a intemporalidade. Assim, quer seja pregado nas montanhas da Patagónia ou proclamado no ar pela Rádio Mundial Adventista ou, mesmo, debatido entre Judeus à sombra do Muro das Lamentações, no ano 50 d.C., ou no ano 2011 d.C., a verdade do Evangelho permanece a mesma, e fomos chamados, como outros antes de nós, para a proclamarmos!"

Clifford Goldstein, Editor do Manual da Escola Sabatina, in Revista Adventista, Agosto 2013. Pode conhecer mais sobre o autor em Leituras para a Vida, 19.01.2014.




REVELAÇÃO DE DEUS

A natureza, criação de Deus, revela o seu Criador: "Os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das Suas mãos. Um dia faz declaração a outro dia, e uma noite mostra sabedoria a outra noite. Sem linguagem, sem fala, ouvem-se as suas vozes" (Salmo 19:1-4). Maravilhado, o salmista exclama: "Quando contemplo os Teus céus, obra dos Teus dedos, a lua e as estrelas que preparaste, que é o homem mortal, para que te lembres dele, e o filho do homem, para que o visites?" (Salmo 8:3, 4).
Mas a maior e mais perfeita revelação de Deus é Jesus Cristo, que veio a este mundo para O revelar. "Eu e o Pai somos um", disse.
"Quem me vê a mim vê o Pai" (S. João 10:30; 14:9).
Contudo, pode acontecer não conseguirmos vislumbrar, na criação, a glória e majestade do Deus Criador, ou não sermos capazes de ver o Seu poder redentor nas nossas vidas. Então, há uma outra revelação de Deus, Verbo Eterno Criador e Redentor, a Sua Palavra, à disposição de todo o homem: a Sagrada Escritura.

   

Os cristãos sempre consideraram que Deus falou e continua a falar aos homens através da história e da literatura bíblicas, porque, como diz o apóstolo Pedro, as Escrituras não foram produzidas pela vontade de homem algum, "mas os homens santos de Deus falaram, inspirados pelo Espírito Santo" (II S. Pedro 1:21). Deus preservou a Sua Palavra, para que nela nós pudéssemos achar o caminho de volta a Deus, através de Jesus.
De facto, Jesus é o centro das Escrituras e o seu estudo leva-nos, certamente, aos pés do Salvador. O próprio Jesus disse: "Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de Mim testificam (S. João 5:39).
Do Génesis ao Apocalipse, dos profetas aos apóstolos, as Escrituras dão testemunho de Jesus. Ele é o Criador, por Quem "todas as coisas foram feitas" (S. João 1:3); o Redentor prometido, ainda no Éden, aos nossos primeiros pais (Génesis 3:15), que "veio salvar o que se tinha perdido" (S. Mateus 18:11); "Aquele de quem Moisés escreveu na lei, e os profetas" (S. João 1:45); e é o Rei vindouro que no livro da Revelação declara: "Certamente cedo venho" (Apocalipse 22:20).

Pouco depois da morte de Jesus, dois dos Seus discípulos dirigiam-se à aldeia de Emaús e iam comentando esse doloroso acontecimento. O Divino Ressuscitado aproximou-Se deles, mas não O conheceram, e perguntou-lhes qual a razão da sua tristeza. Relatando-Lhe os factos ocorridos em Jerusalém, um deles teve este desabafo: "E nós esperávamos que fosse Ele o que remisse Israel."
De que modo Se revelou Jesus àqueles homens? "Começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que d'Ele se achava em todas as Escrituras" (S. Lucas 24:2-27). Essa explicação transformou a sua tristeza em alegria, mudou o seu desespero em fé e esperança. E diziam: "Porventura não ardia em nós o nosso coração quando, pelo caminho, nos falava, e quando nos abria as Escrituras? (Vers. 32). Pelas Escrituras chegaram ao (re)conhecimento de Jesus.
Hoje, quando queremos dar cumprimento ao mandato evangelístico que Jesus nos confiou, as Sagradas Escrituras são também "a palavra da fé, que pregamos" (Romanos 10:8), que pode fazer os homens "sábios para a salvação" (II Timóteo 3:15), levando-os a Cristo.


Filipe, notável evangelista dos tempos apostólicos, a quem "as multidões unanimemente prestavam atenção"
e "se baptizavam tanto homens como mulheres" (Actos 8:6, 12), usou as Escrituras com grande êxito.
Quando o Espírito Santo o enviou ao caminho deserto de Jerusalém a Gaza, e ele se encontrou com um viajante solitário,
alto funcionário e administrador de Candace, rainha da Etiópia,
reparou que este ia lendo o profeta Isaías (Isaías 54:7-8).
Filipe perguntou-lhe:
- Entendes o que estás a ler?
- Como é que eu posso entender, se ninguém me explicar?
E convidou Filipe a subir e a sentar-se com ele no carro. Então, Filipe, "começando nesta escritura, lhe anunciou a Jesus".
A certa altura, chegaram "ao pé de alguma água", e o viajante perguntou:
- Eis aqui água! Há alguma coisa que impeça que eu seja baptizado?
Filipe respondeu:
- Se tu crês de todo o coração, não há nada que impeça.
Disse então o oficial etíope:
- Eu creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus.
"E mandando parar o carro, entraram os dois na água e Filipe baptizou-o" (Actos 8:26-40).


Neste número de Sinais dos Tempos, gostaríamos de convidar o Leitor, ou Leitora, a fazer também um percurso:
a descobrir e encontrar na Palavra de Deus,
essa outra Palavra, o Verbo Divino, Jesus Cristo, Autor e Centro da Escritura Sagrada.

Prouvera a Deus que chegasse à mesma conclusão que este oficial etíope:
Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus!

Linda Meditação de Maria Rosa Baptista, publicada no Editorial da Revista Sinais dos Tempos, nº 51, 1994. Licenciada em Letras pela Universidade de Lisboa, para além de Professora, a Dra Mª Rosa foi durante muitos anos a excelente Secretária da União Portuguesa dos Adventistas do 7ª Dia, em Lisboa, Portugal.