sábado, 21 de junho de 2014

HAVERÁ ESPERANÇA PARA UM MUNDO... MORIBUNDO?...


A MISÉRIA DA TERRA

O Walkman, um símbolo da paixão do homem pela privacidade e individualismo - todavia cada vez mais "indivíduos" estão a fazer as mesmas coisas que outros "indivíduos".

Quando o "Walkman" atingiu o mercado, provou-se de imediato um sucesso. Ele é um símbolo da paixão do homem pela privacidade na parte final do século XX, da tendência cada vez maior para o individualismo.
Acrescido individualismo é uma das "megatendências" da época.1 Agora é o indivíduo - em vez da comunidade, a tribo, a família - que cria ou é bem sucedido. Preocupação com o ambiente, a paz e empenhamento pelos miseráveis do Terceiro Mundo ou pelos desprivilegiados da nossa própria sociedade somente atrairá a atenção se for sentida pelo indivíduo. É interessante notar que o ponto de vista da Bíblia é que, embora Deus tenha planos para grupos e nações, a Sua preocupação primária é com o indivíduo: Deus procura uma relação pessoal com cada um.2

Todavia - estranho na realidade! - num tempo em que o indivíduo permanece no seu pedestal, um número cada vez maior de "indivíduos" está a fazer as mesmas coisas que outros "indivíduos". É quase assustador perceber a importância atribuída a um Campeonato Mundial ou aos Jogos Olímpicos. Eles são contemplados por metade da população do planeta ao mesmo tempo! É positivamente horripilante que pessoas em 84 países tenham o "privilégio" semanal de contemplar as mesmas telenovelas e séries televisivas. É quase incrível que as mesmas pessoas que falam em proteger a sua própria "identidade como indivíduo" insistam em usar o mesmo tipo de sapato, a mesma "T-shirt" ou "jeans" que milhões de outras. Enquanto cultivam cuidadosamente a ideia de que são pessoalmente únicas, elas "têm" que ver filmes que toda a gente vê e ler livros dos 10 títulos mais procurados.

Quase há 2000 anos atrás os escritores da Bíblia deram um perfil do que seria o homem na era do tempo do fim, "a era final":
"Os homens não amarão nada senão o dinheiro e o eu; eles serão arrogantes, jactanciosos e injuriosos; sem respeito algum pelos pais, ingratos, impiedosos, sem afecto natural; serão implacáveis no seu ódio, disseminadores de escândalos, intemperantes e ferozes, estranhos para com toda a bondade, traidores, aventureiros, presunçosos. Eles colocarão o prazer no lugar de Deus. ..."3
Não é muito difícil reconhecer-nos a nós mesmos e aos nossos contemporâneos nesta descrição sucinta. Estamos em perigo de "nos divertirmos até à morte".4

AS PERSPECTIVAS PARA A PAZ

Outra predição bíblica sobre o tempo do fim indica um aumento na frequência das guerras.5 Desde que esta predição foi feita, a guerra tem sido, na verdade, uma parte permanente do desenrolar da história. Todavia, no nosso próprio século tem havido uma diferença massiva na escala.

Imagem à direita: Um presente da antiga União Soviética às Nações Unidas, uma estátua de bronze pelo escultor Eugeny Vuchetich - "Nós Transformaremos as Nossas Espadas em Charruas."

Mesmo hoje, com as tensões Leste-Ocidente diminuídas, - enquanto se espera que mais "espadas" nucleares e convencionais sejam recicladas em "arados"6 - precisamos de nos lembrar que as armas nucleares nunca poderão ser "desinventadas". Pelo menos 12 nações têm armas nucleares ou a capacidade de as produzir. Outras 20 se unirão ao "clube nuclear" nos próximos 10 anos. Seja o que for que as superpotências possam decidir, a ameaça de guerra nuclear permanecerá connosco.
Desde a Segunda Guerra Mundial tem havido mais guerras (declaradas ou não-declaradas) do que em todo o tempo antes. Se definirmos guerra como um conflito no qual uma média de pelo menos 1000 pessoas morrem por ano, podemos enumerar 120 guerras desde 1945. Nestas guerras, um total de 20 milhões de pessoas morreram.7

Armas químicas e biológicas continuarão a ser um perigo mortal. Os armazenamentos actuais de armas químicas nos Estados Unidos da América e ex-União Soviética podem matar mais de 300 vezes toda a população mundial. Os gastos militares globais têm continuado a aumentar e estão agora bem acima de 1.000 biliões de dólares por ano.8 Nos Estados Unidos da América o orçamento da defesa é superior a 3 vezes o total de gastos com actividades religiosas e de beneficência.9 Por cada pessoa empregada no sector da saúde no mundo de hoje existem 60 em serviços militares.10

O equivalente ao total do orçamento anual da Organização Mundial de Saúde é gasto pelas forças armadas em menos de três horas. Um mero 0,5% do dinheiro gasto em armas pagaria todo o equipamento de lavoura necessário para habilitar os países deficientes em alimentos a alcançarem suficiência alimentar.11

Quais são as razões básicas para a continuação das guerras? Uma razão: demasiadas pessoas no planeta. Quando se chegar ao ano 2025 a Terra terá uma população de 10 biliões, mais do que o dobro da sua actual população.12 Um mundo faminto e um mundo instável...
A Constituição da UNESCO, contudo, coloca o seu dedo na questão verdadeira: "Uma vez que as guerras começam nas mentes dos homens, é nas mentes dos homens que a defesa da paz deve ser construída..." E está para além da capacidade de qualquer presidente, ministro ou diplomata conseguir a mudança nas mentes de homens e mulheres.

COMO MORRE A OUTRA METADE

A explosão da população e a continuação de desigualdades significam que o número de pessoas a viver em absoluta pobreza no nosso mundo está na verdade a aumentar. Alguns calculam esse número em 1 bilião.13
Uma em cada 4 pessoas neste planeta não tem casa adequada, enquanto que para cima de 100 milhões não tem qualquer abrigo. Uma mulher no Terceiro Mundo está 150 vezes mais sujeita a morrer de complicações durante a gravidez. E depois há as fomes e as epidemias...
No Seu discurso sobre os acontecimentos "na era final" Jesus Cristo mencionou explicitamente "fomes" e "pragas"14 como caracterizando a cena mundial. A Bíblia também menciona aqueles "que têm grandes possessões... que têm empilhado riqueza numa época que se aproxima do seu final". Este último grupo de pessoas tem feito da exploração dos pobres uma arte refinada. Os autores da Bíblia usam linguagem forte para se referirem às questões de injustiça para com os socialmente fracos.15

Gente miserável ... procurando nas pilhas de lixo alguma coisa para comer ou vender. Calcula-se que o número de pessoas a viver uma absoluta pobreza seja de mil milhões.

Há países onde 30 a 40 por cento da população tem peso muito excessivo. A pobreza e a fome do Terceiro Mundo fazem com que tais sociedades pareçam doentes. Vinte e cinco por cento dos habitantes do mundo são responsáveis por 94% de todos os gastos com a saúde e 89% de todos os gastos com a educação. Possuem 92% de toda a indústria e consomem 70% de todos os cereais. Todas as tentativas para restaurar o equilíbrio têm falhado até aqui.16
No Terceiro Mundo 5 milhões de crianças morrem cada ano devido a má nutrição crónica ou por completa falta de comida. Não admira que haja "pragas" na África Sub-Saariana quando países têm apenas um médico para 40.000 pessoas.17 Não admira que 80% dos 500 milhões de pessoas deficientes vivam no Terceiro Mundo.18
Entretanto, companhias multinacionais inundam o Terceiro Mundo com drogas perigosas que, estão banidas ou restringidas no mercado nacional do seu país.19 Enquanto é gratificante ouvir muitas vozes levantadas em protesto contra estes exemplos de avidez criminosa, é difícil prever que se faça muito mais do que mudanças cosméticas. Porquê? As palavras de um sábio antigo são sempre actuais: "Os corações dos homens estão cheios de mal. ... "20 A experiência moderna concorda com as palavras do apóstolo Paulo: "Os homens maus e os charlatães progredirão de mal a pior."21

"ELES SERÃO INTEMPERANTES"

Para milhões no mundo Ocidental a saúde é quase uma religião. Todavia por estranho que pareça, milhões de outros parecem estar determinados a arruinar a sua saúde ao abusarem dos seus corpos de variadas maneiras.
A dependência de drogas tornou-se um problema de dimensões globais. Relatórios indicam que os Estados Unidos da América têm 620.000 dependentes de ópio, o Irão 400.000, Hong Kong 80.000 e a Grã-Bretanha 6.000. A Grã-Bretanha tem agora mais de 50.000 dependentes de heroína.22
Há um número cada vez maior de pessoas escravizadas por uma ou mais drogas: narcóticos, estimulantes, alucinógenos, tranquilizantes, pílulas para dormir. Mais de 10.000 (a maior parte jovens) morrem cada ano como resultado de usarem drogas ilegais.23

O número de pessoas que morrem cada dia devido aos efeitos do fumo encheria 20 aviões jumbo 747.24 O abuso do álcool encurta a vida, em média, 1O a 12 anos.25 Mais Americanos foram mortos em dois anos por condutores alcoolizados do que o número total de soldados mortos durante a guerra do Vietnam.26 A Grã-Bretanha tem um milhão de alcoólicos. O alcoolismo na Grã-Bretanha é responsável por 500.000 admissões nos hospitais e mais 14.000 em hospitais psiquiátricos por ano.27

Medidas mais drásticas são necessárias contra estes abusos em todos os níveis: local, regional, nacional, internacional. Mas não obstante as medidas drásticas, elas são impotentes para erradicarem o problema. O homem, ele próprio, é o problema. A educação, reabilitação, ou mesmo engenharia genética não conseguirão alterar as coisas. Há apenas Um que pode mudar e libertar.28

PROBLEMAS MORAIS

Não é um quadro atractivo! Com certeza, há ainda muitas pessoas de princípios elevados. Há ainda muita evidência de heróica abnegação. Há ainda muitos exemplos de amor abnegado.
Mas a tendência moral é para baixo. Foi uma tendência captada pelo apóstolo Paulo no primeiro século na Ásia Menor. Era caracterizada, disse ele, por "fornicação, impureza, indecência; idolatria e feitiçaria; disputas, temperamento contencioso, inveja, ímpetos de raiva, ambições egoístas, dissensões, intrigas partidárias e ciúmes; bebedeiras, orgias e coisas do género".

Nem a geração de Paulo era uma novidade. No tempo de Noé os "pensamentos e inclinações" do homem29 estavam quase totalmente concentradas em coisas materiais e carnais. Cristo advertiu que o mundo veria um reencenamento da era de Noé antes de "vir o Filho do Homem".30

A SOLUÇÃO FINAL

O nosso mundo impregnado de sexo provê um cumprimento dolorosamente exacto destas palavras. O sexo pré-marital e extra-marital tornou-se aceite enquanto que a crítica do mesmo se tornou uma excepção. Jovens adolescentes grávidas, incestos, abortos e todas as espécies de aberrações sexuais são parte integrante da vida. Embora a SIDA tenha assustado muitos levando-os a mudar algumas das suas práticas sexuais, a evidência sugere que o efeito foi de curta duração.
Nunca deveríamos sucumbir à ideia fatalista de que as coisas más deste mundo não podem ser mudadas. Há muito, por exemplo, que podemos fazer para ajudar os pobres e destituídos. "Saúde para todos no ano 2000" não é um lema tão utópico como muitos podem pensar. Tem sido possível erradicar a varíola, então porque não podem outros problemas de saúde ser vencidos também? Protestos em massa contra o desenvolvimento de novos sistemas de armas já tiveram um grande impacto nos políticos. Então, não há desculpa alguma para a apatia.
Sejamos cautelosos quanto ao optimismo falso dessa última manifestação ocultista, o movimento da Nova Era. O seu ponto de vista sobre as coisas é que o homem pode e deve criar um mundo perfeito.31 Pode haver muitos que sustentem a ideia de que, afinal de contas, são as pessoas do mundo que se devem salvar a si mesmas. Não importa quão desafiadoras estas palavras possam soar, elas são erradas e ecoam um optimismo falso.

Todas as tentativas de nos salvarmos a nós mesmos permanecerão lamentavelmente inadequadas. Fundamentalmente, a nossa dificuldade não reside primariamente na nossa necessidade de educação ou em termos uma mudança de perspectiva. O nosso problema é que, desde que o pecado entrou no mundo, há algo basicamente errado connosco, que requer nada menos do que uma iniciativa divina.
Os dirigentes humanos, ainda que carismáticos, nunca serão bem sucedidos em criar um novo mundo. Precisamos de Alguém, maior do que qualquer ser humano, que possa trazer a solução final e introduzir a nova ordem com a qual muitos estão a sonhar.



Referências:
1 John Naisbitt e Patrícia Aburdene (editores), Megatrends 2000 (1990), págs. 298-309; 2. Ver por exemplo Ezequiel 18:1-32; 3. II Timóteo 3:1-4; 4. Este foi o título de um livro publicado em 1988 nos Estados Unidos da América que analisava padrões correntes de busca de divertimentos; 5. Mateus 24:3; Lucas 21:10; 6. Joel 3:10; Miqueias 4:3; 7. F. Barnaby (editor), The Gaia Peace Attlas (1988), Pág. 56; 8. M. S. Hoffman (editor), The World Almanac and Book of Facts (1990), pág. 74; 9. Ibidem, pág. 91; 10. M. Kidron and R. Segal, The New State of the World Atlas (1987), pág. 106; 11. The Gaia Peace Atlas, pág. 106; 12. R. J. Johnston and P. J. Taylor (editors), World in Crisis? (1986), pág. 129; 13. M. Jancloes, "More Than a Billion", Saúde do Mundo, (Março de 1990), págs. 4 e 5; 14. Lucas 21:11; 15. Tiago 5:1, 4, 5; 16. The Gaia Peace Atlas, pág. 35; 17. World Development Report (1986) (Publicado para o Banco Mundial pela Oxford University Press), págs. 234-235; 18. F. Stambouli, "Born Underprivileged", Saúde do Mundo (Março de 1990), pág. 8; 19. J. B. Mekinlay (editor), Issues in the Political Economy of Health Care (1984), pág. 187; 20. Eclesiastes 9:3; 21. II Timóteo 3:13; 22. J. Willis, Drug Use and Abuse (1989), pág. 33; 23. World Development Forum, vol. 7, Nº 17 (30 de Setembro de 1989) 24. La Sentinelle (Setembro de 1989), pág. 10; 25. J. M. Drescher, "Alcohol: a Witness Against Itself, Ministry (Março de 1982), pág. 7; 26. S. Bachiocchi, Divine Hope for Human Hopelessness (1986), págs. 165-166; 27. B. F. Kinman, "Alcohol and You - Alcohol Abuse and the British Family", Family Life, Vol. 6, Nº 5, pág. 9; 28. João 8:35; 29. Gênesis 6:5; 30. Mateus 24:37-39; 31. Citado no Gaia Peace Atlas, pág. 76.
Todas as citações bíblicas neste capítulo são traduzidas da versão New English Bible.


HÁ ESPERANÇA?

Esperança. Todas as pessoas vivem em esperança. Nós vivemos em esperança mesmo se não pudermos visualizar exactamente aquilo que esperamos. O que é que nós esperamos de facto?
As esperanças de um jovem Ocidental são muito diferentes das de um nómada idoso da África Oriental. As nossas circunstâncias, atitudes, receitas, saúde e idade todas afectam as nossas esperanças - e a nossa compreensão da vida.
Pode haver duas pessoas da mesma idade, a viver em circunstâncias idênticas. Uma é positiva, confiante e cheia de esperança. A outra vê tudo obscurecido por nuvens negras. A primeira constrói a sua vida sobre o fundamento da esperança. A outra tem apenas esperanças que parecem cada vez menos realistas à medida que a vida avança e, quando desapontadas, conduzem à desilusão.


ESPERANÇA NUM MUNDO DESESPERADO

Há bastante desespero ao nosso redor neste mundo. E há vários factores que contribuem para isso. Uma pessoa pode ficar consternada pela crise ecológica. Outra, por questões económicas ou políticas. Apesar da rica herança cristã do Ocidente, a maioria das pessoas no mundo Ocidental não têm um propósito na vida nem faz uma distinção clara entre o que é certo e o que é errado. O mundo está confuso, não somente por questões físicas, mas também por questões espirituais.

Desde as negras predições de Marshal McLuhan ao optimismo de Naisbitt e Aburdene, todos reconhecem a existência de um vazio na vida, no Ocidente. Um vazio que não pode ser satisfeito apenas por prosperidade material.
Os sintomas deste vazio são mais evidentes nos países mais ricos. Os países ricos têm uma taxa de suicídios mais elevada do que os países pobres. É revelado na violência despropositada, tão comum na Europa e na América. Pode ser visto em novas formas de actividades de lazer e entretenimento.
A causa básica deste vazio deve-se ao facto das pessoas colocarem a sua confiança em coisas materiais em vez de espirituais. Substituíram a verdadeira Esperança por meras "esperanças". Quando chove elas querem sol. Quando o sol brilha, dizem que está muito calor. Se têm uma motorizada, querem uma moto. Se têm uma moto, querem um carro. Se têm um carro, querem outro melhor. Quando têm um carro bom, querem uma casa melhor. Se já têm uma casa melhor, querem um barco. Mas o que é que acontece no final? Quando a sua montanha de possessões estiver completa? Traz isso verdadeira satisfação? É o vazio preenchido pelas possessões materiais? Ou permanece ele um enorme abismo - sem nada?
No fundo as relações humanas contam muito mais do que as coisas materiais. Suponham que vos dão a escolher entre duas opções. Ou viver sozinho na casa mais requintada do vosso país - com todas as comodidades modernas já existentes - ou ter uma família amorosa e amigos numa casa modesta.

Encontra-se verdadeira segurança em relações de amor, não em coisas materiais.

O senso comum, e a Bíblia, dizem-nos que a verdadeira segurança se encontra em relações amorosas, não em coisas materiais. Mas a Bíblia vai mais além. Ela diz-nos que embora as relações possam trazer algum grau de felicidade, a verdadeira esperança e o verdadeiro fundamento residem numa relação primária com Deus. Não obstante o facto de poder soar estranha ou embaraçosa neste ponto, é nesta relação com Deus que reside a verdadeira esperança da humanidade.

PORQUÊ O DESESPERO?

A visão cristã do mundo é a única que dá uma explicação completa de cada situação concebível na vida. Ela diz-nos a razão por que o mundo está no estado em que está, com todos os problemas sociais, políticos, económicos e ecológicos. A resposta simples da Bíblia? O pecado. Foi o pecado que danificou um mundo originalmente perfeito. O pecado trouxe, não apenas sofrimento, violência, doença e morte, mas também o egoísmo que mancha cada aspecto e área da vida. O pecado e o egoísmo arruínam relações, conduzem à exploração, devastam o ambiente e alteram o delicado equilíbrio da natureza. Mas não foi permitido ao pecado que destruísse o mundo completamente.

Apesar da beleza da natureza, o homem pode sentir-se desesperado ao pensar no futuro do mundo. Todavia, todos são chamados à esperança de vida eterna e a um mundo melhor.

Há ainda inúmeras coisas belas na vida e no mundo à nossa volta. A visão cristã do mundo inclui tudo o que parece atractivo na vida e identifica todas essas coisas que agora lançam uma sombra na vida humana e ocasionam o vazio e o desespero. A visão cristã do mundo é lógica e faz provisão para cada eventualidade e perigo que ameacem o mundo.
O nosso mundo está cheio do cancro do pecado. Os meios de comunicação social estão cheios de notícias de guerras, fomes, terramotos e poluição. Estas coisas não surgiram como resultado do acaso apenas. Elas são consequências inevitáveis do facto de que alguma coisa básica está errada com a vida na Terra. O pecado não é uma relíquia dos dias em que os homens não eram capazes de explicar o mundo cientificamente. Ele é uma realidade que encontramos em cada má notícia, em cada experiência negativa. O sofrimento do mundo é um altifalante, no máximo dos seus decibéis, proclamando que o pecado é uma realidade.
Tudo isto o leitor pode ver com os seus próprios olhos. Pode constatar que a visão cristã do mundo está certa. E uma vez que o pecado é a doença primária do mundo, é lógico que apenas a libertação do pecado deva ser a cura mais procurada. Mesmo que, neste ponto no tempo, os resultados da libertação do pecado não possam ser compreendidos por todo o mundo, essa libertação está a ser oferecida a todo o indivíduo do planeta. O perdão e a salvação estão a ser oferecidos a todo o homem, mulher e criança, em cada continente, em cada país. Estão à nossa disposição devido à vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo. Somente Jesus pode prover o remédio para o pecado.

A Bíblia Está Cheia De Promessas De Que A Libertação Do Pecado Resulta De Um Encontro Com Jesus:
"Tenho varrido para longe as vossas ofensas como uma nuvem, os vossos pecados como o nevoeiro da manhã."1
"Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu único Filho, para que todo aquele que n'Ele crer não pereça mas tenha a vida eterna. Porque Deus não enviou o Seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para salvar o mundo por meio d'Ele."2
"Por Ele nos libertou do domínio das trevas e trouxe-nos para o reino do Filho que Ele ama, em Quem temos a redenção, o perdão dos pecados."3
"Bem-aventurado aquele cujas transgressões são perdoadas, cujos pecados são cobertos."4

ESPERANÇA PARA O INDIVÍDUO

Estas quatro promessas bíblicas são apenas exemplos. Há centenas, se não milhares semelhantes a elas. Todas as promessas da Bíblia são dirigidas ao indivíduo embora a Bíblia também tenha muito a dizer para o mundo como um todo. Os problemas do mundo serão resolvidos no futuro. Mas agora mesmo Deus está preparado para ajudar qualquer indivíduo que peça ajuda. O único obstáculo: a aparente falta de vontade da parte do homem em trocar as suas próprias soluções pelas de Deus, as suas próprias respostas pelas de Deus.
Claro que, embora a fé em Deus traga esperança a um indivíduo, transforme a sua vida, ela não o retira do mundo ou dos seus problemas. Um indivíduo cujos pecados foram perdoados pode cair presa das consequências dos pecados dos outros na forma de acidentes ou privações. Mas há uma diferença. Ele não mais enfrenta as dificuldades por si mesmo. E, em todas as privações e dificuldades, ele tem um Companheiro.
"Não temas, porque Eu te remi; chamei-te pelo teu nome; tu és Meu. Quando passares pelas águas, Eu estarei contigo; e quando passares pelos rios, eles não te submergirão. Quando andares pelo fogo, não te queimarás; as chamas não te consumirão. Porque Eu sou o Senhor, o teu Deus... o teu Salvador".5
Um indivíduo isolado pode fazer muito pouco para mudar o mundo. Todavia ele tem, na realidade, a liberdade de fazer escolhas que resultem numa importante mudança na sua vida pessoal. As melhores escolhas estão à nossa disposição na Bíblia. Elas incluem liberdade e paz - em vez do pecado e da culpa. Incluem ressurreição da morte, conforto e cura para a doença.
Isto traz ao indivíduo um novo senso do seu valor pessoal, e dá-lhe uma nova perspectiva acerca daqueles que o rodeiam, do mundo e do significado da vida. A fé pessoal é vital. Vital para a vida agora porque promete paz, alegria e certeza. Vital para a vida futura porque promete vida sem fim.

O PRINCÍPIO DA ESPERANÇA

O poder da esperança baseia-se na fé em Deus. Pode ser ilustrado por dois indivíduos cujas circunstâncias são igualmente difíceis. Um deles está alquebrado pelas privações que enfrenta. O outro consegue sobreviver devido à força que recebe de Deus.
A mudança que surge quando um indivíduo abraça o Cristianismo não é apenas psicológica. Não é apenas uma visão mais positiva sobre a vida e o mundo. A esperança do cristão é mais larga em propósito do que isto. Não está baseada em sentimentos, mas na inspirada Palavra de Deus. É fortalecida pelas experiências que Deus dá àqueles que confiam n'Ele.
Esperança significa segurança. Deus é uma "rocha", uma "rocha de segurança",6 uma Rocha sobre a qual o homem pode construir a sua vida, uma Rocha da qual pode depender em todas as circunstâncias da vida, na doença e no infortúnio assim como na saúde e na abundância. Este tipo de segurança é estranho ao homem moderno. A esperança de Deus é substituída por "esperanças". "Esperanças" que colocam a sua segurança em coisas materiais. A esperança da Bíblia está construída em nada menos do que na Pessoa viva de Jesus Cristo.

O HOMEM NO LIMIAR DA ETERNIDADE

Até onde vai esta esperança em Deus? As esperanças do homem secular para o mundo estão baseadas na ideia de que conforme os homens forem obtendo melhor educação, encontrarão melhores oportunidades e gradualmente construirão um amanhã melhor. A história prova que isto é uma esperança vã. O homem não aprende com a experiência. O mundo corre de uma crise para a outra. Mesmo que um indivíduo receba apenas algumas arranhadelas ao passar pela vida, há problemas mais profundos para ele no futuro. Estes podem começar a acontecer muito antes do momento de se encontrar face a face com o inimigo final do homem, a morte.

O Céu na Terra. Deus tem planeado trazer uma nova vida ao nosso mundo moribundo.

Cada pessoa vive na margem do tempo e no limiar da eternidade. Isto será verdade enquanto o homem for mortal. As grandes realidades: o pecado, a morte, o juízo. A grande esperança: Jesus, o Redentor e O que venceu a morte.
Paul Tillich descreve os poemas de uma das testemunhas nos julgamentos dos crimes de guerra em Nuremberga. Era um homem Judeu que escapara das câmaras de gás e tinha vivido durante algum tempo num túmulo num cemitério Judeu em Vilnius. Juntamente com outros tinha-se abrigado entre os ossos dos mortos e, num poema, descrevera como uma jovem dera à luz um filho num túmulo perto do seu. Um coveiro de 80 anos de idade assistiu ao parto. Quando o bebé emitiu o seu primeiro choro, o velho orou: "Oh grande Deus, enviaste-nos Tu finalmente o Messias? Quem senão o Messias podia nascer numa sepultura?"
Quem podia inventar uma história como esta? Sendo um Judeu, este velho tinha pouco conhecimento do Salvador do Novo Testamento, Jesus Cristo. Mas ele estava certo. O verdadeiro Messias, o verdadeiro Salvador, é Alguém cujo poder percorreria todo o caminho até ao túmulo. Há um sentido em que o verdadeiro Messias nasceu no túmulo. A Sua salvação estende-se até às coisas difíceis e cruéis que possam existir na vida - e vai ainda muito mais além. O túmulo vazio é a única verdadeira esperança que podemos ter quando enfrentarmos o inimigo final, a morte.

* Nenhuma das religiões ou filosofias do mundo pode competir com o que o cristianismo ensina a respeito da cruz, da sepultura e da ressurreição. A esperança cristã, no mais profundo sentido da palavra, tem sido inspirada pelo túmulo vazio que deu aos apóstolos tal certeza que estiveram prontos a passar por perseguição e martírio. *

A ESPERANÇA DO MUNDO

O futuro do mundo - em termos de ecologia, política e questões sociais - é sombrio. "A terra está profanada pela sua gente; eles têm desobedecido às leis..."7 O pecado trouxe miséria, fome, guerra, doença e morte ao mundo.
A todas estas perspectivas sombrias, todavia, é atribuído um significado positivo nas Escrituras. Quando o passo dos acontecimentos se apressar e a escala de desastres se tornar ainda mais vasta - isso é um sinal de esperança.

A Esperança De Que O Final Último Do Pecado E Do Sofrimento, E O Raiar De Uma Nova Era De Paz - Estão À Porta.


Isto é realismo bíblico. O realismo da visão bíblica do mundo. Ao crer em Deus todo o indivíduo pode achar perdão, esperança e segurança para a sua vida pessoal. Isto é uma poderosa razão para escolher Cristo. Mas a Bíblia promete mais. Ela Descreve O Retorno De Cristo.
Jesus disse: "Não se turbe o vosso coração. Confiais em Deus, confiai também em Mim. Na casa de Meu Pai há muitas mansões; se não fosse assim Eu vo-lo teria dito. Eu vou para lá para vos preparar um lugar. E se Eu for e vos preparar um lugar, Eu voltarei e vos levarei comigo para que onde Eu estiver, vós também estejais."8 É devido a tais promessas que a Bíblia chama a Deus "O Deus da Esperança".9 Todo aquele que crê em Cristo é chamado para a "esperança",10 para a esperança de vida eterna, imortalidade e um mundo melhor.

Emil Brunner disse que, sem esperança de um futuro melhor, a fé cristã é como uma escada que não leva a lado nenhum. Fé sem esperança de um tempo em que o pecado será destruído, tem de ignorar tudo o que a Bíblia ensina acerca do futuro.

O FUNDAMENTO SÓLIDO DA ESPERANÇA HUMANA
O intrincado quebra-cabeças pode ser resolvido quando um indivíduo encontra a verdade sobre a salvação em Jesus Cristo. Deus não nos deixa sozinhos no meio das perspectivas perplexas do mundo. No decorrer dos séculos milhões de cristãos têm recebido esta certeza de salvação. Ela tem-se tornado uma realidade que lhes tem transformado as vidas. A sua experiência tem sido a prova da verdade das promessas da Bíblia. As novas da salvação são as melhores novas que o mundo pode receber. Elas dão esperança para este momento e para o futuro.

Referências:
1. Isaías 44:22, 23; 2. João 3:16, 17; 3. Colossenses 1:13, 14; 4. Salmos 32:1; 5. Isaias 43:1-3; 6. Deuteronómio 32:4; Salmos 18:3; 7. Isaías 24:5; 8. João 14:1-3; 9. Romanos 15:13; 10. Efésios 4:4
A LEI DA VIDA

O nosso planeta está em crise. Mas a Bíblia provê a lei da vida, os DEZ MANDAMENTOS de Deus, como regras morais e espirituais e princípios directivos para todos os cidadãos em todo o mundo.

A Bíblia diz-nos o que é o pecado. O pecado é o desvio do caminho recto. O pecado pode definir-se como rebelião. Diz o apóstolo João: "Quem comete pecado é culpado de ilegalidade; o pecado é ilegalidade." "Todo aquele que vive pecaminosamente está a viver em violação da lei. O pecado é violação da lei."1

Os Dez Mandamentos são um padrão de conduta para toda a humanidade, em todo o tempo. O Salmista escreve acerca dos mandamentos de Deus: "Todos os Seus mandamentos são certos. Eles permanecem firmes para todo o sempre."2 O mundo precisa desesperadamente de um restabelecimento destes valores.

Não são os mandamentos que são uma carga. O pecado é que é um fardo. "Este é o amor para com Deus: obedecer aos Seus mandamentos. E os Seus mandamentos não são opressivos."3 As leis de Deus têm por objectivo maximizar o nosso melhor bem.

Nas palavras de Billy Graham: "O pecado não mudou. Os Dez Mandamentos são ainda o padrão de Deus. (...) Deus traçou uma linha entre o certo e o errado nos Dez Mandamentos. (...) Os Dez Mandamentos não nos fazem pecadores. Eles revelam o facto de que somos pecadores."4 Os princípios dos Dez Mandamentos têm sido entronizados em sistemas de leis nacionais desde os tempos do Velho Testamento.

O propósito original da lei de Deus era guiar o homem para o completo gozo da vida. A lei destinava-se a beneficiar o homem. É uma dádiva do amor de Deus. Os Dez Mandamentos são o fundamento universal de todas as éticas. Eles estão escritos em Êxodo 20.
Ao Seguirmos A Ordem Bíblica: - O 1º Mandamento dirige o culto exclusivo para o único Deus verdadeiro.

- O 2º Mandamento proíbe a idolatria.

- O 3º Mandamento proíbe a irreverência e a blasfêmia que envolva a invocação do nome divino.

- O 4º Mandamento requer a observância do Sábado - 7º Dia da Semana - e identifica o Verdadeiro Deus como o Criador do Céu e da Terra.

- O 5º Mandamento requer que os filhos se submetam aos seus pais como agentes designados por Deus para transmitirem a Sua vontade revelada às gerações seguintes.

- O 6º Mandamento protege a vida como sagrada.

- O 7º Mandamento ordena pureza e salvaguarda a relação matrimonial.

- O 8º Mandamento protege a propriedade.

- O 9º Mandamento preserva a verdade e proíbe o perjúrio.

- O 10º Mandamento atinge a raiz de todas as relações humanas ao proibir cobiçar aquilo que pertence aos outros.

Tem sido sempre a intenção de Deus que os Seus seguidores devessem guardar os Seus mandamentos como uma resposta de amor por tudo aquilo que Ele tem feito por eles. Toda a lei poderia ser resumida numa palavra: "Amor!"5

É significativo que Jesus tenha sido considerado pelos Seus próprios conterrâneos como um professor da Lei. De facto Jesus fez uma firme intimação aos Seus possíveis seguidores que desejassem repudiar ou usar mal a Lei: "Até que o céu e a terra desapareçam, nem a mínima letra, nem um sinal ortográfico, desaparecerão, por quaisquer meios, da lei até que tudo seja cumprido."6

No meio de confusão, conflito e desastre nós podemos ainda ouvir a voz animadora de Deus dando-nos o melhor curso de segurança. Precisamos de considerar de novo a declaração clássica de normas morais da humanidade - Os DEZ MANDAMENTOS.

Referências:
1. I João 3:4; 2. Salmos 111:7,8; 3. I João 5:3; 4. Decision, Abril de 1989; 5. Deuteronómio 6:5, Mateus 22:37-40; Romanos 13:10; 6. Mateus 5:18.
Textos extraídos do extraordinário livro "Ano 2000. Fim ou Continuação?" de vários Autores bem credenciados: Kai Arasola, Reinder Bruinsma, Jonathan Gallagher, David Marshal, Jan Paulsen, Kaj Pedersen, Olavi Rouhe e Robert Surridge. Editado em Portugal pela Publicadora Atlântico, S.A. Lisboa, 1995.



OS 10 MANDAMENTOS - Êxodo 20:3-17



Bíblia  Sagrada  em  Português  Corrente,  tradução  interconfessional
 com  "Aprovação  da  Conferência  Episcopal  Portuguesa,  Lisboa,  14  de  Maio  de  1992",
 por  António  Augusto  Tavares,  António  Pinto  Ribeiro  Júnior,  João  Soares  Carvalho, 
Joaquim  Carreira  das  Neves,  José  Augusto  Ramos  e  Teófilo  Ferreira.

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domingo, 1 de junho de 2014

BULLYING E CYBERBULLYNG



PREVENÇÃO  DO  BULLYING  NAS  ESCOLAS  ADVENTISTAS

As Escolas Adventistas devem ser lugares onde os estudantes possam aprender acerca de Jesus Cristo e a preparar-se para uma vida útil e de pleno sentido e felicidade. Mas tais ideais implicam a existência de um ambiente de segurança e academicamente estimulante, onde exista constante alerta e prevenção contra todos os tipos de violência e abusos. Deve, por isso, o Bullying, nas suas mais diversas formas, incluindo, claro está, o cyberbullying, merecer todas as atenções da comunidade educativa, para que não seja uma realidade. Acima de tudo, os alunos devem sentir-se aceites, protegidos e envolvidos em programas de sensibilização e de prevenção nestes lugares de refúgio, por excelência.
Como lidam as Escolas Adventistas com este cada vez mais importante e problemático assunto? Como podem os alunos que diariamente estudam nas Escolas Adventistas, orientados pelos intencionais propósitos da "restauração" e da "disciplina redentora", adotar posturas e atitudes contrárias ao Bullying e abraçar projetos de apoio às vítimas do mesmo? Descubra as respostas a estas perguntas e inteire-se dos programas e práticas pedagógicas das Escolas Adventistas em Portugal.
Tiago Alves, Diretor do Departamento de Educação da UPASD (União Portuguesa dos Adventistas do Sétimo Dia)


Together We Can Change It...
Colégio Adventista de Oliveira do Douro

Veja, reflita e partilhe o filme que os alunos do 9º Ano do ano letivo de 2012/2013 realizaram no âmbito da disciplina de Educação Moral e Religiosa Adventista. Para além de não quererem fazer parte desta triste realidade, os alunos do CAOD pretendem, juntos, contribuir para um mundo melhor.


"... Aquele Que Se Coloca Sob Minha Proteção Que Faça Paz Comigo..."

Com a entrada do mal neste nosso planeta o ser humano quebrou a harmonia e a felicidade permanentes que recebia da sua constante relação com o Criador. Essa quebra logo se refletiu na forma como passou a olhar e a interagir com o seu semelhante; onde antes havia paz passou a haver acusação e extrema violência física. Adão acusou Eva de ser a causadora do pecado "...a mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore e comi..." (Gênesis 3:12) e Caim matou seu irmão Abel por causa da sua ira "...e irou-se Caim fortemente... Caim se levantou contra seu irmão Abel e o matou..." (Gênesis 4:5 e 8).
Infelizmente a violência quer física, quer psicológica ao longo da história humana tem sido constante e as vítimas são os mais vulneráveis; esta violência pode acontecer em todos os contextos sociais: emprego, família, escola.
No mundo de hoje uma das formas mais vulgares de violência na micro-sociedade que é a escola, é o chamado Bullying. Esta designação com origem na palavra inglesa bully (que significa valentão, brigão) define um comportamento humano consciente, intencional, deliberado, hostil, repetido com o objetivo de magoar e ferir o outro; a vitima é alvo de violência física ou psicológica.
Estes atos violentos são executados dentro de uma relação de poder desigual (do mais forte para o mais fraco) e tomam a forma de agressões físicas, apelidos ofensivos, insultos verbais, comentários depreciativos sobre a família, isolamento social da vítima, extorsão de dinheiro e outros pertences materiais.
Nem sempre é fácil perceber se alguém é alvo de Bullying porque a vítima, por medo de represálias, não revela as suas angústias nem as violências a que é sujeita.
Ser educador (familiar ou professor) é também estar atento a alguns comportamentos que podem ser indicadores de Bullying:
- marcas e ferimentos
- transtornos alimentares
- ansiedade e distúrbios do sono
- isolamento social
- resistência à escola sem causa aparente

Aqui no nosso meio escolar, por influência do evangelho, nenhum Bullying foi referenciado. E sempre com a ajuda do nosso bom Deus tentamos preveni-lo com uma Educação Para Os Valores:
- da tolerância para com o outro (tolerância em relação às suas fraquezas, às suas diferenças, aos seus sofrimentos, aos seus traumas)
- da amizade
- da entreajuda
- da proteção
(aos mais vulneráveis, mais novos, mais idosos)
Até aqui pudemos escutar de Deus "... Aquele que se coloca sob Minha proteção que faça paz Comigo..." (Isaías 27:5)

Professora Josefa Alcobia
Escola: Oficina de Talentos
Ensino Pré-Escolar e 1º Ciclo, ATL, Atelier de Música, Centro de Explicações/Apoio aos estudos, Escola de Pais.
Mais do que formação curricular e extracurricular propomos educar para uma cidadania integral e responsável.
R. Ponta Delgada nº 1, perto do largo D. Estefânia, Lisboa.

       

BULLYING NO JARDIM DE INFÂNCIA?
Creche e Jardim de Infância Arco-Íris, Setúbal


"Então disse Jesus: 'Deixem vir a Mim as crianças e não as impeçam; pois o Reino dos Céus pertence aos que são semelhantes a elas'". Mateus 19:14

Quando num relance leio este versículo, inevitavelmente e de forma quase espontânea, a minha mente enche-se com as palavras pureza e inocência.
Mas da mesma forma inevitável e espontânea, se dissipam quando o trago para a vivência do dia-a-dia como profissional de educação, onde estas duas qualidades parecem ter dado a vez aos seus antónimos.
E à pergunta que dá título a este texto, respondo claramente que sim, sem questionar as evidências.
O Jardim de infância é frequentemente o primeiro local onde as crianças interagem umas com as outras de uma forma consistente e estruturada em conceito de grupo. Imaginar que estas primeiras interações seriam apenas positivas seria naive.
O Bullying é um problema social e podemos observar que as crianças nesta faixa etária assumem o mesmo tipo de atitudes que encontramos em crianças ou jovens de outros níveis de ensino, na maioria das vezes escudadas como fazendo parte do processo de crescimento. Está presente nos meninos e nas meninas e apenas difere na intenção do alcance daquilo que cada género mais valoriza.
Não é um fenómeno novo, encontramo-lo na Bíblia, quando irmãos mais velhos eram bullies do irmão mais novo.
Esconder algo pessoal, destruir um desenho, recusar sentar-se junto de, não o/a permitir na brincadeira, bater, são alguns dos comportamentos repetitivos, que diariamente poderão ser observados.
Por sermos um estabelecimento de ensino diferente, não deixamos de incentivar a escovagem dos dentes, a dar a mão a um adulto quando atravessamos na passadeira, a comer alimentos saudáveis, mas também realçamos a certeza de querermos proporcionar um ambiente de aprendizagem seguro.
Infelizmente José (Gênesis 39) não teve uma escola que o protegesse de bullying, que quase lhe custou a vida.
Queremos ser a escola que põe o "capacete" de proteção enquanto os "ciclistas" pedalam. Por vezes parece ser desnecessário, pois chegam ao fim de cada etapa sem que algo de mal lhes tenha acontecido. Não sendo a garantia de uma segurança completa, diminui grandemente as hipóteses de danos.
"Os mestres devem cuidar de seus discípulos como o pastor cuida do rebanho que lhe foi confiado. Devem protegê-los como quem por eles tem de dar contas." Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, pág. 65

Diretora Pedagógica, Paula Girão



"Eu já fui vítima de bullying"
Colégio Adventista de Setúbal


Este episódio, que remonta aos anos oitenta, passou-se comigo, numa pequena cidade agrícola italiana, onde os meus pais eram missionários. Eu frequentava uma acolhedora escola primária e jamais esqueci as palavras de um colega, meu amigo e companheiro de brincadeiras, quando com uma cara zangada atirou-me palavras duras, como se de pedras se tratassem "Porque é que não vais para a tua terra?"
Vários pensamentos me passaram pela mente naquele momento "Esta terra não é minha?", "Tu não és meu amigo?", "Porque me tratas assim?". Em vez de verbalizar os meus pensamentos afastei-me com lágrimas a correrem-me pela face. Tinha acabado de ser vítima de bullying. Ainda hoje, passados 30 anos, consigo recordar e quase sentir a dor que senti. Doeu-me muito, mesmo sem ninguém me ter tocado.
As crianças esquecem depressa e passado pouco tempo brincávamos os dois sem pensar no sucedido, mas foi algo que deixou marcas que ainda hoje estão impressas na minha memória.
Atualmente, ouvimos com frequência a palavra "bullying" ligada à vivência na escola e ao ambiente escolar. É pena que não ouçamos tão frequentemente palavras como "amizade", "altruísmo", "entreajuda" ou "companheirismo". Esta palavra inglesa que vem da raíz (bully) rufião com o sufixo (ing) (bullying) passa a significar: intimidar, forçar, obrigar. Só a pronúncia da palavra tem um não sei quê de agressivo. É algo que nos faz sentir tristes e impotentes.
É assim que as vítimas de bullying se sentem: tristes, magoadas e impotentes, sem possibilidade de escaparem aos seus agressores. Vivemos num tempo em que o ego - palavra latina que significa eu e que dá origem a: egoísmo é mais importante que altrui, palavra latina que significa o outro e que dá origem a: altruísmo. Preferimos exaltar o eu mesmo quando para isso magoamos e desvalorizamos o outro...
No CAS, Colégio Adventista de Setúbal, estamos mais despertos para estes episódios. Apesar do ambiente cristão e dos professores e funcionários procurarem promover o bem estar e incentivar a amizade entre todos, e embora seja um colégio pequeno em que se torna mais fácil monitorizar este tipo de situações, também existe bullying no nosso colégio. É uma luta constante em que o nosso exemplo e a maneira como lidamos com estes casos vão servir de modelo para estes jovens cujo caráter também está a ser moldado por nós.
O meu apelo é que toda a comunidade educativa: família, escola e igreja, possam ser um bom exemplo, não receando utilizar a disciplina redentora quando necessário, sempre segundo o modelo e exemplo de Jesus.

"Portanto, como povo escolhido de Deus, santo e amado, revistam-se de profunda compaixão, bondade, humildade, mansidão e paciência. Suportem-se uns aos outros e perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros. Perdoem como o Senhor vos perdoou. Acima de tudo, porém, revistam-se do amor, que é o elo perfeito. Que a paz de Cristo seja o juiz em seu coração, visto que vocês foram chamados para viver em paz, como membros de um só corpo. E sejam agradecidos."
Colossenses 3:12-15

Diretora Pedagógica, Marta Vieira Machado

BULLYING? NÃO!
Externato Adventista do Funchal


Bullying é um termo utilizado para descrever atos de violência intencionais e repetidos, que podem ser físicos ou psicológicos e causam dor e angústia na vítima. Nas escolas, a maioria dos atos de bullying ocorrem fora da visão dos adultos e grande parte das vítimas não reage ou fala sobre a agressão sofrida. Como a maior parte dos alunos não denuncia e alguns adultos negligenciam a sua importância, a sensação de impunidade favorecem a perpetuação do comportamento agressivo. Espalhar comentários, insultar, chantagear, recusar em se socializar com as vítimas, intimidar outras pessoas que desejam se socializar com a vítima, ridicularizar o modo de vestir, são atos que levam ao isolamento da vítima.
Existem alguns sinais comuns de bullying, como a recusa por parte da criança em ir à escola, nervosismo ou tristeza anormais. Enurese noturna, distúrbios do sono, dores e marcas de ferimentos, transtornos alimentares, isolamento social, irritabilidade/agressividade, depressão, entre outros, são também possíveis sinais de vítima de bullying.

O bullying também ocorre através dos meios eletrónicos, fenómeno conhecido como cyberbullying. Trata-se de mensagens difamatórias ou ameaçadoras circulando pelos e-mails, sites, redes sociais e telemóveis.
A escola tem um papel fundamental para reduzir o bullying – estabelecer regras claras, identificar quais os alunos que são alvo e quem lidera as agressões. É importante lembrar que, nos casos de bullying, a lei do silêncio é válida entre os envolvidos e que, normalmente, os pais ou terceiros descobrem primeiro do que a escola. Ao ser informada, a escola deve tomar atitude proactiva na solução do caso.
É dever da instituição educativa trabalhar na prevenção dos atos de violência dando o devido foco ao desenvolvimento moral dos seus alunos, em busca da postura ética que se espera deles. Assim sendo, para uma escola positiva, é fundamental incentivar a solidariedade, a generosidade e o respeito às diferenças, realizar campanhas de incentivo à paz e à tolerância, trabalhos didáticos, bem como, atividades de cooperação e interpretação de diferentes papéis em conflito. Dentro da sala de aula, é imprescindível haver um ambiente favorável à comunicação entre os alunos. É também necessário que, funcionários e professores, encorajem os alunos a participarem ativamente na supervisão e intervenção de atos de bullying, formando grupos de apoio que protegem os alvos e auxiliam em algumas situações. Devem sempre lidar e resolver os casos, enquanto as escolas devem aperfeiçoar as suas técnicas de intervenção e buscar cooperação a outras instituições, nomeadamente, a centros de saúde, redes de apoio social, etc.
Os pais, por sua vez, devem tentar identificar em casa, se os seus filhos estão envolvidos com esse problema, através do diálogo com as crianças. Caso se detete algum envolvimento é fundamental admitir o problema, bem como, informar a escola e procurar ajuda psicológica. É preciso ter coragem. Todos fomos feitos à imagem e semelhança de Deus. O salmista Davi diz-nos que são boas as obras das mãos de Deus (Salmo 139). As obras feitas pelas Suas mãos na criação foram o homem e a mulher, formando-nos de maneira perfeita.
Que a vida das crianças das nossas escolas possam ser "vidas com propósito". Façamos todo o possível para viver em paz com todos (Romanos 12:18).

No Externato Adventista do Funchal já foi realizada uma ação de sensibilização sobre o bullying, dirigida aos Encarregados de Educação dos alunos, em que todos os aspetos referidos foram mencionados. Esta iniciativa teve muita adesão.

Professora Vânia Teixeira

Encontro Nacional dos Ministérios da Criança aborda temática do Bullying

No passado mês de fevereiro, o Departamento dos Ministérios da Criança realizou no CAOD o VIII Encontro Nacional dos Ministérios da Criança subordinado ao tema "Adorar em Segurança". O encontro contou com a presença do Diretor Associado do Departamento dos Ministérios da Criança da Conferência Geral, o Pastor Saustin Mfune que tratou o tema da Adoração, a Responsável pelo Serviço de Gestão de Riscos da EUD na Adventist Risk Management, Corinne Linquetuit e a Diretora do Departamento dos Ministérios da Criança da Divisão Inter-Europeia, Elsa Cozzi, que trabalharam o tema da Segurança, nomeadamente prevenção de risco nas atividades dentro e fora de portas, bullying, cyberbullying, etc.
Esta abordagem teve um retorno positivo, pois os presentes foram alertados para uma realidade que, numa comunidade assente na Confiança, muitas das vezes passa despercebida.

Samuel de Abreu, Diretor Associado dos Ministérios da Criança da UPASD




Como acabar com o Cyberbullying?

Se precisares de assistência para te aconselhares sobre como proteger ou proceder em caso de Cyberbullying, podes contar com a Linha Ajuda Internet Segura, disponível todos os dias úteis entre as 14 e as 19 horas. Basta ligar para o número 808 91 90 90, enviar um e-mail para linhaajuda@internetsegura.pt ou clicar no serviço de atendimento online disponível em www.internetsegura.pt/linha-ajuda.

(Textos e algumas imagens retirados do Boletim Informativo nº 381 de 29 de março de 2014 da Igreja Adventista do 7º Dia de Setúbal, com algumas adaptações. E.E.)

DOZE REGRAS PARA UTILIZAÇÃO DO FACEBOOK

Minha filha mais velha adquiriu maturidade suficiente para ter uma conta no Facebook e me pediu para criar uma para ela, o que farei em breve. No entanto, para que ela possa debutar nessa rede social, escrevi algumas regras básicas de utilização e disse que ela só poderia entrar nesse universo desde que concordasse com elas e assinasse o "contrato". Creio que essas regras que criei poderão ser úteis para outras famílias, por isso, postei-as aqui [MB]:

1. Minha senha será conhecida dos meus pais e tenho consciência de que eles podem e devem saber o que faço na internet por meio do histórico de navegação ou da simples visita ao meu perfil.

2. Respeitarei o tempo de uso determinado por meus pais.

3. Somente aceitarei como amigos pessoas que eu conheço pessoalmente e com autorização dos meus pais.

4. Somente curtirei e/ou compartilharei conteúdos positivos e puros que estejam de acordo com a ética e os princípios cristãos.

5. Não farei no mundo virtual o que não faria no mundo real e o que não pudesse ser aprovado por meus pais. Tenho consciência de que sou testemunha de Jesus em todos os ambientes.

6. Meus álbuns de fotos serão fechados e visíveis apenas para meus amigos (por isso, também, devo aceitar esses amigos com critérios e cuidado).

7. Não postarei fotos que deponham contra meus princípios cristãos. Elas também devem "comunicar" o que penso, creio e vivo.

8. Jamais clicarei em algum link ou farei download de algum arquivo sem a autorização expressa de meus pais.

9. Jamais iniciarei conversação com pessoas que não conheço ou que não façam parte da minha lista de amigos.

10. Deixarei de manter amizade com qualquer pessoa que postar conteúdo ofensivo ou que vá contra meus princípios. Piadas de baixo nível, imagens indecentes e coisas afins motivarão a exclusão imediata da pessoa que postou.

11. Não clicarei em anúncios publicitários duvidosos nem ficarei "bisbilhotando" páginas de pessoas estranhas.

12. Terei sempre consciência de que meu tempo é precioso e de que as redes sociais não substituem os relacionamentos reais.

Assinado: ...............................

Michelson Borges, editor da Casa Publicadora Brasileira, jornalista e mestre em Teologia (creio que Grande marido e pai...) in Criacionismo, 13 de janeiro de 2014 (ver Links 1R). Um blog muito especial da sua outra filha de 8 anos está já nos Links 4LS. Nem dá para acreditar... Verifique!


DEUS PAI

Mas Tu, ó Senhor Deus, és o nosso Pai; nós somos o barro, Tu és o oleiro, todos nós fomos feitos por Ti. Isaías 64:8

        Certa vez, em Madrid, na Espanha, um pai desejava fazer as pazes com o filho que havia saído de casa após uma violenta discussão. O rapaz nunca mais dera notícias. O pai resolveu colocar um anúncio num jornal da cidade dizendo assim: "Paco, se você me perdoa, peço que me encontre na praça, em frente à estação, amanhã, ao meio-dia. Assinado: Seu Pai." No dia e horário marcados havia cerca de 800 rapazes chamados "Paco". Cada um deles desejava reatar o relacionamento com seu pai.

        Um pai querendo ter o filho de volta e centenas de filhos desejosos por abraçarem o pai. A figura do pai é muito forte em nossa vida. É bom demais quando temos um pai amoroso, interessado e presente ao nosso lado, como eu tenho o privilégio de ter e como meus filhos também têm. Por outro lado, é triste quando o pai é alguém distante, ausente e desinteressado. Mas mesmo que você tenha um pai que não seja lá muito seu amigo, saiba que você tem um Pai celestial que o ama demais e está interessado em todos os detalhes da sua vida.

        Quando Elias ficou sozinho porque estava se escondendo do rei Acabe, na história que está na Bíblia, no livro de 2 Reis, ele teve o Pai celestial para cuidar dele. Todos os dias, Deus mandava corvos levarem alimento para Elias e havia água num riacho ali perto onde ele podia matar a sede. Quando o riacho secou, por falta de chuva, Deus disse a Elias que ele deveria ir para Sarepta. Lá, uma viúva cuidaria dele.

        É esse Deus maravilhoso que é o meu e o seu Pai. Um Deus santo e perfeito. Um Deus de amor que enviou Jesus para nos dar a salvação. Um Deus eterno, que não tem começo e nem fim. Um Deus que nunca muda. Um Deus que está em toda parte, em todos os momentos. Um Deus fiel que deixou cerca de mil promessas na Bíblia e que está cumprindo cada uma delas. Um Deus criador que fez a mim, você e o Universo.

        Com um Pai assim ao nosso lado, não há mesmo o que temer. A Igreja Adventista acredita no Deus Pai que mantém vivas todas as criaturas do Universo. Experimente o amor desse Pai, experimente caminhar com Ele todos os dias, experimente orar e buscar Sua ajuda. Ele nunca vai decepcionar você!


http://cpbmais.cpb.com.br/htdocs/periodicos/ij/2014/ij52014.html - Inspiração Juvenil, 31.05.2014