quinta-feira, 14 de novembro de 2013

A DIABETES  E  AS GORDURAS
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Conhecemos dois tipos de diabetes. A diabetes denominada tipo 1 ou juvenil e a tipo 2 que ocorre na fase mais adulta. Trataremos inicialmente da diabetes tipo 2 ou do adulto.

Há alguma novidade nessa doença tão comum que mereça a nossa atenção? Sim. Muita. De certa forma, mudarão completamente a maneira de encarar e tratar a doença.
Mas como era considerada a diabetes até então?
Classicamente era definida como uma alteração do açúcar ou glicose no sangue. Em pessoas normais temos taxas de glicose, em jejum, que variam de 70 mg% a 110 mg% (ou 70 mg/dl a 110 mg/dl) no plasma sanguíneo. Numa pessoa diabética, a taxa estará sempre acima desses valores. Podemos encontrar valores de 150, 180, 200, 300 ou mais miligramas em cada 100 ml de plasma. Por outras palavras, há um excesso de glicose no sangue.
Ao mesmo tempo que a glicose se acumula no sangue, falta nas células e tecidos.
As células, que necessitam de glicose para produzir a sua energia, passam por racionamento. Essa incapacidade da glicose penetrar nas células e fornecer a energia necessária às atividades vitais, é atribuída à falta de insulina.
A função da insulina é 'abrir as portas das células' para a glicose entrar. Como falta insulina, as portas não são abertas, a glicose não entra no interior das células e a consequência disso é a sua acumulação no sangue. Ela fica congestionada no sangue e o seu excesso começa a ser eliminado pela urina. Daí o nome de diabetes-mellitus (urina doce).

Com base nesta análise, o tratamento que se faz para os doentes portadores de diabetes é restringir a quantidade de açúcar e de alimentos, que venham a ser transformados em glicose na digestão, e estimular o pâncreas a produzir mais insulina. Quando isso não resulta na diminuição do açúcar no sangue é aplicada uma dose de insulina através de uma ou mais injeções diárias debaixo da pele.
Quais são os sintomas de alguém com diabetes?
Como há muito açúcar no sangue, mas muito pouco à disposição das células, instala-se a falta de combustível. Falta energia. Assim está o doente: sem energia. Cansado. Desanimado. Não tem forças suficientes para as suas atividades normais. Além disso, como o excesso de glicose é eliminado pela urina, esta aumenta em quantidade. Pela perda de muito líquido pelos rins, desencadeia-se a sede e o doente bebe muita água.

Estudos recentes no campo da ciência médica têm mudado estes conceitos tradicionais. Em vez de aceitar essa explicação sobre a origem da doença, foram feitos vários estudos a nível de células individuais.

1 - A primeira verificação foi em relação à insulina. Por que ela estava faltando e quanto ela faltava? Para surpresa, verificaram que em vários casos de diabéticos, não havia, absolutamente, falta de insulina, pelo contrário, havia até insulina em maior quantidade no sangue do que em pessoas normais. "Como podia isso ser assim?" - perguntaram os cientistas. Sempre pensaram que a falta de insulina era a causa da diabetes. Agora verificavam que mesmo com insulina em quantidade normal, a doença já existia. Isso levou-os a procurar outras causas.

2 - Verificaram agora se o problema não estava com a própria célula. "Quem sabe, a célula que necessita de glicose não consegue abrir a porta para que a glicose entre".


Foram, pois, examinados os mecanismos de abertura dessas células para ver se tudo estava em ordem. Constataram que a entrada da glicose era possível. Os mecanismos de abertura estavam funcionando bem. "Por que então não entra glicose nas células? Há glicose à vontade, há insulina também à vontade, mas nada dentro das células e no entanto as portas funcionam. Porque as portas não se abrem?"

3 - Alguém teve a seguinte ideia: "Deve haver uma 'campainha' ou algo semelhante para chamar a célula e assim ser permitida a 'abertura da porta' para a entrada do açúcar". Sim. Essas campainhas, que os cientistas chamam de "receptores", foram então pesquisadas. E lá estavam. Então, essas campainhas ou não funcionavam bem, ou até já tinham desaparecido!!!

4 - Quem 'aperta' essas campainhas é a insulina. Mas, verificaram também que, embora a insulina apertasse as campainhas que ainda sobravam, elas nem sempre funcionavam. Elas estavam emperradas. Não sinalizavam para a célula a necessidade de permitir a entrada da glicose. Havia glicose, a insulina batia à porta da célula, mas esta não ouvia o sinal e a porta permanecia fechada.
Resultado: a glicose aumentava no sangue, as células reclamavam para o cérebro que faltava combustível, este dava ordem ao pâncreas para mandar mais insulina para abrir as células, mas nada.
Com o tempo, naturalmente, a própria insulina passava a escassear por exaustão do pâncreas. Então a diabetes complica-se mais e mais.

5 - Faltava agora descobrir porque é que a campainha da célula não funcionava mais. "Seria o próprio açúcar o culpado?" Chegaram à conclusão que não. O excesso de açúcar existia, porque não era devidamente utilizado. Caso as células admitissem a entrada, ele logo se normalizaria na corrente sanguínea.

6 - Chegaram, finalmente, ao segredo testando voluntários, com tipos diferentes de dieta:
a - A um grupo foi fornecida muita quantidade de açúcar para observar se o excesso seria eliminado na urina como no diabético. Somente depois de muitos dias o excesso de açúcar começou a ser eliminado com a urina.
b - Quando porém, alimentavam o mesmo grupo com grande quantidade de gordura, poucos dias depois, começavam a eliminar açúcar na urina.

Concluíram os cientistas: "O problema principal na origem da diabetes é o excesso de gordura. A gordura emperra a 'campainha' da porta impedindo a entrada do açúcar na célula. Como consequência, acumula-se o açúcar no sangue e o excesso é eliminado pela urina.



Conclusão: O cuidado e o tratamento devem ser dirigidos contra a gordura e não tanto contra o açúcar. Logicamente, excesso de açúcar na dieta de um doente não fará nenhum bem. Mas a sua restrição não será, igualmente, tão benéfica quanto a restrição nas gorduras. E é fundamental ser restaurado o funcionamento normal desses receptores, a fim de permitir a plena entrada da glicose e posterior aproveitamento pelas células.
Nos diabéticos muitos desses receptores já não existem mais. Podem porém, novamente, ser formados e funcionarem sem problema. Sim, desde que se omita da alimentação as gorduras, principalmente as de origem animal. A retirada de gordura da alimentação facilita essa função da célula.
Ao mesmo tempo o diabético deve fazer mais exercício. O exercício aumenta a necessidade de energia que as células devem produzir a partir da glicose. Essa necessidade estimula os genes celulares a produzir novas campainhas e estas, livres da gordura, passam a funcionar perfeitamente, permitindo à insulina o seu trabalho de apertá-las e franquear a entrada de açúcar nas células.
Assim, a saúde e energia da célula pode ser restabelecida: com alimentos sem gorduras e exercício físico. Não há necessidade de excesso de cuidados em relação aos hidratos de carbono (açúcares) que devem ser de origens integrais, pois os integrais favorecem uma digestão mais adequada para o seu aproveitamemo pelas células.
Repetindo: frutas, verduras, cereais integrais associados a exercício adequado, farão muito na recuperação de um diabético.

Há um conceito muito divulgado de que a diabetes é uma doença com tendência genética, ou seja, a diabetes torna-se tal, quando existem determinados genes que facilitam o aparecimento da doença. Chama-se isto de predisposição herdada dos pais. É uma verdade parcial.
Uma pessoa que desenvolve diabetes, altera o seu próprio código genético. Os genes responsáveis pela produção das 'campainhas' degenera-se e não a produz mais ou diminui a sua produção.
Esse gene assim alterado pode ser transmitido para os seus filhos. Se os filhos, por sua vez, escolherem seguir o estilo errado dos seus pais, certamente desenvolverão diabetes e, às vezes, cedo na vida.
Se, porém, exercerem cuidados, não comendo gordura, exercitando-se corretamente, usando alimentos integrais, poderão evitar ser diabéticos e levarão uma vida normal apesar da pré-disposição existente nos seus genes.
Os seus genes serão estimulados a funcionar melhor e haverá também uma regeneração dos mesmos e os filhos dos filhos, por sua vez, terão o privilégio de receberem genes herdados em melhores condições.

A Responsabilidade do Surgimento da Doença - A DIABETES - é Exclusiva do Estilo de Vida.
As Alterações São Consequências Desse Errado Modo de Vida.
Os coreanos, antes de experimentarem a 'visita' da prosperidade ocidental, trabalhavam duro e comiam alimentos simples, com pouca gordura. Não havia muitos casos de diabetes entre eles. À medida, porém, que as condições sociais foram mudando, a alimentação começou a tornar-se refinada e mais rica em gordura. Em vez de andarem a pé, chegaram os automóveis. De modo paralelo começou a aparecer mais e mais diabéticos. As modificações genéticas começaram a ocorrer e os filhos dos coreanos já nascem com mais tendência a contrair a doença. Se essa geração for mais sábia do que a anterior, dentro de duas ou três gerações, desaparecerá novamente qualquer tendência para a doença.
Isso tinha Deus em mente quando disse no livro de Êxodo: "Castigo a maldade daqueles que Me ofendem até à terceira ou quarta geração dos seus descendentes." Significa que ao mudar a conduta, e conformar-se com o caminho que o Senhor aponta, em 3 ou 4 gerações, serão corrigidos os males que os antepassados legaram. Haveria algum tratamento tão eficiente que cure, não somente a geração atual, mas até à terceira e quarta gerações? Os caminhos do Senhor são seguramente os melhores para qualquer tipo de doença.
"Se atento ouvirdes a Minha voz, e obedecerdes aos Meus estatutos, e guardares as Minhas leis, então não colocarei sobre vós nenhuma enfermidade ... pois Eu sou o Senhor que te sara". Êxodo 15:26.



DIABETES 1 - MISSÃO POSSÍVEL?

Já nos referimos à diabetes tipo 2. A diabetes tipo 2 abrange 90% dos diabéticos. Somente 10% pertencem à diabetes tipo 1. A tipo 2 é um problema relacionado com as células, que não têm mais quantidade suficiente de receptores de insulina, para permitir a entrada de glicose para dentro das células. O pâncreas está bem. Somente após muito tempo, o pâncreas diminui a produção de insulina.

Com a diabetes tipo 1, o problema é outro. Segundo estudos feitos sobre a doença, a diabetes tipo 1 é uma doença autoimune. O que vem a ser este tipo de patologia?
O corpo é invadido por elementos estranhos, um vírus. Acredita-se que o vírus que afeta o pâncreas é o coxsackie B. Ele penetra no organismo e por qualquer razão não é reconhecido ou combatido pelo sistema imunológico do indivíduo. Os vírus não se alojam em qualquer lugar. Eles necessitam de um local específico para viver e se reproduzir. Esse local eles encontram no interior das células. No caso da diabetes, no interior de determinadas células do pâncreas. As chamadas células Beta.

Uma vez lá instalados, começam a multiplicar-se de forma rápida. Antes ainda de serem reconhecidos pelo organismo, assaltam a maioria das células Beta, produtoras de insulina. Depois, alguns vírus saem das células e andam pela corrente sanguínea. As células do sistema imunológico (que deveriam ter tomado conhecimento há muito tempo, da presença desses intrusos), reconhecem-nos e alarmam-se! "Que fazem aqui esses indivíduos? Temos que destruí-los!"

Então essas células - os linfócitos T - convocam todas as defesas para o local onde se encontram aquartelados os vírus e preparam um ataque mortal contra os intrusos coxsackies B. Infelizmente, porém, esses sistemas de defesa não estão a funcionar bem. Primeiramente foram muito permissivos. Não vigiaram o quanto deveriam ter feito. Agora, tentando corrigir a falha, cometem um segundo erro (em vez de combaterem somente o inimigo intruso), atacam o próprio organismo. Muitas células são destruídas em virtude desse ataque devastador. Agem como se para eliminar ladrões de uma cidade, os policiais fossem eliminando juntamente muitos dos seus habitantes.

Atualmente acredita-se que esse desvio das funções normais do sistema imunológico é devido a um gene que não comanda corretamente a ação das células T. Ele tanto é falho na detecção do invasor, como erra na correção do problema.
Até que ponto, porém, as células produtoras de insulina são afetadas ou mesmo eliminadas? Cerca de 90% das células podem ser afetadas até que o pâncreas dê sinal de ser incapaz para controlar o açúcar. Mas há evidências de que nem todas as células são danificadas pelo erro tático das células T.

Agora é necessário encontrar o modo correto para enfrentar o problema. Dirigir a atenção e o ataque contra o vírus não é a solução. A maioria pensa que uma vez identificado um vírus, deve-se apontar toda a artilharia sobre esse único ser microscópico.
Mas a única esperança é devolver, se possível, aos linfócitos T, as suas funções normais. O problema está certamente no gene. Esse gene alterou-se, provavelmente, pelo estilo de vida que os seus pais ou os seus ancestrais levaram.

Agora, o que tem feito a medicina tradicional para tratar esta doença?
A ideia que ocorreu aos cientistas foi a seguinte: se o problema está na atividade excessiva do sistema imunológico, convém conter o seu ímpeto. Enfraquecer as células do sistema imunológico! As substâncias usadas para esse fim são os agentes imunossupressores. Cortisona, seria uma dessas substâncias. A cortisona não é benéfica para os diabéticos em geral, mas nesse caso em particular, tipo I, parece ter alguma eficácia. Só que isso não significa absolutamente a cura. É apenas uma tentativa de controlar a doença.


"Qual seria o caminho alternativo para resolver o problema?" Se pudéssemos regularizar as funções dos linfócitos T, não teríamos certamente essa aberração de funcionamento do sistema imunológico. Como moderar os linfócitos T? Ou o sistema imunológico?
"Se atento ouvirdes a Minha voz, e obedecerdes aos Meus estatutos, e guardares as Minhas leis, então não colocarei sobre vós nenhuma enfermidade ... pois Eu sou o Senhor que te sara".


Um dos principais obstáculos ao fortalecimento das células é o estado de espírito do doente. Como noutras ocasiões e noutras doenças, a ciência médica baseia-se, primeiramente, em dados estatísticos.
Quando estes concluem, pela incurabilidade de uma doença, isso é levado ao conhecimento do doente. Ele perde imediatamente o que seria o maior aliado ao fortalecimento das suas defesas - a esperança. Quando a esperança o abandona, torna-se extremamente difícil a produção de qualquer endorfina para fortalecer as células T. Com células T fortalecidas, a eliminação dos vírus coxsackie B poderia ser esperada sem a destruição de mais células do próprio corpo.

Outra vez experiências com ratos foram feitas, que mostram esse fato. Dois ratos foram colocados nas mãos de uma pessoa. Um à direita, outro à esquerda.
O rato da mão esquerda após algum tempo de permanência quieta, começou a lutar para ver se podia livrar-se da prisão. Lutava, mas não encontrava possibilidade nenhuma para libertar-se.
O rato da mão direita também lutava durante o mesmo tempo. De repente, sem que ele estivesse lutando, era-lhe concedida liberdade. Assim se repetiu a experiência diversas vezes com o mesmo comportamento para cada rato.
Após algum tempo foram feitas comparações entre os dois ratos.
O da mão esquerda foi solto dentro da água e praticamente não reagiu. Deixou-se afundar. Como tentara lutar sem obter sucesso, desistiu finalmente de fazer qualquer esforço pela vida, chegando à conclusão que nada mais valia a pena.
Por outro lado, o que ganhou misericórdia, imerecida, pois não a recebia devido ao seu esforço, conseguiu desenvolver a esperança de melhor sorte. Quando foi solto dentro de um tanque com água estava pronto para lutar pela vida.

A esperança fez a diferença. Todos precisam de esperança para prosseguir na luta pela vida e saúde. Por isso, quando estigmatizamos o doente com o rótulo da incurabilidade, efetivamente estamos contribuindo, em muito, para tornar o caso realmente incurável. Quem aceita tal opinião raciocina com a seguinte lógica: se não há esperanças de cura, é inútil qualquer iniciativa. E passa a ser vítima da lógica...

A esperança, porém, pode ser exercitada. Deus colocou no nosso organismo suficientes provas da Sua misericórdia. Mesmo que tenhamos feito mal ao organismo na nossa vida ou soframos consequências de erros dos nossos antepassados, há sempre uma tendência natural para células e orgãos danificados, se regenerarem. Observemos o fato, num simples corte da pele. Após alguns dias restará apenas uma pequena cicatriz. A pele foi reparada. E o que fizemos de especial para que houvesse essa cicatrização? Nada. Apenas cuidámos para não danificar mais ainda a ferida. O reparo foi feito imperceptivelmente dia e noite. Como? Pela ação da força natural que Deus coloca em cada organismo. A mesma força atua em qualquer outro órgão.

Já vimos anteriormente que suprimindo a ação desordenada do sistema imunológico através de substâncias tipo cortisona ou ciclosporina, podemos ver alguma melhoria nos diabéticos juvenis. Porquê? Suprimindo a ação das células T, elas não atacam mais as células produtoras de insulina do pâncreas, e estas livres do ataque, regeneram e passam a produzir mais insulina e o paciente melhora. Portanto, há a possibilidade de regeneração! Isso deve despertar esperanças ao doente. Em vez, porém, de centralizar esta esperança apenas na ação dos medicamentos, focalizemo-la na mudança do estilo de vida. Os supressores do sistema imunológico provocam muitos efeitos danosos noutras partes do organismo e a longo prazo não funcionam.

A verdadeira esperança que traz a possibilidade de cura baseia-se nos caminhos e nas leis da vida que Deus nos aponta. Leis simples que ninguém precisa de errar.
A ausência de perspectiva que geralmente se abate sobre todo o doente que contrai diabetes juvenil, é o principal fator inibidor do organismo na direção da cura. Não vale a pena consultar estatísticas. O organismo tende naturalmente em direção à saúde se não o atrapalharmos com os nossos erros dietéticos: alimentos refinados, gorduras, estimulantes, falta de exercício e acima de tudo falta de esperança.

Dê uma chance ao seu sistema imunológico e ele saberá distinguir entre o que deve fazer e o que não deve, e assim, a regeneração das células do pâncreas poderá ser uma missão possível.



Dr. Sang Lee, médico especialista em Imunologia, Alergologia e Medicina Interna in Liberte-se, 1991. Médico co-fundador do NEWSTART Lifestyle Program - Instituto Weimar, EUA (Links 4LS).
(Pode ler mais em Leituras para a Vida e Meditação para a Saúde, 11.02.2012).