sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

NATAL  PARA  COMEMORAR




PROJECTADO  PELO  CÉU
«O anjo, porém, lhe disse: Não temais; eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que será para todo a povo.» Lucas 2:10.


Benjamin Franklin descobriu que o gesso, quando lançado ao solo, realmente ajudava as plantas a crescer. Quando ele falou sobre isto aos outros agricultores, eles riram-se. Por isso Franklin deixou o assunto de lado.
Na Primavera seguinte, entretanto, plantou trigo num pedaço de terra perto de um caminho bastante utilizado por todos. Primeiro traçou algumas letras no solo com o dedo, e lançou ali o pó de gesso. Depois, passou a semear o trigo por todo o terreno. Dentro de poucas semanas, os caules verdes começaram a brotar, e os que ali passavam começaram a observar um padrão cada vez mais definido a tomar forma naquele pedaço de terra. Finalmente, aqueles caules, cada vez mais altos e mais verdes, começaram a apresentar uma mensagem no campo, a qual finalmente convenceu os teimosos vizinhos de Franklin da utilidade de algo tão simples como o humilde gesso.
Quando Deus quis convencer os seus teimosos filhos do Seu extraordinário amor, projectou essa mensagem pelo céu. Os anjos visitaram humildes pastores em Belém com uma mensagem muito clara. Através dos séculos, os arautos de Deus, os profetas, foram ridicularizados, troçados, caluniados e perseguidos. Quando o Seu povo não deu ouvidos aos enviados de Deus, Ele fez algo radical. Enviou o Seu próprio Filho.
Existem coisas que não podem ser explicadas e que, por isso, precisam de ser demonstradas. O amor de Deus é assim. Ele não pode ser explicado, mas pode ser revelado. O amor de Deus é revelado através do nascimento, vida e morte de Jesus. Numa cruz manchada de sangue, Deus projectou amor por toda a face de um planeta perdido. Revelou até onde iria só para nos salvar. Não há sacrifício que Ele não fizesse. Não há preço que Ele não pagasse. Não há nada que Ele não desse para nos redimir.

O Céu deu-se inteiramente. O Céu deu o seu melhor. O Céu deu tudo o que tinha. E é por isso que os anjos cantaram: "Glória a Deus nas alturas", e, juntamente com eles, nós também cantaremos por toda a eternidade.




UM  PRESENTE  PARA  QUEM  DEU
«E abrindo os seus tesouros, entregaram-Lhe as suas ofertas: ouro, incenso e mirra.» Mateus 2:11.


Quando Jesus nasceu, as pessoas da Sua época tiveram reacções diferentes quanto ao Seu nascimento. Os escribas e fariseus ficaram indiferentes. Eles mal percebiam o que estava a acontecer. Infelizmente, existem pessoas religiosas que estão indiferentes a Cristo neste Natal. Cristo ainda fica perdido na agitação da época. Ele fica encoberto pela árvore de Natal e pelos presentes caprichosamente embrulhados. Ele fica escondido em toda esta correria.
Houve quem se Lhe opusesse naquela época, como também há quem se Lhe oponha hoje. Herodes e os soldados romanos sentiam-se ameaçados pela perspectiva do Rei recém-nascido. Estavam ameaçados pelo desafio em potencial que o Seu governo representava. Herodes mandou matar todas as crianças hebreias com menos de dois anos. Ele não queria que o seu trono fosse ameaçado. Há pessoas hoje, nesta época de Natal, que não Lhe darão o trono do coração. Estas fazem tudo para manter o controlo.
Ainda há uma terceira reacção para com Jesus. Três reis do Oriente trouxeram-Lhe presentes. Aqueles sábios prostraram-se aos Seus pés para O adorarem. Mulheres e homens sábios ainda O adoram, hoje.
O evangelho de Mateus diz: «E, abrindo os seus tesouros, entregaram-Lhe as suas ofertas: ouro, incenso e mirra.» Mateus 2:11. O ouro é um presente para um rei. Representa todos os nossos bens materiais. No Natal, reconhecemos: "Senhor, todas as minhas posses são Tuas. Tu és o Rei dos reis e o meu Rei."
O incenso é um presente para um sacerdote. Era usado pelos sacerdotes no antigo santuário. No Natal, ajoelhamo-nos e declaramos: "Jesus, Tu és o meu Sacerdote. Tu intercedes por mim. Tu apresentas a Tua justiça perfeita diante de todo o Céu, em lugar do meu enorme fracasso."
A mirra é um presente para quem está para morrer. É um unguento antigamente utilizado nos serviços fúnebres. No Natal, reconhecemos: "Jesus, Tu és o meu Salvador. Tu és o inocente Bebé que nasceu e o meu justo Redentor que morreu por mim."

Alegre-se, hoje! É hora de comemorar! Aceite-O como o seu Salvador. Busque-O como o seu Sacerdote. Reconheça-O como o seu Rei.




UM  NASCIMENTO  PARA  SER  COMEMORADO
«Salvé Agraciada: O Senhor é contigo.» Lucas 1:28.


Não há nada mais excitante na vida de um casal do que o nascimento do seu primeiro filho. A minha mulher e eu tinhamos 25 anos quando a nossa filha Debbie nasceu. Eu tinha tanta certeza de que seria uma menina que lhe comprei um vestidinho vermelho muito brilhante. Pode até imaginar a nossa filhinha, com o tom avermelhado de um bebé recem-nascido, com aquele lindo vestido vermelho. Ela iluminou todo o hospital.
Dizer que Teenie e eu estávamos felicíssimos com o nascimento da nossa primogénita é dizer muito pouco, como também é muito pouco dizer que estávamos preparados para o evento.
Nós lemos todos os livros sobre educação infantil que pudemos obter. Juntos, assistimos às aulas sobre parto natural e preparámos o quarto para o bebé. Quando Debbie nasceu, estávamos prontos.
Deus também ficou muito contente com o nascimento do Seu Filho. Os coros angelicais anunciaram a Sua chegada. Os pastores e os magos proclamaram o Seu nascimento. As vozes de profecias feitas séculos atrás ecoaram o nascimento do Messias.
Aquele não foi um nascimento comum. Jesus foi concebido de maneira sobrenatural pelo Espírito Santo no ventre de Maria. Aquele não era um bebé comum. Jesus era o divino Filho de Deus em carne humana, o Cristo divino-humano. O anjo anunciou a missão de Jesus para José: «Ela dará à luz um filho e Lhe porás o nome de Jesus, porque Ele salvará o Seu povo dos seus pecados.» Mateus 1:21. A Sua missão foi claramente definida pelo Céu - salvar o Seu povo dos pecados deles.
O bebé nascido na manjedoura de Belém é o seu e o meu Salvador. O período do Natal é próprio para comemorar e rejubilar. É um bom momento para louvar. Não fomos deixados sós nas profundezas do nosso pecado. Na escuridão da nossa rebelião existe uma luz. Estamos presos nas garras do pecado, mas existe esperança.

Podemos alegrar-nos. Deus enviou-nos uma inegável mensagem do Seu amor, no Bebé nascido numa manjedoura de Belém. Ele encherá a sua vida de felicidade e alegria neste Natal.




A  PAZ  DO  NATAL
«Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na Terra entre os homens, a quem Ele quer bem.» Lucas 2:14.


O senador John McCain passou cinco anos e meio como prisioneiro de guerra em Hanói, durante a guerra do Vietname. Ele e muitos outros pilotos enfrentaram sofrimentos terríveis. Mas chegou um dia, do qual McCain se lembra claramente, quando eles puderam erguer-se acima do abuso e do isolamento.
Era a véspera de Natal de 1971. Poucos dias antes, McCain pôde ter uma Bíblia nas suas mãos apenas durante alguns momentos. Rapidamente, copiou o maior número que pôde de versículos da história do Natal, antes que um guarda se aproximasse e lhe tirasse a Bíblia.
Naquela noite especial, os prisioneiros decidiram fazer o seu próprio culto de Natal. Eles começaram com a Oração do Senhor e depois cantaram músicas de Natal. Entre cada hino, McCain lia uma passagem.
Os homens estavam nervosos e, no começo, pareciam tensos. Lembraram-se de quando, um ano atrás, os guardas invadiram o local onde eles, secretamente, faziam o seu culto, e começaram a bater nos três homens que o dirigiam. Estes foram arrastados para a solitária. Os restantes foram trancados em celas durante 11 meses.
Mesmo assim, naquela noite, os prisioneiros queriam cantar. E eles começaram a cantar: "Chegai-vos, ó crentes, vinde jubilosos ... " Cantavam bem baixinho, com os olhos fixos nas janelas com grades da sua cela. À medida que o culto progredia, os prisioneiros foram ficando mais corajosos. As suas vozes elevaram-se um pouco mais até que encheram a cela com: "Já soou por todo o céu: 'Glória ao Rei que vos nasceu.'"
Quando se puseram a cantar: "Tudo é paz! Tudo amor!", as lágrimas começaram a rolar pelos seus rostos. Mais tarde, John McCain escreveu: "De repente, estávamos longe dali, numa cidade chamada Belém, há 2000 anos atrás. Nem a guerra, nem a tortura, nem a prisão conseguiram desvanecer a esperança nascida naquela noite de paz, há muito tempo atrás."

Se Lhe abrirmos o nosso coração, Jesus também nos dará a Sua paz. Assim como Ele transformou uma prisão norte-vietnamita num lugar cheio de amor, também deseja encher o seu lar de amor ainda hoje.


Mensagens de Natal de  Mark Finley  in  SOBRE A ROCHA

Director/Orador do programa de Televisão It is Written (de 1991-2004)
e que continua a ser emitido regularmente nos EUA.
(Mais informações na Wikipedia).

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

BLAISE PASCAL



Já viu alguém apaixonado citando o pensamento "o coração tem razões que a própria razão desconhece"? Mesmo que esteja um pouco fora do seu sentido filosófico original, este é um ditado conhecido em todo o mundo e o seu autor foi um famoso matemático chamado Blaise Pascal. Quem faz Filosofia, Ciências Exactas ou Análise de Sistemas tem obrigatoriamente de estudar o pensamento desse grande cristão que viveu no século XVII.

Pascal nasceu em Clermont-Ferrand - França, no dia 19 de Junho de 1623. Os seus pais eram Etienne Pascal e Antoinette Bégon, que morreu quando ele tinha apenas 3 anos. 0 Dr. Etienne, agora viúvo, resolveu, depois de alguns anos, deixar o seu emprego como advogado em Clermont e mudar-se para Paris a fim de dar melhores condições aos seus filhos. Nessa ocasião, Blaise Pascal tinha 8 anos de idade e, nas horas vagas, era o seu próprio pai quem lhe ensinava gramática, latim, espanhol e matemática seguindo um método pedagógico que ele mesmo elaborara.

O entusiasmo do seu pai em ser professor do próprio filho aconteceu por notar o brilhantismo excepcional do garoto. Só para se ter uma ideia, com apenas 11 anos, Blaise reconstituiu as provas da geometria euclidiana até à Proposição 32, aos 12 anos compôs sozinho um tratado sobre a comunicação dos sons e, aos 16, um outro sobre as divisões cónicas. Se você ainda não entendeu o que significam essas descobertas, não se preocupe. É matéria para especialista. Basta saber que Blaise Pascal era um génio incontestável.

Mas não pense que a sua inteligência lhe subia à cabeça. Pascal sempre foi apontado como uma pessoa muito humilde e simpática com os demais com quem convivia. Essa era uma virtude que o acompanhava desde a infância. Mesmo as coisas materiais eram para ele um detalhe que deveria ser submetido à vontade de Deus.

Um adolescente "fora de série"

As conclusões matemáticas que Pascal idealizou entre os 11 e 17 anos foram tão originais que ele provocou o interesse de vários matemáticos que queriam conhecer as suas teorias inovadoras. Em 1637, foi convidado a ter encontros semanais de discussão com matemáticos famosos da época como Roberval, Mersenne e Mydorge. Foi a própria Academia Francesa quem promoveu esses diálogos e incentivou as pesquisas daquele garotinho de apenas 14 anos.

Não pense, porém, que tudo eram flores. Sempre houve na História aqueles inseguros que se sentem ameaçados com o sucesso de outra pessoa. Foi o que aconteceu. René Descartes, que era o maior matemático vivo naquela época, recusou-se a acreditar que aquela profundidade de raciocínio pudesse partir de um garoto com espinhas no rosto. Chegou a supor que Pascal tinha plagiado as suas ideias de um outro matemático chamado Gérard Desargues. O facto, porém, é que havia elementos novos no trabalho de Pascal, que nem mesmo os grandes matemáticos tinham percebido.

Assim, a Academia Francesa resolveu publicar as suas obras que se tornaram rapidamente conhecidas em toda a Europa. Os seus avanços na geometria foram considerados os mais profundos desde a época dos gregos. Um deles era o cálculo das probabilidades combinadas que até hoje é usado por matemáticos para saber quais as chances (em 10, 100, 1000, etc.) de que tal coisa prevista venha de facto a acontecer. Seguradoras, Companhias de Planos de Saúde e indústrias em geral pagam verdadeiras fortunas para que matemáticos calculem quais as chances da empresa ter de indemnizar um assegurado ou conseguir lucro na venda de determinado produto. Se os números não forem bons, eles não se arriscam no negócio. E quem elaborou tudo isso? Um jovem chamado Blaise Pascal.

E não pára por aí. Aos 18 anos, ele construiu a primeira máquina aritmética da História, um instrumento no qual trabalhou durante 8 anos até aperfeiçoar o sistema. Pena que não conseguiu patentear o produto, de modo que, a máquina de calcular que Leibnitz projectaria no futuro acabou sendo considerada a ancestral da calculadora, embora Pascal já tivesse inventado um modelo.

Por esse tempo, numa correspondência particular com Fermat, Pascal admite ter sentido um especial interesse pelo estudo da geometria e da física analítica. Como de costume, ele também revolucionou o conhecimento nesse novo campo de pesquisas. Primeiro, repetiu as experiências de um certo Dr. Torricelli e provou, contra as ideias de Père Noel, que o ar possui peso. Depois, desenvolveu o barómetro, que é um instrumento para medir a pressão atmosférica e ainda conseguiu, pela primeira vez na história, produzir vácuo (total ausência de oxigénio) a partir da inversão de um frasco de mercúrio.

Um jovem que se volta para Deus

Foi em meio a essas últimas pesquisas que Pascal se sentiu totalmente atraído pelo chamado religioso. Numa noite de 1664 ele sentiu muito perto a presença de Deus, numa experiência espiritual que durou cerca de duas horas. Segundo ele escreveu nos seus Pensamentos, naquela noite, o Senhor lhe mostrou em que consistia "a grandeza e a miséria do género humano". E Pascal escolheu a grandeza, escolheu ser um servo de Deus.

A certeza que brotara no seu coração era forte demais para nutrir qualquer dúvida quanto à realidade do Céu. Porém, Pascal pensara nas pessoas que por algum motivo não tinham a mesma convicção. Ele conhecia vários intelectuais que desde há uns tempos tinham perdido a fé. Logo, aquele que tanto contribuiu para avanços matemáticos, físicos e químicos, resolveu agora usar a sua genialidade mental para testemunhar acerca do Criador de todo o universo.

Embora alguns o julgassem fanático, não era essa a intenção do seu espírito. Aliás, não havia nada que o aborrecia mais do que a fé destituída de razão. Quando criança, ele ainda se lembrava, uma doença contagiosa tinha-o deixado de cama e uma pobre mulher, que nada tinha a ver com o problema, foi responsabilizada sob a acusação de ser uma bruxa que tinha enfeitiçado o menino. Ele sabia que ela não era culpada, mas por pouco não viu a mulher ser queimada por religiosos insanos que viam demonismo em tudo, até nos acontecimentos puramente naturais. Pascal jamais se tornaria um fanático.

Argumentando sobre a existência de Deus

Pascal entendia que as argumentações racionais tinham um grande valor no discurso acerca de Deus. Mas, apesar disso, elas parecem convencer somente por algum tempo e logo perdem a força. A razão dos homens fracassa porque é uma virtude finita tentando descrever um ser infinito que está acima da compreensão humana.

Portanto, as provas racionais não devem ser abandonadas mas mescladas de fé e graça, que são elementos concedidos directamente por Deus. Elas servem, num primeiro momento, para despertar a fé no coração de alguns que insistem na descrença. Foi dessa atitude que surgiu o famoso argumento da aposta. Você já ouviu falar nele?

Tudo aconteceu quando Pascal e os seus amigos estavam um dia discutindo pensamentos numa praça da cidade de Paris. Aqueles homens eram pensadores livres e não aceitavam a existência de Deus. Pascal estava consciente disso e sabia também que eles apreciavam bastante um jogo de apostas. Então ele afirmou: "Aposto com vocês que, matematicamente falando, crer em Deus é mais lucrativo do que descrer d'Ele." "Como?" perguntou um dos seus colegas.

"É simples", respondeu Pascal.

"Você pode, enquanto ateu, ter tudo o que um crente possui: família, saúde, cultura, princípios, etc. Enquanto ateu, você pode ainda argumentar que, inquestionavelmente, ninguém lhe pode provar, que Deus existe. Logo, se você e um crente morrem, é possivel dizer que a vossa vida terminou num empate. Tudo o que um teve, o outro também possuía."

"Assim, se você estiver certo no seu ateísmo, o empate continua, pois ambos terão o mesmo fim.
Porém, se o crente estiver certo, então haverá um desempate, pois não será possível que ambos desfrutem da mesma sorte diante do juízo de Deus."

"Portanto", concluía Pascal:


"Se eu aposto por Deus e Deus existe - meu ganho é infinito
Se eu aposto por Deus e Deus não existe - não perdi nada
Se eu aposto contra Deus e Deus não existe - não perdi nem ganhei
Mas, se eu aposto contra Deus e Deus existe - então minha perda será infinita."


Infelizmente, Pascal foi um homem de saúde bastante debilitada. Não obstante, mesmo em meio às dores e fraquezas que a doença lhe proporcionava, ele entregou-se mais e mais ao Salvador crucificado. No leito de dor, ele escreveu um sublime memorial intitulado "O Mistério de Jesus", onde testemunha o seu amor pelo Filho de Deus. Com poucas forças ainda se envolveu em trabalhos de caridade e projectou um sofisticado sistema de transporte público para a cidade de Paris. Até linhas de veículos colectivos, evidentemente puxados a cavalo, estavam nesse projecto que foi executado em 1662. Em Agosto daquele mesmo ano, ele veio a falecer com apenas 39 anos de idade. Segundo alguns biógrafos, as suas últimas palavras foram: "Por favor, meu Deus, jamais me deixes sozinho."




Rodrigo Pereira da Silva - Arqueólogo - in Eles Criam em Deus
(Biografias de cientistas e sua fé criacionista)

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

“NÃO PERMITAS QUE TUDO TERMINE DESTA MANEIRA”



O hospital encontrava-se impressionantemente silencioso naquela fria noite de Janeiro, silencioso e calmo como o ar, antes de uma tempestade.
Eu estava na sala das enfermeiras do 7º andar e levantei os olhos para o relógio. Eram 9 horas da noite. Coloquei o estetoscópio em volta do pescoço e dirigi-me para o quarto 712, o último quarto do corredor. O quarto 712 tinha um novo doente, o Sr. Williams. Um homem sozinho. Um homem estranhamente silencioso acerca da sua família.

Quando entrei no quarto, o Sr. Williams olhou ansiosamente, mas logo baixou os olhos quando viu que só ali estava eu, a sua enfermeira. Pressionei o estetoscópio sobre o seu peito e ouvi. Forte, vagaroso, ainda batendo. Precisamente o que eu desejava ouvir. Nem parecia que ele tinha sofrido um ligeiro ataque cardíaco poucas horas antes.
Olhou para mim, do seu imaculado leito branco. “Senhora enfermeira, poderia...” Hesitou, com os olhos cheios de lágrimas. Já uma vez antes ele tinha começado a fazer-me uma pergunta, mas tinha mudado de parecer. Toquei na mão, aguardando. Ele limpou uma lágrima. “Poderia chamar a minha filha? Diga-lhe que tive um ataque cardíaco. Um ataque ligeiro. Sabe?... eu vivo sozinho, e ela é a única família que tenho.”

Subitamente, a respiração acelerou-se-lhe. Pus o oxigénio nasal a 8 litros por minuto. “Sem dúvida, vou chamá-la”, disse eu, estudando o seu rosto. Soergueu-se levemente com os olhos fixos em mim, com uma expressão de urgência no rosto.
“Poderia chamá-la imediatamente – o mais depressa possível?” Ele estava com uma respiração rápida – demasiado rápida. “Vou chamá-la antes de mais nada”, disse eu, afagando-lhe o ombro.
Apaguei a luz. Ele fechou os olhos, belos olhos azuis no seu rosto de 50 anos. O quarto 712 ficou praticamente às escuras, iluminado apenas por uma ténue lâmpada nocturna. O oxigénio borbulhava nos tubos verdes por cima da sua cama. Com relutância em sair, dirigi-me através do sombrio silêncio para a janela. As vidraças estavam frias. Em baixo um denso nevoeiro pairava sobre o parque de estacionamento do hospital.

“Enfermeira”, chamou ele, “podia trazer-me um lápis e um papel?” Tirei um pedaço de papel amarelo e uma esferográfica do meu bolso e coloquei-os sobre a mesinha de cabeceira. Voltei para a sala das enfermeiras e sentei-me junto do telefone. A filha do Sr. Williams figurava na sua ficha como sendo a pessoa mais próxima da família. Consegui saber o seu número telefónico e liguei. A sua ténue voz respondeu.
“Janie, daqui é Sue Kidd, enfermeira de serviço no hospital. Quero dar-lhe notícias do seu pai. Ele deu entrada esta tarde com um ligeiro ataque cardíaco e...”
“Não!”, gritou ela para o telefone, alarmada. “Ele não está a morrer, pois não?” “Por agora a sua situação é estável”, disse eu, procurando mostrar-me convincente. Silêncio. Mordi o meu lábio. “Não o deve deixar morrer!” disse ela. A sua voz era tão intimativa que a minha mão tremeu ao telefone. “Estamos a tratar dele com todo o cuidado possível.” “Mas talvez tenha dificuldade em compreender...”, desculpou-se ela.

“O meu pai e eu não nos falamos há quase um ano. Tivémos uma terrível discussão quando fiz 21 anos, a propósito do meu namorado. Então saí de casa... E nunca mais voltei. Durante todos estes meses tenho tido o desejo de voltar e pedir-lhe perdão. A última coisa que lhe disse foi: 'Odeio-o'."

A sua voz fraquejou e ouvi-a irromper em agonizantes soluços. Eu estava sentada, ao ouvi-la, com lágrimas queimando-me os olhos. Um pai e uma filha, tão perdidos um para o outro. Então pensei no meu próprio pai, a muitos quilómetros de distância. Fazia já tanto tempo que eu lhe tinha dito: “Amo-o!”

Enquanto Janie lutava por controlar as suas lágrimas, balbuciei uma oração: “Por favor, ó Deus, permite que esta filha encontre o perdão.” “Vou imediatamente. Estarei aí dentro de 30 minutos”, disse ela. Clique. O telefone acabava de ser desligado.

Procurei ocupar-me com uma quantidade de fichas que estavam sobre a mesa. Não era capaz de me concentrar. Quarto 712. Eu sabia que tinha de voltar ao 712. Para lá me dirigi à pressa. Abri a porta. O Sr Williams jazia imóvel. Peguei-lhe no pulso. Não havia a mínima pulsação. «Código 99. Quarto 712. Código 99. Urgente». O alerta soou por todo o hospital dentro de segundos. O Sr. Williams tinha tido um colapso cardíaco. Com rapidez eléctrica, curvei-me sobre a sua boca, expirando ar para os seus pulmões. Coloquei as mãos sobre o seu peito e comprimi. Um, dois, três. Procurei contar. Aos 15 voltei à sua boca e respirei tão profundamente quanto pude. Como ajudar? De novo comprimi e respirei. Comprimi e respirei. Ele não podia morrer! “Ó Deus!”, orei. “A sua filha está a chegar. Não permitas que tudo termine desta maneira”.

A porta abriu-se subitamente. Médicos e enfermeiras precipitaram-se para dentro do quarto, empurrando equipamento de urgência. Um médico empreendeu a compressão manual do coração. Um tubo foi inserido através da sua boca para ajudar a respiração. Enfermeiras mergulharam seringas de medicamentos nas suas veias. Liguei o monitor do coração. Nada. Nem sequer uma palpitação. O meu próprio coração batia forte. “Deus, não permitas que termine assim. Não em amargura e ódio. A sua filha está a chegar. Que ela possa achar paz”. “Desviem-se”, ordenou o médico. Passei-lhe o equipamento para o electrochoque ao coração. Aplicou-o sobre o peito do Sr. Williams. Tentámos repetidas vezes. Mas nada. Nenhuma resposta. O Sr. Williams estava morto. Uma enfermeira desligou o oxigénio. Um a um, médicos e enfermeiros saíram, tristes e silenciosos. Como pôde isto acontecer? Como? Mantive-me junto da sua cama, atordoada.

Um vento frio fustigava a janela, salpicando as vidraças com neve. Lá fora – por toda a parte – parecia um leito de trevas e frio. Como podia eu enfrentar a sua filha? Quando deixei o quarto, vi-a no corredor. Um médico que tinha estado dentro do 712 momentos antes estava ao seu lado, falando-lhe, afagando-lhe o cotovelo. Depois seguiu o seu caminho, deixando-a aniquilada contra a parede. O seu rosto reflectia um patético horror. Os seus olhos estavam assombrados. Ela sabia. O médico tinha-lhe dito que o seu pai tinha falecido. Estendi-lhe a mão e levei-a para a sala das enfermeiras.
Sentámo-nos em pequenas cadeiras verdes, sem dizer uma palavra. Ela fixou os olhos num calendário farmacêutico, com um semblante vítreo, quase parecendo prestes a quebrar-se. “Janie, tenho tanta, tanta pena”, disse eu. “Nada se pôde fazer”. “Sabe? Eu nunca o odiei. Amava-o". disse ela.

Deus, ajuda-a, por favor, orei em pensamento. Subitamente, dirigiu-se para mim. “Desejo vê-lo”. O meu primeiro pensamento foi: 'para que há-de sofrer mais? O vê-lo apenas agravará a situação'. Mas levantei-me e pus o braço ao redor dela. Percorremos vagarosamente o corredor até ao quarto 712. Junto da porta apertei a sua mão, desejando que desistisse de entrar. Mas ela empurrou a porta. Dirigimo-nos para a cama, ambas confusas, dando pequenos passos em uníssono. Janie inclinou-se sobre o leito, e ali sepultou o seu rosto.
Procurei não olhar para ela, neste triste, triste adeus. Desviei-me para junto da mesinha de cabeceira. A minha mão pousou sobre um pedaço de papel amarelo. Peguei nele e li: “Minha querida Janie, perdoo-te. Peço-te que também me perdoes. Sei que me amas. Também te amo. Teu pai”.

O papel estava tremendo nas minhas mãos quando o apresentei a Janie. Ela leu-o uma vez. Leu-o pela segunda vez. O seu rosto atormentado tornou-se radiante. A paz começou a brilhar nos seus olhos. Apertou o pedaço de papel contra o peito. “Obrigada, ó Deus”, murmurei, olhando para a janela. Algumas estrelas cristalinas cintilavam no meio da escuridão. Um floco de neve bateu na janela e derreteu-se, desaparecido para sempre. A vida pareceu-me tão frágil como aquele floco de neve na janela. Mas, graças, ó Deus, porque relações, por vezes frágeis como flocos de neve, podem ser de novo reatadas.

Mas não há um momento a perder. Saí furtivamente do quarto e dirigi-me à pressa para o telefone. Liguei para o meu pai – para lhe dizer: “Eu amo-o”.


«Desfaço as tuas transgressões como a névoa,
e os teus pecados como a nuvem;
torna-te para Mim,
porque Eu te remi.»
Isaías 44:22.>

Sue Kidd
Revista SAÚDE E LAR - Publicadora SerVir

quinta-feira, 18 de novembro de 2010



veja na TV Adventista - (clicar no Link à direita)



À medida que o planeta agoniza, cada vez «se torna mais urgente encontrar alguma solução para os grandes problemas do mundo, pois isto é essencial para a sobrevivência do homem.

A explosão demográfica ameaça provocar uma fome amplamente generalizada; o desprezo manifestado para com a lei está a ponto de trazer uma anarquia universal; o ódio multiplica-se e leva-nos cada vez para mais perto da Terceira Guerra Mundial; e as armas de potência devastadora ameaçam de extinção total a humanidade.

O mundo precisa de ajuda agora mesmo! Se esta não vier logo, o planeta estará irremediavelmente perdido.

Aquilo de que o mundo mais necessita neste momento de perigo é de uma liderança inteiramente nova. Carece de alguém que tome as rédeas e detenha a desenfreada corrida para a destruição e a ruína.

Precisa de alguém de suficiente poder, sabedoria, bondade, simpatia e experiência que assuma o controle antes que a humanidade se elimine a si mesma.

Tem necessidade de alguém superior ao dirigente mais destacado que já existiu. Alguém maior do que o mais poderoso dos césares romanos, e mais famoso do que Aníbal, Carlos Magno ou Napoleão.

Precisa-se de alguém mais excelente do que os homens mais nobres do passado recente, tais como Lénin, Roosevelt, Churchill ou Kennedy.

Precisa-se de alguém de mais poder e habilidade do que qualquer dos dirigentes contemporâneos.

Existe esse homem? Se existe, onde está? Surgirá a tempo? Está escondido nalgum lugar, aguardando o nosso convite?

Há séculos, noutra época afligida pela necessidade e ameaçada pelas calamidades, o profeta Jeremias escreveu: "Percorrei as ruas... buscai... para ver se podeis encontrar um homem". Jeremias 5:1.

Essa mesma procura continua hoje; e com mais urgência do que nunca. O mundo precisa agora mesmo do homem do século, do homem do destino, do homem de hoje.»
Arthur S. Maxwell


Se deseja saber quem é esse Homem, quando virá e o que fará
clique em
TV ADVENTISTA que se encontra nos LINKS ao lado direito.

Assista a bons programas todas as noites, de 20 a 27 de Novembro às 20h e 30m,
a partir de Lisboa - Templo Adventista - Rua Joaquim Bonifácio, nº 17.
(Junto da Polícia Judiciária). Entrada Gratuita.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

O GRANDE AMOR DE DEUS





Salmo 139:1-3 --- Senhor, Tu examinaste-me e conheces-me. Conheces todos os meus movimentos; à distância, sabes os meus pensamentos. Vês-me quando trabalho e quando descanso; conheces todas as minhas acções.

Mateus 10:29-31 --- Não se vendem dois pássaros por uma moeda? No entanto, nem um só deles cai ao chão sem o vosso Pai querer. Até os cabelos da vossa cabeça estão contados! Não tenham medo! Vocês valem mais do que muitos pássaros.

Génesis 1:27 --- Deus criou então o ser humano à Sua imagem; criou-o como verdadeira imagem de Deus. E este ser humano criado por Deus é o homem e a mulher.

Actos 17:28 --- É n'Ele que temos a vida e nos movemos e existimos. Como alguns dos vossos poetas também disseram: "Nós até somos da família de Deus".

Jeremias 1:4-5 --- O Senhor dirigiu-me a seguinte mensagem: "Antes de te ter dado a vida Eu já te conhecia; antes de a tua mãe te ter dado à luz, já Eu te tinha escolhido, para seres profeta entre os pagãos.

Efésios 1:11-12 --- Deus vai realizando tudo conforme o plano por Ele traçado. E, de acordo com a Sua vontade, nós fomos destinados a sermos herdeiros do Seu Reino, em união com Cristo. Louvemos, portanto, a grandeza de Deus, que nos fez viver antecipadamente na esperança de Cristo.

Salmo 139:15-16 --- Quando os meus ossos estavam a ser formados, sem que ninguém o pudesse ver; quando eu me desenvolvia em segredo, nada disso Te escapava. Tu viste-me antes de eu estar formado. Tudo isso estava escrito no Teu livro; tinhas assinalado todos os dias da minha vida, antes de qualquer deles existir.

Salmo 139:13-14 --- Foste Tu que formaste todo o meu ser; formaste-me no ventre de minha mãe. Louvo-Te ó Altíssimo, porque és terrível, fico maravilhado com os Teus prodígios. Conheces intimamente o meu ser.

Salmo 71:6 --- Por ti tenho sido sustentado desde o ventre; Tu és Aquele que me tiraste das entranhas de minha mãe. O meu louvor será para Ti constantemente.

João 8:41-44 --- "Vocês procedem mas é como o vosso pai!" Os judeus replicaram: "Nós não somos filhos ilegítimos. Temos um pai, que é Deus." Jesus respondeu: "Se Deus fosse na verdade o vosso Pai, vocês seriam Meus amigos, pois estou aqui enviado por Deus. Não vim por Minha iniciativa; foi Ele que Me enviou. Porque é que não compreendem aquilo que Eu digo? É porque não querem aceitar a Minha doutrina. O vosso pai é o Diabo. E o que vocês querem é fazer aquilo que lhe agrada. Ele foi assassino desde o princípio. Nunca esteve ao lado da verdade, porque n'ele não há verdade. Quando diz mentiras fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e é o pai da mentira.

1 João 4:16 --- Nós sabemos e acreditamos que Deus nos ama. Deus é amor: aquele que vive no amor vive em Deus, e Deus nele.

1 João 3:1 --- Vejam com que amor Deus Pai nos amou, a ponto de podermos ser chamados filhos de Deus! E somos Seus filhos realmente! É por isso que o mundo não nos conhece, uma vez que não conhece a Deus.

Mateus 7:11 --- Ora, se vocês, que são maus, sabem dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o vosso Pai que está no céu dará coisas boas àqueles que lhas pedirem!

Mateus 5:48 --- Portanto, sejam perfeitos como o vosso Pai celestial é perfeito.

Tiago 1:17 --- Tudo o que recebemos de bom e perfeito vem do céu, vem do Pai, fonte de toda a luz. N'Ele não há mudança nem sombra de variação.

Mateus 6:31-33 --- Portanto, não andem preocupados a dizer: "Que havemos de comer? Que havemos de beber? Que havemos de vestir?" Os que não têm fé, esses é que se preocupam com todas essas coisas. O vosso Pai celestial sabe muito bem que vocês precisam de tudo isso. Procurem primeiro o Reino de Deus e a Sua vontade e tudo isso vos será dado.

Jeremias 29:11 --- Pois Eu sei os planos que tenho para vocês. São planos de prosperidade e não de desgraça, planos que se concretizarão num futuro de esperança.

Jeremias 31:3 --- Ó povo de Israel, sempre te amei; por isso, continuo a mostrar-te o Meu amor.

Salmo 139:17-18 --- Mas para mim, que profundos são os Teus pensamentos ó Deus! Que misterioso é o seu conteúdo. Se eu quisesse contar, seriam mais do que a areia; e se pudesse chegar ao fim, ainda estaria contigo.

Sofonias 3:17 --- O Senhor, teu Deus, está no meio de ti, Ele é poderoso e dá-te a vitória. Ele exulta de alegria a teu respeito; porque te tem amor não te castiga, enche-Se de júbilo por tua causa.

Jeremias 32:40 --- Farei uma aliança eterna com eles. Nunca deixarei de os cumular de bens, e farei com que Me respeitem de todo o seu coração, de maneira que nunca mais Me abandonem.

Êxodo 19:5 --- Portanto, se Me obedecerem em tudo e forem fiéis à Minha aliança, serão o Meu povo preferido entre todos os povos, pois toda a terrra Me pertence.

Jeremias 32:41 --- Terei prazer em os abençoar, e hei-de pôr todo o empenho em os fixar para sempre nesta terra.

Jeremias 33:3 --- Chama por Mim e responder-te-ei; mostrar-te-ei coisas magníficas, que não conheces.

Deuteronómio 4:29 --- Mas se, mesmo ali, procurarem o Senhor, vosso Deus, com todo o coração e com toda a alma, de certo que O encontrarão.

Salmo 37:4 --- Busca a tua felicidade no Senhor e Ele te concederá os desejos do teu coração.

Filipenses 2:13 --- Deus está sempre a ajudar, fazendo com que desejem e realizem o que é da Sua vontade.

Efésios 3:20 --- Demos louvores a Deus, o qual, pela força que nos concede, tem poder para realizar muito mais do que aquilo que nós pedimos ou somos capazes de imaginar.

2 Tessalonicenses 2:16-17 --- Que o próprio Jesus Cristo, Senhor nosso, e Deus, nosso Pai, que nos amou e, pela Sua bondade, nos concedeu uma coragem irresistível e uma grande esperança, encham de confiança os vossos corações e vos dêem firmeza no bem, tanto por acções como por palavras.

2 Coríntios 1:3-4 --- Bendito seja Deus, o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, Pai cheio de bondade e Deus sempre pronto a ajudar-nos. Ele tem-me ajudado em todas as minhas aflições. E assim, com a mesma ajuda que d'Ele tenho recebido, posso ajudar também aqueles que estiverem a passar por qualquer espécie de aflição.

Salmo 34:18 --- O Senhor atende o clamor dos justos e livra-os de todas as suas angústias.

Isaías 40:11 --- Ele é como um pastor que apascenta o seu rebanho e o reúne com o cajado na mão. Leva os cordeiros ao colo e cuida das ovelhas que têm crias.

Apocalipse 21:3-4 --- E ouvi uma voz forte que vinha do lado do trono: "Esta é a morada de Deus junto dos homens. Ele habitará com eles e eles serão o Seu povo. É este Deus que está com eles. Ele enxugará todas as lágrimas dos seus olhos e já não haverá mais morte, nem luto, nem pranto, nem dor. Tudo isto desapareceu."

João 17:23 --- Eu vivo neles e Tu vives em Mim. Deste modo a sua união será perfeita. E o mundo há-de saber que Tu me enviaste e que os amas como a Mim.

João 17:26 --- Eu dei-lhes a conhecer quem Tu és, e vou continuar a fazê-lo, para que eles se amem, como Tu Me amas, e o Meu amor esteja neles.

Hebreus 1:3 --- Ele é o reflexo da glória de Deus e a imagem perfeita da Sua pessoa. É Ele que sustenta o universo com o poder da Sua palavra. Depois de ter purificado os homens dos seus pecados, Ele tomou o Seu lugar no céu, à direita de Deus.

Romanos 8:31-32 --- Que diremos disto? Se Deus está por nós, quem poderá estar contra nós? Ele que não nos recusou o Seu próprio Filho mas O ofereceu por todos nós, como é que não nos dará tudo com o Seu Filho?

2 Coríntios 5:18-19 --- Isto é obra de Deus que, em Cristo, nos reconciliou consigo e nos chamou a colaborar nessa obra de reconciliação. Assim, Deus, por meio de Cristo, reconciliou consigo a humanidade, não tendo em conta os seus pecados e encarregando-nos de anunciar a obra da reconciliação.

1 João 4:10 --- E esse amor consiste nisto: não fomos nós que amámos a Deus, mas foi Ele que nos amou e nos enviou o Seu Filho, para que os nossos pecados fossem perdoados.

1 João 2:23 --- Quem nega o Filho fica também sem o Pai. E quem aceita o Filho, tem também o Pai.

Romanos 8:38-39 --- Com efeito, eu tenho a certeza que não há nada que nos possa separar do amor de Deus: nem a morte, nem a vida; nem os anjos ou outras forças ou poderes espirituais; nem o presente, nem o futuro; nem as forças do alto, nem as do abismo. Não há nada nem ninguém que nos possa separar do amor que Deus nos deu a conhecer por nosso Senhor Jesus Cristo.

Lucas 15:7 --- Da mesma maneira, digo-vos que haverá mais alegria no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove pessoas boas que não precisam de se arrepender.

Efésios 3:14-15 --- Por este motivo, eu me ajoelho em oração diante de Deus Pai, no qual toda a família, tanto no céu como na terra, tem a sua origem.

João 1:12-13 --- Mas àqueles que O receberam e acreditaram n'Ele deu o privilégio de se tornarem filhos de Deus. Não se tornaram filhos de Deus por vontade e geração humana, mas sim porque Deus o quis.


Dá-me, filho meu, o teu coração, e os teus olhos observem os Meus caminhos.
Provérbios 23:26





(Complemento de Meditação para a Saúde - A CARTA DE AMOR DE DEUS - 12.11.2010)

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

PODEMOS TER ESPERANÇA?


Quando Sir Harry Lauder perdeu o seu único filho na primeira Guerra Mundial, comentou com profundo sentimento: “Quando um ser humano sofre algo como isto, tem três caminhos a seguir: o álcool, o desespero ou Deus; e eu, pela graça divina, escolhi Deus”.

Sabia que Jesus nunca oficiou um serviço fúnebre, embora Se compadecesse profundamente da dor humana? Durante o Seu ministério na terra, Ele esteve - pelo que sabemos – diante de três defuntos: o filho da viúva de Naim (S. Lucas 7:11-16); a filha de Jairo (S. Marcos 5:35-42) e Lázaro, o Seu «amigo» (S. João 11:11-44).

O primeiro dos três era um filho único. O segundo era uma jovem, e Jesus disse: “Que agitação e que gritaria é esta? A menina não está morta, está a dormir”. O terceiro caso é o de Lázaro e Jesus também declarou: “O nosso amigo Lázaro está a dormir, mas Eu vou acordá-lo”, e ressuscitou-o.

Estas três ressurreições – especialmente a terceira, pois Lázaro tinha morrido já há quatro dias antes – são um símbolo da Ressurreição geral que Jesus, em pessoa, efectuará quando aparecer sobre a terra pela segunda vez.

E sabia que os discípulos de Jesus tão pouco participaram em funerais, nem expressaram pêsames, nem assistiram a enterros? O Novo Testamento regista que os discípulos de Jesus estiveram duas vezes diante de defuntos; mas, como sucedeu com Jesus, S. Pedro ressuscitou a Tabita (Actos 9:36-41) e S. Paulo ressuscitou a Êutico (Actos 20:9-12).

Em nenhuma destas 5 ressurreições está escrito que se fizeram comentários de alguma espécie sobre «o além».

O que realmente se deduz pelos ensinos da Bíblia, é que os mesmos – repetimos –, representam os que serão ressuscitados para a vida eterna por terem vivido e morrido com fé em Jesus.

As Sagradas Escrituras contêm mais de 3 000 promessas, e a que mais se repete entre todas, especialmente no Novo Testamento, é a promessa da Ressurreição dos Mortos. Esta promessa consoladora já tinha uma base antiga para os primeiros cristãos. O nobre patriarca Job, no meio da sua doença e desespero, e desprezado pelos amigos, repetia: “Porque eu sei que o meu Redentor vive, e por fim Se levantará sobre a terra. Depois, revestido este meu corpo da minha pele, em minha carne verei a Deus. Vê-l´O-ei por mim mesmo, os meus olhos O verão e não outros.” (Job 19:25-27).

Caminhava eu por um cemitério após um enterro e comecei a ler algumas lápides que encontrei no meu caminho. Todas estavam escritas com despedidas, frases de recordações e lamentos. De repente, os meus olhos leram sobre uma lápide: «Eu verei o Teu rosto em justiça, estarei satisfeita quando despertar à Tua semelhança.» Nada de lamentos! Nada de despedidas eternas! Perguntei quem tinha sido aquela senhora, e disseram-me: “Era uma velhinha cega que morreu com a fé de que ressuscitará no dia final”. As palavras transcritas encontram-se no Salmo 17:15. Com elas expressou o Rei David a sua fé na ressurreição final.

Jesus veio a este mundo para ensinar, especificamente, tudo o que é relativo à Vida, à Morte e à Eternidade, contudo, jamais falou nem discursou em relação aos mortos, excepto declarando que «dormem» e que «despertarão».
“O teu irmão ressuscitará”, assegurou Jesus a Marta, irmã de Lázaro junto à tumba deste. Marta, com a segurança que sente todo aquele que crê na promessa divina, respondeu-Lhe: “Eu sei ... que ele há-de ressurgir na ressurreição, no último dia”. Então Jesus confirmou imediatamente a sua fé. Dirigiu-lhe as seguintes palavras que têm levado consolo e certeza a milhões de seres humanos:


“Eu sou a Ressurreição e a Vida.

Quem crê em Mim, ainda que morra, VIVERÁ;

e todo aquele que vive e crê em Mim,

não morrerá eternamente.

Crês nisto?”


(S. João 11:25, 26).

Todos quantos tenham descido à sepultura com a fé depositada em Jesus sairão dos seus sepulcros no meio de aclamações de alegria para receber o seu Libertador da morte.

"Irmãos, não queremos que andem na ignorância a respeito dos que morrem, para não se mostrarem tristes como aqueles que não têm a nossa esperança. Pois, nós acreditamos que Jesus morreu e ressuscitou; assim também Deus reunirá com Jesus todos os que morreram em união com Ele. O que eu tenho a dizer em nome do Senhor é que nós, os que estivermos ainda vivos quando o Senhor vier, não passaremos à frente dos que já morreram. O próprio Senhor, ao sinal dado pela voz do arcanjo e pela trombeta de Deus, descerá do céu, e os que morreram em união com Cristo ressuscitam primeiro. Depois, nós os vivos, seremos conduzidos sobre as nuvens do céu, ao encontro do Senhor, juntamente com eles. E assim estaremos eternamente com o Senhor. Por isso confortem-se uns aos outros com estas palavras." (I Tessalonicenses 4:13-17), Bíblia Sagrada – Tradução Interconfessional.

E o mesmo S. Paulo acrescenta: "A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis. ... Então se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?" (I Coríntios 15:51-55).

Meditemos nesta grandiosa promessa! Alegremo-nos! Decidamos hoje mesmo apropriar-nos dela aceitando ao Senhor Jesus como nosso Salvador!

A linguagem da Bíblia para descrever o fim da morte é tão vívida, tão gráfica, que à primeira vista parece fantástica, incrível. Supera tudo quanto a mente humana possa imaginar quanto a temas de ficção:

«A terra, o mar, o hades (sepulcro), a morte, devolveram os mortos que guardavam» (Apocalipse 20:13 – Bíblia de Jerusalém).

Esses acontecimentos estão muito acima da mais fecunda imaginação; mas sucederão quando o Juiz do Universo ocupar o Seu lugar sobre «um grande trono branco», fugirem da Sua presença «a terra e o céu», «os mortos, grandes e pequenos comparecerem perante Ele e todos forem julgados pelas coisas ... escritas nos livros, segundo as suas obras» (Apocalipse 20:11,12).

Creio que a Bíblia é o único livro que considera «bem-aventurados (felizes) ... os que morrem no Senhor, ... porque as suas obras os seguem» (Apocalipse 14:13).
Estas «obras», fruto da sua fé em Jesus, lhes darão o direito à Ressurreição e à Vida Eterna numa terra onde Deus «enxugará dos olhos toda a lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas (os sofrimentos) passaram» (Apocalipse 21:4).

A morte é um inimigo já vencido; foi derrotada quando Cristo morreu na cruz. A morte foi morta pela morte – estranho paradoxo – do Filho de Deus. E foi morta para que tenhamos vida eterna por meio da morte.
Para o crente em Jesus, a vida emergirá do pó da morte pelo poder de Deus; a morte é um período intermediário, um lugar de espera, uma ante-sala da vida eterna.

A desgraça mais terrível que pode suceder a um ser humano é não contar com uma esperança segura para além desta vida.
Quando S. Paulo apresenta a dádiva da imortalidade, diz sobre aqueles que depositam confiança nas coisas passageiras desta vida: “Se somente para esta vida temos posto a nossa esperança em Cristo, somos os mais dignos de compaixão dentre todos os homens!” (I Coríntios 15:19, Bíblia de Jerusalém).


E para que os seres humanos pudessem escapar desta desgraça sem paralelo, Deus entregou o melhor e maior dos Seus presentes – o Seu Filho.

«Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o Seu Filho unigénito, para que todo o que n´Ele crê não pereça, mas tenha a vida eterna»
(S. João 3:16).

«Preciosa é aos olhos do Senhor a morte dos Seus santos» (Salmo 116:15). Coisa preciosa é o tesouro reservado para aquele dia em que Jesus aparecerá em todo o Seu esplendor. Esse dia será quando o Doador da Vida se manifestará em toda a Sua glória para conceder aos Seus filhos a dádiva suprema da Vida Eterna!


Juan J. Suarez
SINAIS DOS TEMPOS
Publicadora SerVir

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

GEORGE WASHINGTON CARVER


Corria o ano de 1864. Numa fazenda americana do estado do Missouri, nascia uma criança negra, filho de uma escrava que trabalhava na agricultura local. Ninguém podia imaginar que aquela jovem mãe, que nunca conheceu a liberdade, estava dando à luz o grande cientista George Washington Carver, que se tornaria um dos maiores nomes da pesquisa agro-industrial dos Estados Unidos.
Como todos os demais escravos, nada era seu de verdade. Até o seu nome vinha 'emprestado' de outros. George Washington era uma homenagem ao grande presidente americano e Carver era o sobrenome do patrão a quem ele 'pertencia'. O seu pai tinha morrido num acidente poucos dias antes do seu nascimento e, quando era ainda um bebé de colo, ele e a sua mãe foram raptados por traficantes negros, que os venderiam para outros fazendeiros.
George conseguiu ser resgatado pelo patrão e voltou para a fazenda. Mas a sua mãe faleceu de uma forma brutal nas mãos dos malfeitores. Agora o menino estava só. O único parente que lhe restara era o pequeno Jim, seu irmão, nascido uns dois anos antes dele. O seu destino seria terrível, se não fosse o coração bondoso do senhor e senhora Carver, seus proprietários, que resolveram criar as duas crianças como se fossem seus legítimos filhos.
Os dois irmãos eram um verdadeiro contraste em termos físicos. Jim era forte e ajudava o Sr. Carver nos trabalhos braçais. George era franzino e tinha uma certa dificuldade com serviços manuais. No entanto, a sua inteligência logo se fez notar pela rapidez de raciocínio e inteireza de memória que demonstrava quando o assunto era as maravilhas da natureza.
A Sra Carver possuía um livro de histórias que lia para os meninos todas as noites antes de dormir. Qual não foi a sua admiração ao surpreender George, um dia, a ler em voz alta uma das histórias do livro. É verdade que o garoto gaguejava bastante, porém, mesmo assim, tal cena era de admirar, pois ele jamais tinha assistido a qualquer aula. Tinha aprendido sozinho os princípios básicos da leitura, apenas por observar aqueles que sabiam ler fluentemente.

A CARREIRA ESTUDANTIL

Não demorou muito para que os Carver entendessem que seria um desperdício não dar a George a oportunidade de estudar. O único problema era que, naqueles dias, a presença de uma criança negra não era permitida na maioria das escolas elementares. Por isso, George teve de ser enviado para a cidade de Neosho – Missouri, onde havia uma escola de missionários especializada em alfabetizar crianças negras.
Lá, ele novamente demonstrou uma inteligência acima do normal, que muito surpreendeu os seus primeiros professores. O seu conhecimento de botânica, ciências agrícolas e matemática estava muito acima dos garotos da sua idade. Aquele era de facto um 'geniozinho' que tinha a humildade de não usar o seu intelecto para se sentir superior às outras pessoas. Se o fizesse não teria a aprovação do Deus que ele tanto amava.
Quando terminou a escola básica, George mudou-se para Fort Scott, no Kansas, onde se matriculou na escola de Ensino Médio. Em 1891, pela graça de Deus, conseguiu a proeza de, mesmo sendo negro, ser admitido como aluno na Universidade do Estado de Iowa, onde se tornou Bacharel em Ciências, no ano de 1894. Em 1897, ele ainda concluíu o seu Mestrado em Ciências Botânicas e foi admitido como professor assistente na mesma universidade.
Não pense, porém, que a sua vida foi um mar de rosas. Durante o tempo em que estudava fora de casa, George nunca tinha dinheiro suficiente para pagar as suas despesas. O seu patrão, que o tinha adoptado, entrou numa depressão económica e pouco pôde fazer para lhe mandar alguns trocados. Para pagar os seus estudos, ele enfrentou quase todo o tipo de trabalho temporário. Fez faxinas, jardinagem, cozinhou, e ainda lavou roupas. Como você vê, esses eram serviços voltados para as mulheres, com excepção, talvez, do trabalho de jardinagem. Porém, as necessidades financeiras não permitiam que George escolhesse o emprego. Aquele menino fraco da fazenda revelou-se um grande empreendedor que nunca temeu enfrentar o trabalho pesado.

PROFESSOR DE NEGROS

Logo que Carver iniciou a carreira de professor em Iowa, a sua boa fama espalhou-se pelas universidades dos Estados Unidos. Ele foi o primeiro norte-americano negro a ensinar numa escola de Ensino Superior. Entretanto os seus trabalhos pareciam não beneficiar em nada os demais negros que, como ele, tinham o desejo e a capacidade de estudar. Foi aí que George sentiu um chamado de Deus para fazer algo pelos seus irmãos negros.
Por uma providência do céu, George foi procurado por Booker T. Washington, um renomado educador que tinha fundado um instituto de ensino normal e industrial para os negros do Sul, no Estado do Alabama, que era uma das maiores concentrações de escravocratas do país. Isso foi em 1897 e o Instituto chamava-se Tuskegee Normal and Industrial Institute for Negroes. Carver aceitou o convite e serviu como director daquela escola agrícola até 1943, o ano da sua morte.
O seu ideal era preparar homens e mulheres negros para o mercado de trabalho, transformando a sua vida de ex-escravos ou filhos de escravos numa vida digna de pessoas realmente livres. Os grupos escravocratas, é claro, foram sempre um impecilho às actividades realizadas pelos alunos de Tuskegee. Não foram poucas as vezes em que Carver sentiu de perto a ameaça de assassinato.
Depois de algum tempo administrando com dificuldade o Instituto, George sentiu na pele uma das maiores crises económicas do Sul dos Estados Unidos. As plantações de algodão começaram rapidamente a se desvalorizar no mercado e muitos fazendeiros estavam abrindo falência. O Colégio Tuskegee, que mal se virava com recursos próprios, não suportaria a situação e certamente teria de fechar as suas portas.

A RESPOSTA QUE VEM DE DEUS

Carvier precisava a todo o custo de salvar a instituição, pois muitos jovens dependiam dela. Mas como fazer isso, se as pessoas mais equilibradas financeiramente não estavam a suportar a crise? Sem pensar duas vezes, o sábio director convocou todos os alunos para juntos erguerem fervorosas orações a Deus, de modo que um milagre pudesse acontecer naquele lugar.
E Deus respondeu de um modo assombrosamente maravilhoso. George Carver teve um sonho, no qual se via diante do Deus Todo-Poderoso. Sentindo como nunca dantes aquela febre científica do aprendizado, ele pediu ao Senhor que lhe ensinasse tudo a respeito do Universo. Com a voz de um poderoso trovão, o Senhor disse-lhe que aquilo era pedir muito, pois a sua mente não era tão prodigiosa para compreender tudo sobre o Universo.
“Então ensina-me tudo a respeito do planeta Terra!” – insistiu ele.
“Também é muito. Peça algo mais viável” – retrucou o Senhor.
“Já que não posso conhecer tudo acerca do Universo e do mundo, então ensina-me tudo acerca do ser humano” – sugeriu mais uma vez.
“Não - respondeu o Senhor – o ser humano é também muito profundo para o seu calibre mental.”
Ainda em sonho, Carver sentiu-se frustrado. Tentou pedir o conhecimento sobre coisas 'menores' como as plantas, os animais, a geologia... Porém a resposta era sempre a mesma: “É muito para você!”
Até que ele olhou para o chão e viu um pequeno amendoim que brotava do solo. Para não perder a oportunidade, pediu a Deus que pelo menos lhe ensinasse tudo acerca de um simples amendoim. O Senhor sorriu e admitiu:
“Sim, realmente, aí está algo da Minha Criação que é do tamanho da capacidade humana. Leve esse amendoim para o seu laboratório e estude-o bastante, o Meu Espírito o guiará nesse conhecimento e juntos salvaremos o Instituto.”
Carver acordou meio confuso e tentou compreender o que aquele sonho significava.
Pegou um amendoim na cozinha do refeitório, e levou-o para o seu laboratório, conforme entendeu ser a ordem do Altíssimo. Sabe qual foi o resultado? Carver conseguiu desenvolver 325 produtos derivados do amendoim, que são comercializados até hoje. Entre eles você tem: sabão, queijo, tinta, manteiga, pomada, café, leite, paçoca e outras coisas mais encontradas em supermercados do mundo inteiro.

Empolgado com o insight promovido por Deus, ele ainda manufacturou mais de 100 alimentos da batata-doce e vários outros de plantas e legumes típicos do Sul dos Estados-Unidos. Esses novos produtos ganharam rapidamente o mercado e salvaram não só a situação de Tuskegee, mas a própria economia agrícola do estado do Alabama.
A Universidade de Iowa imediatamente se interessou por essas e outras técnicas de Carver, e as divulgou para o mundo inteiro. Em pouco tempo, gente de toda a parte vinha para lhe pedir orientação de como melhorar o plantio agrícola do seu próprio país. Só para citar alguns exemplos, Mahatma Gandhi solicitou o acompanhamento de Carver na construção e manutenção de um sistema agrícola público a ser implantado na Índia. Até Iossif Stalin encomendou a sua assistência para a fertilização de massivas extensões de terra na ex-União Soviética. O leite de amendoim, que logo se mostrou tão nutritivo quanto o leite de vaca, foi enviado para a África, salvando centenas de crianças da costa oriental do continente. Deus realmente abençoou as pesquisas de George Carver.

UM GÉNIO ALTRUÍSTA

Esse era realmente um homem de visão espiritual. Na sua maneira de pensar, uma pequena flor pode tornar-se uma ponte de comunicação com o Infinito. A sua experiência com o amendoim convenceu-o disso. “Há muito de Deus para se conhecer, e as pesquisas que fazemos são apenas uma gota de um imenso oceano ainda inexplorado.” Para Carver, o poder invisível de Deus sempre desafia o orgulho humano de pensar que pode, por si mesmo, desvendar os mistérios do Universo.
O mais curioso nessa trajectória é que Carver jamais patenteou as suas descobertas. “Deus me deu de graça – ele dizia – como posso vendê-las a alguém?”
Embora Thomas Edson e Henry Ford lhe tenham oferecido altas somas para que abandonasse Tuskegee e trabalhasse para as suas empresas, Carver nunca aceitou abandonar aqueles que, no seu entendimento, precisavam mais do seu conhecimento. “Se eu aceitasse aquele dinheiro – ele dizia – certamente esqueceria o meu povo.”
Carver foi um homem que andou com Deus. Superou as barreiras do preconceito e da provação, mostrando que, se estamos com Cristo, nada temos a temer. Afinal de contas, se Ele pôde fazer tudo aquilo com um simples amendoim, imagine o que não fará com a nossa vida, caso a coloquemos sob o Seu paternal cuidado.


Rodrigo P. Silva in ELES CRIAM EM DEUS
Biografias de Cientistas e a sua Fé Criacionista

Casa Publicadora Brasileira

THE GEORGE CARVER MUSEUM

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

RESPONDER A UMA NECESSIDADE INATENDIDA,

É O TEU CHAMADO.



«Amarás, pois, o Senhor teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de toda a tua força.» Deuteronómio 6:5.


A criança fez exactamente o que a mãe lhe pediu: ficou sentada no bloco de betão, à espera do seu regresso. O sol punha-se e ela ainda não tinha voltado.
Depois de se terem passado três dias, ali estava, sentada no mesmo sítio, à espera da mãe, que nunca mais voltou.

Este facto aconteceu no Boulevard Parks, em St. Petersburg, na Flórida.
Um homem que morava ali perto reparou naquela criança; acolheu-a e pagou-lhe a estadia num acampamento de jovens da sua igreja. Aí, com 14 anos, este menino franzino, ouviu pela primeira vez a história de Jesus, morto na cruz; de Jesus ressuscitado e da possibilidade de passar toda a eternidade com Ele. Ajoelhado, orou: "Jesus, eu quero que Tu perdoes os meus pecados. Eu quero dar-te a minha vida."

Esta decisão acompanhou-o. Quando se tornou adulto, enfrentou a pobreza, a hostilidade, o sofrimento e a fome para levar esse Jesus às crianças dos guetos de Nova Iorque. O sucesso do seu projecto evangelístico para crianças engloba a evangelização de 22 000 crianças por semana, com 22 000 visitas semanais aos seus lares, onde trabalham mais de 100 pessoas a tempo completo e cerca de 350 voluntários.

Esta história ultrapassou as fronteiras de Brooklyn e Harlem e espalhou-se pelo mundo inteiro. Contagiou milhares de adultos que, em todos os continentes, estão a evangelizar as crianças, entre as mais desfavorecidas.

É importante que pensemos que, hoje mesmo, há outra criança sentada num bloco de betão, esperando que alguém supra as suas necessidades de carinho, orientação, estímulo e valorização. Não precisa de fazer nenhuma viagem para a procurar. Ela encontra-se por perto. Na sua família, na sua igreja, na sua vizinhança, ou noutro lugar qualquer.

Sente que pode ser tocado por Deus para cumprir essa missão específica?


Vi na história de Bill Wilson, como por espelho, a vida de Cristo, que foi de negação própria e de sacrifício, tomando o partido dos oprimidos.

Estamos a olhar nessa direcção ou numa outra totalmente oposta?

Que hoje a sua relação com Jesus se faça face a face e não costas com costas!


Amélia Nóbrega





SE TODAS AS GENTES DESSEM AS MÃOS...


Pessoalmente não posso fazer feliz
Toda a humanidade.
São biliões de seres, de pessoas,
De almas aflitas e apáticas
Que em mil línguas e dialectos
Trazem à mente a tragédia da minha limitação.

Habitam o cume dos montes,
O fundo do abismo,
São isoladas ilhas no mar da vida,
Onde só se chega pela estreita ponte da renúncia,
Pelo incómodo barco da tolerância
Para com as fraquezas do próximo.

Mas, atravessando a ponte,
Tomando o barco,
Ou usando cordas de boa vontade,
Posso levar felicidade
Àquele que está perto de mim.
Basta às vezes, um alegre bom-dia,
Um sorriso amigo,
Um elogio sincero.

Pessoalmente não posso fazer feliz
Toda a humanidade.
Mas com a ajuda do Senhor,
Posso estender a mão
Ao que está à minha beira,
E passar-lhe um pouco da felicidade
Que me enche o coração.

Bastará que o gesto seja imitado
Para que a felicidade passe adiante,
A corrente se estabeleça ao redor da terra
Fazendo o fim das guerras,
Dos preconceitos de raça,
Das divisões em castas, línguas e religiões.

Até, estou certa, seria possível,
Quais crianças felizes,


«Brincar de roda em volta do mundo
Se todas as gentes se dessem as mãos.»


Myrtes Mathias




sexta-feira, 15 de outubro de 2010

AINDA TÊM OS NOSSOS ESTUDANTES

RAZÕES DE QUEIXA?...



«Daisy vai à escola por um cabo, a única ligação entre o local onde vive, a 60 km de Bogotá, e o mundo exterior.

Enquanto Daisy Mora se prepara para descer como um foguete para chegar à escola, o seu irmão mais novo, Jamid, olha para ela, inquieto. Com uma voz melancólica, ela tranquiliza o rapazito de cinco anos cantando a canção colombiana do Vaquero, o pastor que suspira pela sua amada. Depois, ela prende-se à roldana ferrugenta que mais faz lembrar um gancho do talho.
Como um caracol na sua concha, Jamid enrola-se no saco de juta. Daisy amarra a carga de cerca de 14 quilos ao gancho da corda da roldana, mordendo os lábios com grande ansiedade. "Finalmente", murmura, enquanto o suor lhe escorre pela testa. Agora, ata as extremidades de uma corda de cânhamo a dois ganchos que prende ao cubo da roda. Cria deste modo uma espécie de baloiço de ganchos onde se senta.



As duas crianças mergulham ao longo do cabo de aço para as profundezas do vale verde-escuro do Rio Negro. Enquanto a roldana chispa e o metal chia ritmadamente, Daisy bate várias vezes na cavilha de aço da roldana para que não se solte. Como o andamento de um combóio de mercadorias, as crianças atravessam o nevoeiro húmido. 360 metros por baixo deles, o rio Negro ruge. Precipitam-se na direcção da encosta da outra margem e, durante segundos, o nevoeiro permite uma visão da floresta tropical, do edifício da escola, do rio e, de novo, da floresta.
São necessários apenas 60 segundos para percorrer os 800 metros do caminho no cabo. A protecção de amortecimento, um pneu velho de camião, parece cada vez maior. Daisy agarra o ramo em forma de forquilha que lhe serve de travão. Faz pressão com o ramo ritmicamente contra o cabo de aço até que o metal chispa, e se solta um cheiro a madeira queimada. Os seus pequenos dedos apertam a madeira contra o cabo. O resto do balanço é absorvido pelo pneu. "Uff!", diz Daisy, "conseguimos outra vez".
Neste vale é o pai que entrega a roldana de ferro aos filhos e lhes explica como chegar à escola com este veículo. A primeira viagem de cada criança é uma espécie de rito de iniciação em que toda a família participa. Enquanto o pai mostra como o travão tem de ser pressionado contra o cabo, a mãe faz o que pode para controlar um ataque de histeria benzendo-se com veemência. E quando a viagem de estreia acaba em bem, festejam e finalmente a mãe pode chorar de alegria e de alívio.


Doze cabos de aço ligam as vertentes de ambos os lados do rio. Para as 15 famílias que aqui vivem em cabanas isoladas, a cerca de 60 kms para sudeste de Bogotá, estes cabos são a única forma de contacto com o mundo exterior.
O explorador alemão Alexander von Humboldt relatou, em 1804, que os nativos utilizavam um sistema de cordas. As primeiras cordas a que os índios se agarraram eram estendidas através de vales e pequenos desfiladeiros.
Com o início da industrialização, as cordas de cânhamo foram substituídas por cabos de aço. Ao longo destes cabos podia ser transportada fácil e rapidamente a madeira, a matéria-prima de que mais necessitavam. Quando a madeira das regiões de acesso fácil já tinha sido totalmente cortada, novos cabos eram instalados em zonas mais remotas da floresta tropical. Quando se atingiu o clímax da exploração florestal nos anos 60, o corte de madeiras passou a ser proibido por lei.
Os cabos sobreviveram à exploração florestal. Os agricultores descobriram que as clareiras feitas nas zonas arborizadas podiam ser utilizadas para a agricultura e pastoreio. O cabo de aço, tendo servido durante dois séculos para o transporte de madeiras, tornava-se agora essencial para o acesso a regiões inacessíveis. Para os colonos, os cabos são o único sistema de transporte de que dispõem. Aquilo que não podem produzir, os homens e as mulheres vão comprar à aldeia de Guajabetal, a cerca de 10 Kms de distância. Com a ajuda dos cabos, a mandioca, o milho e o gado são transportados para o mercado, levando de volta materiais de construção para as cabanas.



Os pimparos, pássaros de penas amarelas, soltam gritos agudos no meio da floresta tropical. Um ribeiro corre sobre as pedras avermelhadas do caminho íngreme que tem de ser desbravado todos os meses a golpes de faca pelos homens e coberto com novas pedras. Enormes árvores Arranyanes com as suas flores vermelhas crescem ao longo do caminho. Daisy e Jamid olham para o outro lado da ravina. Jamid pergunta à irmã quando é que terão idade suficiente para utilizarem o cabo sozinhos. "Para o ano", responde ela. Depois chegam à zona da encosta onde pastam as duas vacas da família.

A cabana da família Mora é feita de tábuas de madeira. Foi o próprio Guillermo Mora, um homem forte de bigode e olhos sorridentes castanhos-escuros, quem a construíu. Diz que a construção é 'arejada': a chuva ao bater nas tábuas abriu-lhes algumas fendas do tamanho de uma mão por onde o vento sopra. A dona da casa, Nidia Cifuentes, pensa que é uma coisa útil. Assim pode sempre ver os filhos lá fora, além de que o fumo permanente da lareira tem por onde escapar quando ela está a cozinhar arroz e feijão. Guillermo e a mulher partilham a única cama com os 4 fihos mais pequenos, enquanto Daisy e Jamid dormem juntos num colchão no chão.
À noite, Guillermo acende os candeeiros de petróleo. Ao pôr-do-sol senta-se no degrau da porta do corredor coberto com algumas tábuas que separam as duas únicas divisões, a cozinha e o quarto. Fumando um cigarro, tenta esquecer a dureza de um trabalho cujo rendimento mal dá para alimentar a família. Colher as bananas, fixar os feijoeiros, cavar a terra, deitar abaixo árvores às escondidas, espalhar o fertilizante e os pesticidas, cuidar dos dois animais - muito trabalho para um homem só. ...
Nídia Cifuentes inicia os preparativos para o festival serrano. ... Ao meio-dia todas as famílias se juntam. O alarido das crianças a brincar mistura-se com as canções do grupo musical Los Autênticos del Campo. Hoje vai ser inaugurado o novo edifício da Escola. ... "Os nossos filhos sobreviverão neste mundo com a ajuda do cabo, até que o Governo construa a ponte."»



Reportagem de Christoph Otto (texto e fotografias)
Traduzido por Aida Macedo
Expresso - REVISTA - 22 de Setembro de 2001

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

JESUS CRISTO



FIGURA CENTRAL DA HISTÓRIA


Como acontece com figuras notáveis, o cognome de Cristo, dado a Jesus, refere-se ao papel por Ele desempenhado no decurso da História.

Com efeito, a palavra Cristo, em grego Christos e em hebraico Mashiach, donde deriva a designação corrente de Messias, significa, em ambas as línguas,
ungido.


Segundo o Antigo Testamento, três espécies de pessoas eram ungidas: os profetas, os sacerdote e os reis. É precisamente no desempenho destas três funções - de profeta, sacerdote e rei - que Jesus aparece na História.


CRISTO, COMO PROFETA




Na Sagrada Escritura, profeta é aquele que fala em nome de alguém. É aquele que fala aos homens em nome de Deus; é, no sentido mais compreensivo da palavra, um porta-voz de Deus.

Quando Jesus inaugurou o Seu ministério, os crentes do Seu tempo viram n`Ele um profeta. Diziam: "Este é verdadeiramente o profeta que devia vir ao mundo." S. João 6:14.

É por isso que o Apóstolo Paulo declara, na epístola aos Hebreus, capítulo 1, versículo 1: "Havendo Deus antigamente falado muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho."

É na qualidade de profeta que Jesus assume o título de Mestre: "Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque Eu o sou" S. João 13:13; cf. S. Mateus 23:8-10.

E como eram os ensinos de Jesus?

Terminado o Sermão da Montanha, lemos que a "multidão se admirou da Sua doutrina, porquanto os ensinava como tendo autoridade, e não como os escribas" (S. Mateus 7:28 e 29), acerca dos quais se lê "dizem e não praticam" (S. Mateus 23:3).

O encanto dos ensinos de Jesus era tal que, em certa ocasião - o que motivou a segunda multiplicação dos pães - o Mestre disse: "Tenho compaixão da multidão, porque já está comigo há três dias, e não têm que comer; e não quero despedi-la em jejum, para que não desfaleça no caminho." S. Mateus 15:32.

Noutra ocasião, quando alguns homens foram enviados pelos sacerdotes e fariseus para prenderem a Jesus, em vez de O prenderem ficaram, eles próprios, literalmente presos das Suas palavras. E quando os que os tinham enviado lhes perguntaram: "Porque não O trouxestes?", eles não puderam deixar de testemunhar: "Nunca homem algum falou assim como este homem." S. João 7:44-46.

Na realidade, ao longo de toda a História, ninguém jamais falou como Jesus.

O ensino de Platão estendeu-se por cerca de quarenta anos; por um período idêntico se estendeu, mais perto de nós, o ensino de Kant. Mas perguntamos: Quem está hoje sendo influenciado para o bem pelos ensinos de Platão ou de Kant? Mais ainda: Quem estaria hoje disposto a dar a sua vida em defesa do ensino de qualquer desses filósofos?

O mesmo não se passa com os ensinos de Cristo. Apesar do Seu ministério se ter efectuado apenas durante uns escassos três anos e meio, e já há cerca de vinte séculos, quantos não estão sendo influenciados pela Sua doutrina; quantos não estão dispostos a dar a sua vida em defesa dessa doutrina?


CRISTO, COMO SACERDOTE


Depois da Sua morte expiatória na cruz do Calvário, Jesus ressuscitou e, passados quarenta dias, subiu ao Céu, onde está desempenhando as funções de
Sumo Sacerdote.



É na epístola aos Hebreus que o sacerdócio de Cristo no Santuário Celeste é particularmente salientado.


Lemos aí, com referência a Jesus, que "convinha que em tudo fosse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os pecados do povo." Hebreus 2:17. Ele é um "grande sumo sacerdote" (4:14), "um grande sacerdote sobre a casa de Deus" (10:21).

As suas qualidades são resumidamente descritas no capítulo 7:24-28: "Este, porque permanece eternamente, tem um sacerdócio perpétuo. ... Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, e feito mais sublime do que os Céus; que não necessitasse, como os sumos sacerdotes, de oferecer cada dia sacrifícios, primeiramente pelos seus próprios pecados, e depois pelos do povo; porque isto Ele fez, uma vez, oferecendo-se a Si mesmo. Porque a lei constitui sumos sacerdotes a homens fracos, mas a palavra do juramento, que veio depois da lei, constitui ao Filho, perfeito para sempre."

Como nosso sacerdote, Ele conhece pessoalmente a cada um de nós, sabe o nosso nome, a casa onde moramos, não é estranho às nossas alegrias e tristezas, às nossas tentações e problemas, às nossas vitórias e fracassos, às nossas resoluções e promessas, ao alvo supremo das nossas vidas. Ele dedica-nos uma amizade inalterável, em comparação com a qual a dedicação do nosso mais íntimo amigo não passa de um pálido reflexo.


CRISTO COMO REI




Quando Pilatos, perante a acusação dos judeus, perguntou a Jesus se Ele era rei, o divino Acusado respondeu: "O Meu reino não é deste mundo." S. João 19:36, 37.

Não havia chegado ainda a hora da manifestação da Sua realeza. Antes disso, viria o Juízo, para apuramento dos súbditos do Seu reino. Apurados, pelo Juízo, os súbditos do Seu reino, Jesus manifestar-se-á, "como Rei dos reis e Senhor dos senhores" (I Timóteo 6:14, 15; Apocalipse 17:14) acompanhado por inumerável multidão de anjos, "os quais ajuntarão os Seus escolhidos" (S. Mateus 24:31), ressuscitando-os, se já desceram à sepultura; transformando-os, se se encontram ainda vivos, a fim de estarem para sempre com Ele. I Coríntios 15:15-58.

«Não quero porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais que não têm esperança. Porque se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com Ele. Dizemo-vos, pois, isto pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do Céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras.»I Tessalonicenses 4:13-18.

Tendo em vista este glorioso acontecimento, aconselha o apóstolo Paulo: "Todo o vosso espírito, e alma e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a Vinda de nosso Senhor Jesus Cristo." I Tessalonicenses 5:23.

O termo grego aqui usado para a Vinda é parousia, que era empregado para designar, no estilo técnico oficial de então, a vinda solene de um soberano a uma cidade ou reino, como sucedeu com Nero e Adriano, ao irem, como imperadores, à Grécia. Eram então celebrados grandes festejos; eram cunhadas moedas em que se fazia referência ao acontecimento; nalguns casos, como sucedeu com Adriano, a parousia do imperador marcou o início de uma nova era.

Se, na Grécia antiga, foram feitos os mais cuidadosos e dispendiosos preparativos para a parousia de imperadores moralmente tão indignos como Nero e Adriano, que preparativos deviam ser feitos, hoje, pelos crentes, para a parousia do grande Rei!



Ernesto Ferreira

Revista - Sinais dos Tempos
Publicadora SerVir